terça-feira, 16 de outubro de 2012

Desencanto


...E assim, como se fosse do nada, o encanto se quebrou. Me sinto estranha, talvez menos presa, mais leve, sem peso na consciência. Assim como algumas atitudes desencantam, a falta delas também faz desaparecer a atração...

Mesmo depois de tudo...




... mesmo depois de todo aquele tempo você ainda consegue me tirar um sorriso pelo canto da boca...

sábado, 29 de setembro de 2012

Anjo


"Hoje eu acordei mais cedo
E fiquei te olhando dormir
Imaginei algum suposto medo
Para que tão logo
Pudesse te cobrir

Tenho cuidado de você
Todo esse tempo
Você está sob o meu abraço
E minha proteção
Tenho visto você errar e crescer
Amar e voar
Você sabe onde pousar

Ao acordar já terei partido
Ficarei de longe, escondido
Mas sempre perto decerto
Como se eu fosse humano, vivo
Vivendo pra te cuidar, te proteger
Sem você me ver
Sem saber quem sou
Se sou anjo
Ou se sou... Seu amor

Afinal, quem eu sou?
Seu anjo ou seu amor?
Tenho asas?
Anjos protegem, cuidam
Aparecem invisíveis
Humanos também
Quando amam

Quero dizer
Que já não importa
Saber de onde venho
Se tudo que sou pra você
É amor

E se ainda assim
Quiser voar
Te levo comigo
Te mostro as estrelas
Outros alados, Deus
A vida celeste

Depois voltaremos pra casa
E mais uma vez humanos
Nos amarmos até morrermos
Pra dizer que é seu o anel
Sou o seu amor na terra
E seu anjo no céu"

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Romances...


O problema de ler romances é que na maior parte da leitura a gente quase passa acreditar que as histórias podem ser reais. Aí acaba o livro, termina a lenda e apaga o 'sonho'!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Só pra registrar:


Ainda me surpreende a forma com que as pessoas 'aprendem' a amar e a rapidez com que 'esquecem' de como é que funciona esse sentimento. Sei lá... acho isso um tanto quanto estranho e vazio, mas dizem que é assim mesmo... bem prático e indolor, vai entender! #ComoEuSouCareta!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Amizades verdadeiras...


Uma boa amizade requer zelo e uma dose de dedicação. Amizades verdadeiras não precisam, necessariamente, de palavras. Bastam olhares e sorrisos de cumplicidade. Elas sobrevivem a distâncias e discussões. Entendem o outro e os aceitam como são: imaturo ou ingênuo, feliz ou infeliz, estressado ou calmo, nas crises de choros ou nas de risos.

Amizades verdadeiras... tomam a dor do outro mesmo sabendo que o problema não é seu. Revoltam-se, procuram soluções e lutam juntas. Respeitam o silêncio alheio, preservam os momentos mais relevantes e resguardam o sentimento do próximo.

Amizades verdadeiras... engolem a seco pra não discutirem, mas também têm a liberdade de falar a verdade mesmo sabendo que, às vezes, isso causará uma lágrima.

Amizades verdadeiras... passam horas juntas, mas sempre se esquecem de contar alguma coisa. Cuidam do outro quando se está levemente alterado, alcoolizado ou nervoso e te emprestam o ombro e os ouvidos nos momentos difíceis.

Amizades verdadeiras... são ciumentas, livres de invejas e desprendidas de ‘olho gordo’. Ficam empolgadas com a sua promoção ou com as suas novas aquisões e compartilham seus amores platônicos.

Amizades verdadeiras... são aquelas que te puxam a orelha, corrigem o seu português, te ensinam as regras dos ‘porquês’, aprendem com você a usar a tal da crase e te colocam costumes estranhos. Te ensinam a comer chocolate todos os dias, de praxe, um Mc Donald todo o mês e sorvete sempre depois do almoço.

Amizades verdadeiras... também te aplicam o hábito da leitura, te incentivam a escrever e te fazem ‘acordar pra vida no tranco’... São mais do que uma simples afeição ou costume de convivência. São laços que a gente não escolhe! Facilmente crescem com o tempo e firmam raízes profundas, tornando-se um sentimento leal e recíproco sobre quem a gente menos espera.

terça-feira, 27 de março de 2012

Jornalismo e Desinformação


O livro de Leão Serra é fruto da experiência profissional do jornalista, que ficou conhecido no país devido à sua atuação como correspondente de guerra, na ex-Iugoslávia, pelo jornal Folha de São Paulo. A reflexão teórica resultou em uma tese acadêmica, que por sua vez, se transformou no livro endereçado a estudantes de jornalismo, profissionais de comunicação e aos cidadãos, que anseiam por construir uma visão critica das informações que são despejadas todos os dias e a cada minuto nos jornais, revistas, rádio, TV e Internet.

O autor faz um ensaio da dualidade entre a facilidade que o século XXI, com o advento da tecnologia e dos recursos profissionais, permite à população se manter informada e o quanto nos dias atuais os cidadãos se encontram tão mal-informados e carentes de qualidade na informação.

A principal questão levantada e intensamente arguida é: as notícias são objetivamente compreendidas pelos leitores? A crítica é embasada na busca por novidades (matérias quentes) que, na maioria das vezes, se fossem colocadas em contexto histórico se tornariam ‘suítes’ e apresentariam toda a sua capacidade de informar. No entanto, o que vemos é que o incessante foco no ‘novo’, além da ‘criação de novidades’ faz com que os desdobramentos sejam colocados em segundo plano.

As noticias não podem ser compreendidas isoladamente com o risco de reforçar o “paroxismo da desinformação-informada e da desinformação”.

O papel do jornalismo é informar, entretanto, ao absorver os conhecimentos do autor e sob uma análise, nem tão minuciosa, de como os veículos de comunicação praticam a técnica jornalística, faz-se necessário não fugir da reflexão de que tal missão não é cumprida efetivamente.

domingo, 11 de março de 2012

Querido John...

Independente... 'rebelde'... diferente... sensível. Um jovem que cresceu com um pai calado, que não se lembra da mãe, mas que a sua maneira o ensinou a ter uma vida correta. Um jovem que ao acabar os estudos se viu livre para mudar de emprego quantas vezes achasse necessário e não por optar em fazer o que todos fariam: entrar para a faculdade. Tudo era festa e curtição... sem responsabilidades, mas que depois de um tempo nessa vida desregrada decidiu que era hora de trocar a vida fácil por um pouco mais de maturidade.

"Querido John" nos apresenta uma história emocionante, triste, mas efusiva. Que prova que existe em algum lugar um amor real... verdadeiro e incondicional. Que se doa... e não se importa apenas consigo. Nicholas Sparks resgata a ideia - pelo menos a minha - de que ainda existe alguém destinado pra gente... que se importa, não somente com datas especiais, mas com os detalhes do tipo, o toque da mão... a chegada da lua cheia... o jeito de falar... a forma de olhar e de se expressar de um amor fidedigno...

John Tyree era um jovem que se alistou no exército para ‘fazer uma vida’. Dedicou-se e logo se tornou peça importante nas forças armadas. Na sua primeira licença voltou para visitar o pai e, sem saber, encontrar a pessoa que mudaria seu destino: Savannah Lynn Curtis. Uma jovem que não era a sua alma gêmea, mas que o completava em todos os sentidos.

Entre juras de amor eterno, idas e vindas de pequenas autorizações para visitas e tempos distantes um do outro, John se redescobriu. Aprendeu a amar e entender seu pai, fato que ele nunca soube trabalhar e percebeu com a distância, o quanto o ser humano pode amar e se dedicar as pessoas. Passou por diversos treinamentos, o fatídico 11 de setembro e muitas outras situações, mas sempre motivado pela ideia de que tudo ficaria bem quando reencontra-se Savannah. E realmente tudo ficaria se algo não mudasse no decorrer do tempo.

O livro vem recheado por frases cativantes, inspiradoras e reflexivas que nos fazem sentir o desejo de amar e ser amada assim como os personagens. Vale a pena ler!

Algumas frases
"Aprendi que amar não significa estar junto, mas sim querer ver a pessoa feliz, mesmo que isso custe a sua felicidade". (Confesso que essa foi a que mais doeu...)

"Qual o real significado do verdadeiro amor? Penso de novo sobre isso sentado na encosta observando Savannah entre os cavalos. Por um momento, retorno a noite em que apareci no rancho para encontra-la... mas a visita, um ano atrás, parece mais e mais como um sonho..."

"Ela para e depois cruza os braços, olhando para trás, para se certificar de que ninguém a seguiu. Finalmente, parece relaxar. Então, sinto como se estivesse presenciando um milagre, como, bem devagar, ela ergue o rosto para a lua. Eu a vejo sorver a imagem da lua cheia, inundada pelas memórias libertas, não desejando nada além de fazê-la saber que estou aqui. No entanto, fico onde estou e também olho para a lua. Por um breve instante, é como se estivéssemos juntos de novo."

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Pode até parecer fraqueza...

Eu sou forte pra muita coisa, "sou mais ‘macho’ que muito homem"! Eu defendo minhas opiniões e não sou hipócrita. Enfrento muita coisa que a maioria das pessoas prefere fugir ou jogar embaixo do tapete. E isso não é de hoje... eu discutia com a professora se achasse que estava certa, eu batia nos meninos pra defender meu irmão... já apanhei e bati muito nessa vida, tanto em sentido figurado, como não!

Mas tem momentos em que é preciso admitir as fragilidades. Meu coração titubeia, me faz ter dúvidas e medos... Durmi e acordei me sentindo uma menina boba... Uma criança indefesa que tem medo do escuro e precisa da barra da saia da mãe para se proteger do desconhecido e do colo do pai pra voltar a acreditar que os monstros escondidos no quarto, não passam de fruto da sua fértil imaginação.

Daqui pra frente eu vou arrumar toda essa bagunça de amor e ódio, presença e saudade, felicidade e tristeza. Não levarei mais essa bolsa de interrogações a tiracolo e sim uma mochilinha fácil de carregar, cheinha de possibilidades.

Eu não quero mais lembrar do dia em que nos conhecemos, do quanto foi mágico aquele tempo.... de como meu coração bateu mais forte e do frio na barriga que senti quando finalmente reencontramos... Não quero mais pensar em você por diversas horas do dia. A distância te afastou de mim, sem ao menos ter me afastado de você. Amor fica quando tem que ir embora. O amor da vida da gente deveria permanecer...

Na verdade, meus dedos cansaram de escrever saudade. O touchscrean do meu celular não bate mais essas teclas... Meu coração, enfim, se nega a continuar sentindo a sua falta... Não, eu definitivamente, não quero mais procurar você em cada rosto novo que eu conheço, porque no abraço eu vejo que é inútil e o gosto se torna mais um engano!

Quando foi a última vez que você pensou em mim? Será que nunca mais lembrou da gente? Isso já não importa mais! Como diz uma máxima popular, que aprendi com minha mãe: “Sonho que se sonha só é apenas um sonho só, sonho que se sonha junto é realidade”. E eu sonhava sozinha...

Decidi decorar outros números de telefone até esquecer o seu. Viajar pra outros destinos até não lembrar mais onde te encontrar. Olhar outros brilhos, outros beijos, outros sons, cheiros e sabores. Pode até parecer fraqueza, mas eu vou me esconder de todas as lembranças que me remetem a você. Vou cantar bem alto para não ouvir mais meus pensamentos falar sobre a falta que sinto.