sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Liberdade é antítese de obrigação!

E quando me perguntam o que é imprescindível na vida só consigo pensar em ‘liberdade’! Uns podem dizer que é o amor, outros o respeito, há aqueles ainda que acreditam que seja a fé, dinheiro ou um até mesmo um bom emprego. Mas eu leonina legítima que sou, só consigo crer na liberdade... e eu vou explicar o porquê. Liberdade é antítese de obrigação!

Sim, tenho uma imensa admiração por pessoas que levam uma vida livre! Livre do apego, da mediocridade, do egoísmo, da insensibilidade, do rancor...  de todos aqueles sentimentos mesquinhos. Num mundo em que as pessoas são avaliadas pela aparência ou pelos números da conta bancária, pessoas livres das opiniões alheias são verdadeiros heróis.

Não há nada mais lindo do que ter um relacionamento baseado em liberdade. A pessoa está ao seu lado por livre e espontânea vontade. Ela não vai te trair ou ficar azarando outras pelo respeito que tem por você, mas única e exclusivamente, porque é livre para escolher entre mil e uma outra, mais inteligente e da bunda maior que a sua... só que escolheu você!

Se você não é livre em seu trabalho para expor suas ideias. Se você está em um emprego que não gosta, que não é a sua vocação, só porque ele te traz status, poder ou porque tem um excelente salário... os dias se tornam pesados. O sentimento que predomina é o de um prisioneiro, que conta os dias para o final de semana e as horas para que o relógio bata às 18 horas. Momentos em que a ‘liberdade condicional’ é conquistada. Agora, ao contrário, quando a gente ama o que faz, tem a liberdade de se expressar, de mudar, de sugerir. O resultado é a recompensa de ter orgulho do que se produz, o que nos faz, como diz uma velha máxima: 'livres, leves e soltos'. A hora extra não é um fardo, cobrir as férias ou a folga de um colega não é um castigo, nem mesmo dar plantão no Natal, Ano Novo ou Carnaval é assim tão ruim, pode até se tornar divertido!

Não existe um único exemplo que eu possa citar em que a pessoa é obrigada a fazer alguma coisa, que esta atividade é feita com prazer. Nada que é obrigatório pode ser bom. A obrigação tira a beleza de tudo. Eu amo ler e também empolgo com atividades físicas, só que num passado não muito remoto isso era inimaginável. Como toda ‘aborrecente’, só sabia contrariar e quanto mais me apontavam os benefícios dessas duas atividades, menos eu tinha interesse! A fase da rebeldia já passou, no entanto, não mudei minha concepção: a obrigatoriedade é a falta de liberdade para escolher o que nos faz feliz!

Gente, vamos falar a verdade, até o sexo que é uma das melhores coisas do mundo, quando é feito por ‘obrigação’, só pra agradar o namorado/a (marido ou esposa) se torna um porre! O olhar mais atento consegue ver nos olhos do outro que ele não vê a hora daquilo tudo acabar!

Quem se submete a prisão da rotina tem medo do novo, a mudança assusta e paralisa. A insegurança faz com que se prefira a escravidão de um mesmo sentimento, de um mesmo emprego, da mesma atividade e das mesmas pessoas à liberdade de optar por sair da acomodação, se responsabilizar pelas escolhas e seguir um caminho que para cada um é único.

O meu lado mais bonito é o que ainda acredita na liberdade! Enxergo o brilho nos olhos de quem vive sem hipocrisia, aquela luz que só tem quem transparece o que está sentindo, porque são livres para escolher e optam por aquilo que desejam e não para atender as expectativas de terceiros! Não precisamos e não devemos viver sob paradigmas. Somos livres para optarmos.