Okay... prometi a mim mesma que não contaria mais o final das histórias. Cumpro. Prometi a mim que não leria mais o último capítulo. Cumpri! Prometi que não ficaria mais revoltada com os finais. Não cumpro e essa é a única informação que basta no momento.
A Culpa é das Estrelas conta a história de dois adolescentes vitimas, ou não, do câncer que se apaixonam. Ok...!
Hazel Grace... quer dizer só Hazel, tem dezesseis anos e carrega consigo a marca da doença bem visível: um carrinho de oxigênio que leva o ar até as suas narinas através de uma cânula para que seus pulmões respirem. Hazel sobrevive por causa de um entorpecente revolucionário, que por mais que às vezes ela não queira, insiste em prolongar sua vida.
Já o outro jovem Augustus Waters, tem 17, é ex-jogador de basquete, mas perdeu a perna por causa de um osteosarcoma. Gus, tratado assim pelos mais conhecidos, é uma rapaz mais destemido que soube encarar a doença com outros olhos. Okay!
Ambos detestam a forma como as pessoas em volta os olham com cara de piedade. Eles criticavam quem fazia do câncer seu trabalho diário. Enxergavam a enfermidade com outros olhos, "zombavam" das coisas corriqueiras e usavam os clichês do câncer como brincadeiras de humor negro.
"Mas eu acredito em amor verdadeiro, sabe? Não acho que todo mundo possa, continuar tendo dois olhos nem que possa ficar doente, e tal, mas todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa".... e realmente, não é!?
O romance dos dois se aprofunda através de um livro que termina sem um final. Juntos vão em busca do autor para suprirem suas necessidades de respostas. A cada busca por conclusões, novos desafios se formam, problemas surgem e diversos contratempos devido a doença aparecem.
"Eu estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você".
A crueldade do câncer "ganha" (e tudo depende do olhar do leitor, mas no momento classifico assim) espaço ao desenrolar da obra e quando menos se espera, um "imprevisto" muda o conceito de final (pelo menos o meu!).
A história é realmente como o que várias sinopses resumiram: trágica, mas especial; linda, mas triste, fria, mas realista e que, ao meu ver levanta um ponto bem interessante que é forma e o medo como Gus (e muitas outras pessoas) tem em ser esquecido e de não deixar nada de interessante registrado.
Atualmente, em um mundo em que muito se corre e parece que nada se tem tempo de fazer, deixamos de lado as importâncias verdadeiras e somente quando há algum obstáculo é que paramos pra pensar em qual o legado que deixaremos.
Mas sempre parece que tudo é muito pouco e como o própria Hazel deduz:
"a ambição voraz dos seres humanos é saciada quando os sonhos são realizados, porque há sempre a sensação de que tudo poderia ter sido feito melhor e ser feito outra vez”.