sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz 2012!

Hoje é um daqueles dias que sentimos um clima de nostalgia maior. Entra ano, sai ano e as sensações são, basicamente, as mesmas. Nos sentimos frustrados por tantas coisas que não realizamos... do tempo que perdemos insistindo nos mesmo erros... mas também não podemos esquecer do quanto sorrimos... das lembranças boas! Relembramos momentos que nos fizeram rir... chorar de rir... e gargalhar... Dos períodos de preocupações... dores... ansiedades... e esperanças... Esperança de que o ano que está por vir seja melhor do que este que vivemos.

Hoje é o dia em que nos dedicamos as promessas de um ano melhor... Eu, como todo ser humano, já tracei várias metas... irei jogar todas as cartas que tenho para que os meus sonhos se realizem... Mas acima de tudo... apesar dos altos e baixos... hoje já agradeci a Deus por todas as coisas que obtive e também pelas que não alcancei... Agradeci pela paciência e sabedoria que Ele me deu para entender que não estava na hora de ter ‘certas coisas’ e que posso ser feliz com o ‘simples’, desde que tenha paz em meu coração.

Agradeci a Deus, principalmente, pelos amigos que Ele colocou em meu caminho este ano e pelos ótimos e velhos amigos-irmãos que Ele permite estar sempre ao meu lado... Agradeci pelas boas risadas que trocamos... pela diversão e cumplicidade que tive ao lado dessas grandes pessoas... amigos que me ensinam muito a cada dia e que não ‘desistem’ de mim. Também agradeci por não me deixar esquecer os amigos que estiveram mais distantes... seja por trabalho, estudos, ou sei lá... pela falta de tempo mesmo - pode ter certeza que TODOS que um dia influenciaram minha vida foram lembrados!

Hoje... na hora da virada... na hora dos fogos... decidi que irei olhar para o céu e saber que Aquele que criou o universo e tudo o que nele existe vai estar comigo em 2012, que serei ainda mais feliz ao lado das pessoas que amo e que cumprirei todos os propósitos Dele pra minha vida!

Feliz 2012!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"O Livreiro de Cabul"

Lançado em 2006 e escrito pela jornalista norueguesa Åsne Seierstad, “O Livreiro de Cabul”, estreou como os livros mais vendidos da época e conta histórias reais dos três meses que a correspondente permaneceu no Afeganistão. 

Como o próprio nome diz a narrativa se passa sob a vida de um livreiro, Sultan Khan, que a jornalista conheceu enquanto cobria o combate local. O personagem, apaixonado por livros, sofreu grandes represálias quanto a esse costume e forma de trabalho. Foi preso e torturado durante a guerra e permaneceu firme ao ter sua livraria totalmente destruída.

Apesar de tudo e em comparação aos outros habitantes, a família tinha uma vida estável e, aparentemente, boa. Moravam em uma casa de quatro cômodos com duas mulheres, cincos filhos e alguns parentes. Relatos sobre as infâncias, casamentos e a vida depois da queda do Talibã são descritos com ricas observações no livro reportagem.

Casos como o do filho do protagonista, que não tinha tempo de estudar, pois era obrigado a trabalhar 12 horas por dia, atualmente ainda nos choca por mostrar uma realidade, que às vezes pensamos não mais existir.

Outro fato interessante e que não dá para passar despercebido, é a poligamia. Hoje, no Brasil e em diversos outros lugares, temos consciência de que esse tipo de matrimônio é totalmente desprezível, mas olhando pela cultura dos afegãos; é uma coisa ‘normal’. A autora também relata o caso em que o livreiro trocou sua primeira esposa, para se casar com uma menina de apenas 16 anos. 

Ainda podemos encontrar na obra um conjunto de personagens que refletem a vida e as contradições daquele país. A rotina, orações, pobrezas e as limitações das quais as mulheres são submetidas são alguns dos detalhes descritos em “O Livreiro de Cabul”.

sábado, 26 de novembro de 2011

Conste nos autos que:

Detesto pessoas sem comprometimentos... ignorantes metidos a intelectuais... arrogantes sem capacidade... e que insistem em ser superiores aos outros mesmo sabendo que não passam de indivíduos insignificantes e sem conteúdos! Eu não sou melhor do que ninguém, mas pelo menos sei o meu lugar! 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Hoje eu descobri o amor-próprio

Hoje eu estou bem... não chorei por você... sim, sim... um dia as lágrimas acabariam! Também não falei de você e não foi por faltar de gente pra conversar... simplesmente hoje você não  foi nada pra mim!

Nunca me senti tão bem... às vezes me perguntou se não é apenas uma anestesia? Não sei ao certo... acho que não! Mas está sendo ótimo... sinto o corpo e a cabeça dormente... e o melhor é saber que isso não acontece porque te vejo. O bom da questão é entender que essa dormência é um alivio... Amo esse sabor de ‘não sei o que!’ Digo e repito se for anestésico, que não seja passageiro e se tiver que aumentar a dose, manda ver!

Sinto-me mais forte... mais leve... mais feliz... hoje o céu amanheceu mais azul! Os passarinhos cantaram tão forte... foi tudo uma festa, uma grande festa! Hoje voltei a sorrir... voltei a sonhar... me libertei do passado... 

Hoje eu não perdi a hora... tomei um bom café... não liguei de ficar presa no trânsito e a propósito descobri que dá pra paquerar no congestionamento! É só dar um sorriso e já está no esquema - ainda sei fazer isso! Ahh sim, claro... arranquei a maquiagem da amargura, nada de olhos escuros, manchados pelo lápis borrado e as olheiras de choro...

Também almocei como há tempos não fazia... com gosto, não por ansiedade! Até o meu lado 'paz e amor' estava mais aguçado... separei brigas... interrompi discussões com uma classe irreconhecível... não argumentei com o vizinho sobre a seleção brasileira, nem sobre o rebaixamento do Corinthians  (eu nunca entendo o que ele diz, mas faço questão de estar sempre do contra) e não escorracei com o gato da vizinha por dormir no tapete de casa...

Hoje eu ouvi do rock ao tecnomelody... é uma mistura estranha... engraçada... mas aprendi a respeitar mais cada cultura... Respondi e-mails antigos... remarquei baladas com os amigos há muito tempo esquecidas... ‘curti’ várias coisas que antes não significavam nada... brinquei com os colegas de trabalho... com os filhos da vizinha... levei a cachorra pra passear... e até, pasme, matei uma barata! Ahh... mas eu me saí muito bem hoje!

A noite, não coloquei aquela roupa velha... nada de uniformes antigos e shorts sem elástico... resolvi caminhar! E descobri que o exercício faz até bem para as vistas!!! É claro que aquele velho hábito fútil não podia faltar: compras! Lindas e belas, aconteceram sem me preocupar em ter de adquirir algo de que o ‘fulano’ fosse gostar! Simplesmente comprei e como me senti feliz!

E a vitória maior veio quando eu coloquei a minha - agora leve - cabeça no travesseiro! Nenhuma lágrima rolou... me lembrei da barata que matei... na coragem que tive ao exterminar aquele bicho asqueroso e me orgulhei por conseguir fazer o mesmo com aquele bicho-gente que estava dentro de mim! 

Se encontrei um novo amor? Humm... nãããooo... hoje eu encontrei o amor-próprio mesmo! =D

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Liberdade é antítese de obrigação!

E quando me perguntam o que é imprescindível na vida só consigo pensar em ‘liberdade’! Uns podem dizer que é o amor, outros o respeito, há aqueles ainda que acreditam que seja a fé, dinheiro ou um até mesmo um bom emprego. Mas eu leonina legítima que sou, só consigo crer na liberdade... e eu vou explicar o porquê. Liberdade é antítese de obrigação!

Sim, tenho uma imensa admiração por pessoas que levam uma vida livre! Livre do apego, da mediocridade, do egoísmo, da insensibilidade, do rancor...  de todos aqueles sentimentos mesquinhos. Num mundo em que as pessoas são avaliadas pela aparência ou pelos números da conta bancária, pessoas livres das opiniões alheias são verdadeiros heróis.

Não há nada mais lindo do que ter um relacionamento baseado em liberdade. A pessoa está ao seu lado por livre e espontânea vontade. Ela não vai te trair ou ficar azarando outras pelo respeito que tem por você, mas única e exclusivamente, porque é livre para escolher entre mil e uma outra, mais inteligente e da bunda maior que a sua... só que escolheu você!

Se você não é livre em seu trabalho para expor suas ideias. Se você está em um emprego que não gosta, que não é a sua vocação, só porque ele te traz status, poder ou porque tem um excelente salário... os dias se tornam pesados. O sentimento que predomina é o de um prisioneiro, que conta os dias para o final de semana e as horas para que o relógio bata às 18 horas. Momentos em que a ‘liberdade condicional’ é conquistada. Agora, ao contrário, quando a gente ama o que faz, tem a liberdade de se expressar, de mudar, de sugerir. O resultado é a recompensa de ter orgulho do que se produz, o que nos faz, como diz uma velha máxima: 'livres, leves e soltos'. A hora extra não é um fardo, cobrir as férias ou a folga de um colega não é um castigo, nem mesmo dar plantão no Natal, Ano Novo ou Carnaval é assim tão ruim, pode até se tornar divertido!

Não existe um único exemplo que eu possa citar em que a pessoa é obrigada a fazer alguma coisa, que esta atividade é feita com prazer. Nada que é obrigatório pode ser bom. A obrigação tira a beleza de tudo. Eu amo ler e também empolgo com atividades físicas, só que num passado não muito remoto isso era inimaginável. Como toda ‘aborrecente’, só sabia contrariar e quanto mais me apontavam os benefícios dessas duas atividades, menos eu tinha interesse! A fase da rebeldia já passou, no entanto, não mudei minha concepção: a obrigatoriedade é a falta de liberdade para escolher o que nos faz feliz!

Gente, vamos falar a verdade, até o sexo que é uma das melhores coisas do mundo, quando é feito por ‘obrigação’, só pra agradar o namorado/a (marido ou esposa) se torna um porre! O olhar mais atento consegue ver nos olhos do outro que ele não vê a hora daquilo tudo acabar!

Quem se submete a prisão da rotina tem medo do novo, a mudança assusta e paralisa. A insegurança faz com que se prefira a escravidão de um mesmo sentimento, de um mesmo emprego, da mesma atividade e das mesmas pessoas à liberdade de optar por sair da acomodação, se responsabilizar pelas escolhas e seguir um caminho que para cada um é único.

O meu lado mais bonito é o que ainda acredita na liberdade! Enxergo o brilho nos olhos de quem vive sem hipocrisia, aquela luz que só tem quem transparece o que está sentindo, porque são livres para escolher e optam por aquilo que desejam e não para atender as expectativas de terceiros! Não precisamos e não devemos viver sob paradigmas. Somos livres para optarmos.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

“Abusado, Dono do Morro Dona Marta”

Estar dentro de uma favela... conviver com traficantes enfiados pelos becos... correndo de tiros... fugindo com um cara procurado pela polícia e ter a história completa... saber o que realmente se passa dentro de uma ‘cidade’ e conhecer a realidade de um povo esquecido! É por esse caminho que foi traçado o livro “Abusado, Dono do Morro Dona Marta”

Não faço aqui, em hipótese alguma, apologia ao crime, drogas, assaltos, tráfico de armas e seus afins, mas confesso que depois que li o livro repensei, de maneira que nunca havia me dado conta, o quanto essa classe menos favorecida é inteligente e o quanto a elite os consomem.

Para quem gosta de ler, essa reportagem investigativa é um prato cheio. Histórias sobre fugas, amores, morte, companheirismo e traição não faltam.

A obra se passa em volta de um traficante carioca chamado Marcinho VP, (apresentado como Juliano VP) líder da favela Santa Marta que viveu o período mais conturbado da vida da maioria das pessoas, a adolescência, de maneira precária. Cresceu e descobriu que poderia ter muita coisa na vida... só não sabia que pagaria caro por isso!

Juliano progrediu dessa forma. Teve exemplos ‘bons’ no mundo do crime. Era inteligente... ágil... e buscava sempre ser o melhor no que fazia. Ganhava muito dinheiro... gastava sem pensar... ficava sem nada... traçava novos planos... e se empenhava e mais uma vez, com muito custo, ‘vencia’.

A obra também retrata princípios como educação, ajuda ao próximo, religião e sobre como proporcionar uma vida digna à família... Para nós, que vivemos numa sociedade ‘normal’, pode parecer fora da realidade deles, mas é isso que anseiam... é por isso que lutam... se esforçam e acham, de maneira falha, o mundo do crime para suprir seus desejos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A página precisa ser rasgada

Quando esquecer se torna uma necessidade. O coração acelerou e a respiração se fez áspera. Os olhos se encheram de lágrimas. As palavras foram embora e em seu lugar se instalou um silêncio ensurdecedor. O único porto-seguro é a cama, mas é só encostar a cabeça no travesseiro que o sono levanta! A vontade é de fugir, mas ir pra onde? O segredo é descobrir um lugar, um único lugar onde você não entre nos meus pensamentos!

Nada  diminuiu a intensidade dessa ventania que passou por aqui e bagunçou a rotina. A realidade é triste e dói, dói muito, mas varrê-la para debaixo do tapete não resolve o problema, só agrava já que mesmo não estando a olhos vistos, causa a mesma alergia.

O piloto automático está ligado. É preciso continuar, nenhum médico forneceria um atestado de ‘coração dilacerado’. Pinto a cara de maquiagem pra esconder as olheiras, buzino para o cara que me fecha no trânsito, dou ‘bom dia’ pra pessoas, visto um sorriso no rosto e tento manter a tranquilidade para acalmar o coração, que quer gritar suas angustias. É preciso paciência pra esperar que o tempo cure as feridas e leve as dores.

Fica as lembranças, as mensagens, as declarações, as fotos, o carinho. Todo o resto já não existe mais. Remoer o porquê só traz mais sofrimento. Não há culpados, nem vítima e algoz. Existem sim escolhas, e cada um é responsável pelas suas.

A esperança, os sonhos e expectativas foram embora com o seu adeus! O dia está lindo, azul céu de brigadeiro, mas aqui dentro só chove, lágrimas... Como digo sempre: 'a página precisa ser rasgada, virar a folha não, porque se corre o risco de lá na frente voltar pra ler a mesma história'.

"Dói tanto que não dói mais. Como toda dor que de tão insuportável produz anestesia própria", externou perfeitamente o escritor Caio Fernando de Abreu.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dezoito de Agosto

Hoje, 18 de agosto, assim que o relógio marcou meia noite, eu agradeci a Deus por todas as coisas que ele me deu. Reparei que em 24 anos eu nunca disse obrigada logo no começo do “meu dia”. Sempre agradeci no final depois de curtir tudo que tinha direito... depois de ganhar todos os parabéns... todos os abraços... todos os votos de felicidades... somente agradecia depois de me divertir e rir muito.

Hoje eu agradeci por ter um emprego bacana... por estar caminhando bem rumo a minha carreira que decidi trilhar... agradeci por todos os meus amigos que estão sempre juntos comigo, direta ou indiretamente... pela minha familia... agradeci pela minha vida antes mesmo que alguém me desse o primeiro abraço!

Hoje me dei um presente tão diferente: tirei um tempo só pra mim. Só pra pensar em todas as coisas que já fiz... que já passei... que já perdi... que já ganhei... que já vivi... que tive medo... que enfrentei! Hoje, como diria a canção da Vanessa da Mata,  decidi  “... passar o dia cantando, de hoje em diante, eu juro felicidade a mim! Na saúde, na saúde, juventude e na velhice! Vou pelos caminhos brandos a minha proposta é boa, eu sei...”

Ai ai... quantas experiências... quantos  momentos... quantas alegrias... tristezas... surpresas... decepções... sorrisos... lágrimas... vitórias!  Um filme tão grande passou  rápido pela minha memória... mais um ano... mais uma florzinha plantada no meu jardim... quantas coisas deixei de fazer, mas quantas coisas eu conquistei!

Hoje descobri que não devo me importar com a ‘velocidade’ com que os números aumentam... a minha essência sempre será a mesma... inocente, madura, persistente, sensível e até mesmo muito implicante... rsrsr... que venha a idade... que venham os anos!

Continuarei insistindo e cantando aquela canção que diz que: “ ...de hoje em diante, tudo se descomplicará. Com o nariz de palhaço rirei de tudo que me fazia chorar...” Hoje eu agradeci a Deus por ter nascido... por poder sorrir... por ter saúde e condição de escrever mais uma linha na história do universo!

domingo, 14 de agosto de 2011

Pai

Vai dormir, está tarde! Acorde cedo, você precisa praticar esporte! Cadê seus óculos? Precisa comer mais verduras! Você não pode comer isso, faz mal. Você vai beber, então dorme lá ou eu te busco! Aonde você vai?  Quem vai? Com quem você estava? Quer ir comigo à (tal) lugar? Você precisa estudar mais, minha filha! Você não tem foco! Eu não cobro de quem não tem mais a oferecer! Você pode sim, precisa querer! Seu irmão não é mais inteligente que você, muito pelo contrário, o diferencial é a dedicação que você não tem! Eu te ajudo! Está precisando de alguma coisa? Não tenha medo. Eu amo você!

Me lembra a discos riscados, repete a mesma coisa vinte mil vezes. No entanto, o que parece chatice é cuidado. Cuidado muitas vezes excessivo e bem difícil de compreender!

Um homem. Um pai. Ser pai é missão de grandes responsabilidades. É saber dizer não, é ser firme e ao mesmo tempo amoroso. É ter sabedoria para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes, inclusive depois que a criança cresce e precisa trilhar o próprio caminho. Um pai se importa e encoraja. Um pai sofre com a tristeza do filho e fica feliz com o seu sucesso!

É com ele que eu conto nos momentos mais difíceis. É pra ele que eu liguei todas as vezes em que bati o carro. É com ele que eu converso quando quero mudar de emprego. É com ele que eu discuto futebol, política, religião... São seus conselhos que eu peço quando estou perdida. É com ele que eu mais brigo e é ele uma das pessoas mais importantes da minha vida! Eu já tive vergonha dele e hoje me vergonho é de ter sido tão mimada!

Dizem que nossa personalidade é idêntica... A vida toda eu pensei: ‘imagina que eu sou assim’, mas de fato temos muito mais em comum do que eu enxergava. Agora, consigo entender o porquê que ele pega tanto no meu pé, me colocou inúmeras vezes de castigo, me fez pedir desculpas quando briguei com o vizinho e me apoiou quando eu discuti com a professora. Ele não passa a mão na minha cabeça e sabe ser imparcial de uma forma que poucos são!

Ele tem um olhar de tratar qualquer insegurança. Possui mãos hábeis que prepara a melhor comida do mundo! Suas mãos me fizeram conhecer o mais forte e sincero abraço e também as merecidas palmadas.

Nunca esquecerei que foi ele quem incutiu em mim o hábito da leitura... A coleção de livros da “Rapunzel”, “Chapeuzinho Vermelho”, “Branca de Neve” e “Os Três Porquinhos”, entre outros, que ele me deu está cuidadosamente guardada para presentear seus netos.

Obrigada por insistir para que estudasse, para que eu escrevesse, para que eu lesse mais. Obrigada porque você sempre acreditou em mim e incentivou um talento, que minha autocrítica, inúmeras vezes, me fez dar passos atrás e que você nunca me deixou desistir.

Hoje, ao desejar “Feliz Dia dos Pais!”, sem notar eu disse: “Feliz Dia das Mães!”, e mesmo sem querer não errei, porque meu pai pra mim é uma MÃE!

Pai, eu te amo!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A vida é tão passageira...

... e como aproveitamos ela? Damos o devido valor? O que este mundo ainda tem reservado pra nós? Alegrias, tristezas, desastres, vitórias, amigos, inimigos? O quanto ainda precisamos sofrer... chorar... perder... para dar valor numa coisa que ganhamos? Bem que se diz que tudo o que se ganha fácil, vai fácil... mas com a vida deveria ser diferente, deveríamos agir diferente.

Essa semana a perda de alguém muito importante abalou muita gente ao meu redor... uma pessoa jovem, cheia de vida, amigo de verdade, mas que infelizmente teve um fim que ninguém esperava: a fatalidade de um acidente de carro... o fim de uma vida promissora.

Percebo que realmente a vida é curta, mas nem por isso devemos extrapolar. Vivemos para o trabalho, saímos, curtimos, brigamos, sorrimos... sempre que podemos aproveitamos tudo... só esquecemos de agradecer a Deus por estarmos vivo... pelos amigos com quem dividimos tudo... pela família...

O tempo passa e aí percebemos que até o dia de ontem estava tudo bem, éramos amigos... depois, por uma discussão a toa ou até mesmo pela correria do dia a dia deixamos de nos falar... e amanhã pode ser tarde pra tentar recuperar o tempo perdido. A gente não se via com tanta frequência... mas tínhamos amigos em comuns e então várias vezes a gente se ‘trombava’ e apesar da distância a conversa fluía numa boa...

Sabe, dói muito ver seu amigo chorar e não poder dizer nada para consolá-lo... não existem palavras que amenizam a dor nessa hora... Dói demais ver uma mãe, um pai chorando... implorando que o tempo voltasse... e que o seu filho estivesse ali ao seu lado... falando... sorrindo... acrescentando a alegria de viver... Como dói ver todas as pessoas que você ama reunidas para tentar consolar umas as outras... e é nessas horas que você percebe que o ser humano é sim, um indivíduo cheio de sentimentos...

Hoje eu percebo que é real quando as pessoas afirmam que é preciso dizer ao outro o quanto você o ama, o quanto ele é importante... é real quando se diz que é necessário dar valor nas pessoas enquanto estão vivas. A vida é tão inesperada que a qualquer momento a pessoa que você ama se vai e você não teve tempo de dizer o quão especial ela era na sua vida, por medo de não ser correspondido... por vergonha... ou por algum motivo que ninguém consegue explicar...

Aprenda a extrair o melhor de todas as pessoas sempre e aprenda com seus erros... aprenda a guardar na memória os bons momentos... o sorriso... o olhar... as histórias... os beijos... as brincadeiras... os ensinamentos... os abraços... é isso que fica de uma amizade bem estruturada.

Não posso negar que não fico revoltada com um fato tão prematuro... é  impossível não ficar... é um choque difícil de assimilar, uma notícia complicada de aceitar. Me pergunto quantos jovens ainda terão que morrer para que os outros percebam que a irresponsabilidade traz consequências seríssimas... e por mais quanto tempo ficaremos revoltados com Deus de uma situação que ele não tem culpa... Nós o questionamos: “Por quê? Por quê?”... mas nos esquecemos de ver quantos sinais de que algo não estava indo bem ele nos deu...

Acho que devemos viver intensamente sim cada momento... mas com responsabilidade, sem esquecer que atrelados a nós estão pessoas que nos amam... cativamos as pessoas e depois não podemos abandoná-las de forma tão cruel assim... é egoísmo! Ainda dói... e só o tempo e a esperança de nos encontrarmos um dia é que alivia essa angústia que parece, muitas vezes, interminável.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

De amor ninguém morre!

Que cada pessoa tem seu jeito peculiar de encarar as experiências da vida todo mundo sabe. O que para um é o fim do mundo, para outro pode ser até cômico. O que me deixa imensamente feliz, pode ser uma coisa corriqueira para muitos. O que é uma tragédia aos meus olhos, para outros não passa de uma grande bobagem.

Recentemente duas pessoas muito queridas estão enfrentando o fim de uma relação e cada uma delas vivendo à sua maneira a ruptura. O fato preponderante, imagino eu, é a idade: 18 e 30 anos. Usarei nomes fictícios: Clarinha e Malu.

Choro fácil, falta de apetite, insônia, o dia não tem mais o colorido de antes. Está tudo preto e branco, meio acinzentado para dar ainda mais dramaticidade ao caso. Não que Clarinha esteja sofrendo mais, simplesmente ainda não sabe lidar com a situação. Malu já não perde mais o sono, nem a vontade de comer, além do que, me confessou com um ar de vitória: “Eu nem chorei”. O que ela nunca mais quer, é perder seu tempo com um babaca.

Quando um namoro (romance, amor, rolinho) acaba nem sempre os laços com a pessoa são cortados definitivamente - o que na minha opinião é um erro, já que quando optam por serem amigos, é obvio que um dos dois não deseja apenas isso. Terminam, mas as mensagens e ligações não. Malu conta que ele ligou, mas ela preferiu não atender e não respondeu nenhuma de suas mensagens. Já Clarinha diz que fala com o falecido todos os dias.

Clarinha quer conversar, tentar se entender, quer mostrar pra ele que vale a pena tentarem mais uma vez. Ela precisa mostrar todo o seu amor, para quem sabe, ele se arrepender e voltar pra ela. Ele precisa entender que a vida dela não tem mais graça. Será que ele não enxerga que ela não conseguirá sobreviver? A coitada já está desidratada de tanto chorar e se perder mais um quilo entrará para o clube das anoréxicas. Seus dias são todos iguais, deita, não dorme, sai do quarto para cumprir com as obrigações que não consegue adiar, mas não vive. Só chora! Está irreconhecível, nem de longe parece aquela menina alegre e linda!

Malu não quer ver o Dito Cujo nem pintado de ouro e cravejado com brilhantes. Assim que decidiram pelo fim, ela ligou para as amigas e combinaram um chopinho à tarde. Alguns amigos que ela não via há algum tempo – devido ao ciúme desmedido do ex – já decidiram a programação: churrasco durante o dia, muitas risadas, aquela geladinha e uma balada a noite pra fechar com chave de ouro! Ela sai de casa cedo e não tem hora pra voltar. Quem a vê nota que está mais bonita e animada!

Só há uma certeza: nenhum fim é legal, mas nem por isso é o fim do mundo. Você fica calejada e a dor já não é tão intensa. Acredito que toda mulher precisa – trata-se de uma necessidade mesmo – passar por uma grande desilusão amorosa, porque essa dor dilacerante que acompanha a primeira desilusão serve para ensinar. Ensinar a não colocar a sua felicidade nas mãos do outro, ensinar que o sofrimento que parece matar, com o tempo, é exatamente aquele que fortalece e traz a certeza que: de amor ninguém morre!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amigo...

Definição: 1.Que ou quem sente amizade por ou está ligado por uma afeição recíproca 2. Que ou quem está em boas relações com outrem.
3. Que ou quem se interessa por algo ou é defensor de algo
4. Pessoa à qual se está ligado por relação amorosa. = NAMORADO
5. Pessoa que vive maritalmente com outra. = AMANTE
6. Forma de tratamento cordial (ex.: venha cá, amigo, que eu ajudo-o). adj.
7. Que inspira simpatia, amizade ou confiança. = AMIGÁVEL, AMISTOSO, RECONFORTANTE, SIMPÁTICO.

No dicionário, podemos encontrar uma enorme lista de definições, mas ela é tão limitada, né! Pra você, o que é amigo de verdade?

Amigo é aquele te entende com um olhar... aquele que sabe quando você está bem e também pressente quando está pra baixo... Há aqueles amigos mais chegados que um irmão... amigos que a gente nem precisa dizer que ama porque eles já sabem o quanto são importantes...

Há amigos loucos... inconsequentes... parceiros de todas as baladas... de todas as ressacas! Aquele que topa qualquer parada, aquele que não topa nada! Tem aquele que vive com você... e há aqueles que a gente passa dias, meses, anos sem ver, mas quando surge o reencontro parece que nunca ficaram separados...
Tem aquele amigo que você confia pra contar os seus segredos amorosos... os profissionais... os pessoais... e há também aquele amigo que você briga e diz que nunca mais falará com ele, mas que no outro dia já está tudo bem, parecendo que nada aconteceu...

Aquele que você coloca a mão no fogo por ele... que faz parte da família... aquele folgado que você não troca por nada...

Existe aquele amigo que você conhece há 15 anos... o que conhece há 10... o que se tornou seu parceiro desde a época da faculdade... aquele amigo que você conhece há um ano atrás... e aquele que você ainda está conhecendo...

Tem aquele amigo colorido... aquele que você tem uma quedinha... aquele que quer namorar contigo, mas que no fundo sabem que a amizade que existem entre vocês é tão grande que não rola...

Há aqueles amigos que te dão conselhos... que brigam COM você por estar fazendo algo errado e brigam POR você pra te defender... aqueles que estão do seu lado em qualquer circunstância...

Há aqueles amigos que não são tão afetivos, mas quando menos esperam demonstram que estão sempre ali... Há aqueles que são carentes... briguentos... cheios de frescuras e manias e aquele que te tira do sério todo o dia... há aquele amigo que sempre faz a turma pagar um mico... aquele palhaço que sempre dá um fora... aquele que bebe e arruma encrenca com todo mundo... aquele que te faz rir quando sua vontade é chorar... aquele que você sabe que sempre poderá contar...

Amigo-amigo, amigo-irmão, amigo-homem, amiga-mulher, amigo-palhaço, amigo-lindo, amigo-namorado, amigo-esposo, amiga-chorona, AMIGO... a família que Deus nos concedeu a benção da escolha!

Existem amigos que não vejo com tanta frequência, mas que ocupam um espaço imenso em meu coração... Aos que influenciam direta ou indiretamente na minha vida um grande abraço! Obrigada por fazerem parte da minha história!

sábado, 16 de julho de 2011

"A Cabana"

"A Cabana" é um mergulho na fantasia e na espiritualidade. O livro de ficção do escritor canadense William P. Young apresenta a divindade com uma faceta antagônica de todas as estórias que já foram contadas anteriormente.

A visão espiritual apresentada é universal, pois é direcionado a pessoas de qualquer religião e até pessoas que não possuem nenhuma. Não trata-se de uma obra de autoajuda, embora o principal tema levantado se desenrola sobre o comportamento de Deus e é lançada a pergunta: “se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?”.

A história gira em torno da profunda tristeza pela qual passa o protagonista, Mackenzie Allen Phillips, conhecido como Mack. O narrador é o melhor amigo deste personagem, e transpõe para o papel a experiência vivenciada por ele.

A narrativa discorre sobre o drama vivido pela família de Mack quando a sua filha mais nova, Missy desaparece misteriosamente durante um acampamento. Após investigações ficou constatado que ela teria sido assassinada numa velha cabana. Mack se entrega 'A Grande Tristeza' e passados quatro anos, ele recebe um bilhete assinado por Deus, pedindo que ele vá até a cabana.

Ao chegar lá, Mack tem um encontro com Deus na pessoa de uma alegre negra; Jesus como um carpinteiro e o Espírito Santo representado por uma mulher asiática. A 'Trindade' fala a Mack sobre os problemas da vida, a morte, dor, perdão, fé, amor e redenção, fazendo-o ter uma visão diferente de alguns dos episódios mais tristes. Mack passa a refletir sobre o poder de Deus, a grandeza de seu amor por todos os seres humanos e o sentido de todo sofrimento que precisamos enfrentar ao longo da vida.

A obra convida o leitor a se aproximar de um Deus de misericórdia e amor no qual encontramos esperança e conforto. A imagem que se passa de Deus em "A Cabana" é bem humana quebrando o misticismo que o envolve.

domingo, 10 de julho de 2011

Deus sabe o que é melhor

Quando entramos em um relacionamento, mergulhamos num espaço em busca de mais felicidade. Frases feitas como: “Ele(a) me completa!”... “Não me vejo mais sem ele (a)”... “Depois que o (a) encontrei, minha vida mudou!”... são os ‘jargões’ mais populares na boca dos apaixonados. Nunca, jamais generalizo os relacionamentos. Existem namoros “perfeitos”... onde cada um contribui para satisfazer as necessidades do outro. Há uma sintonia de respeito, amor e admiração... lógico que existem desavenças, mas como a consideração é maior um pelo o outro, pelo menos aos olhos do que estão de fora, certas briguinhas passam desapercebidas.

Porém, existem aqueles amores que vivem unicamente de aparência. Na maior parte, um sempre ama de verdade (é o que sofrerá no final) enquanto o outro é individualista e egocêntrico. Pééééssimos e ingratos... repletos e transbordantes de apatia... não existe motivação, entusiasmo, atração, amor e, muito menos, respeito em um relacionamento assim e você, constantemente, se pergunta onde está errando.

Penso eu que o nosso maior problema é projetar no outro a pessoa ideal para nós... sem direito a erros, implicâncias, teimosia e por aí vai. Normalmente nos adequamos a certas situações para conviver em harmonia. Se é para melhor, ótimo! Se é para pior, caia fora!

Tanto homens quanto as mulheres estão suscetíveis a relacionamentos ‘dolorosos’. Todo mundo um dia passa por uma decepção com seu parceiro. Passar por tal circunstância é uma coisa, agora sair magoada e humilhada não é normal. Uma professora um dia me disse: “Mulher nenhuma deve se rebaixar para um homem. A mulher tem que saber o seu lugar e a partir do momento em que ela aceita ser 'humilhada' ela dá chance ao ‘canalha’ de fazer isso de novo, de novo, de novo...”

Tudo acontece por uma razão... passamos por dificuldades, tristezas e decepções para nos tornarmos mais fortes, aprendermos com os erros e fazer diferente em outras ocasiões. Só temos certeza de que Deus sabe o que é melhor para nós... e se for pra viver magoada, chorando pelos cantos, a melhor coisa é ‘botar’ um ponto final. Um fim de verdade entende... sem saber notícias... sem atender ligações... sem trocas de recadinhos interceptados por amigos.

Não defendendo somente a classe feminina, porque são as que mais sofrem, mas uma coisa é fato: mulher nasce para ser tratada como “princesa”... cuidada... mimada... e é a parte frágil do relacionamento ao mesmo tempo que é a ‘mais forte’...

Então meu bem, se você tem uma namorada/esposa/etc idônea, valorize-a. Agora se você minha querida precisa se rebaixar para ter um pouquinho do amor... acorde, se reanime, se valorize e deixe de ser importar com quem não está nem aí pra você... Às vezes ficamos perdendo tempo com um cara ‘meia boca’ enquanto quem realmente deseja nos fazer feliz só está esperando a gente acordar!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O amor que eu quero...

Inspirada pelo princípio da ‘Lei da Atração’, pelo qual atraímos para nós mesmos aquilo que procuramos e após amores estranhos, pequenos e errados, hoje eu quero um amor que realmente me conheça.

Que reconhecendo minhas qualidades, forças e ciente de todas minhas imperfeições, ilusões e tristezas, me ame ainda assim. Que expresse seus sentimentos e que queira me dar amor, mais e mais, dia após dia. Que ele saiba exatamente o que quer da vida e defina quais são suas prioridades. Que suas palavras sejam coerentes com os seus atos. Que ele seja capaz de se expressar abertamente, sem joguinhos de sedução que criam inseguranças e gera distâncias.

O amor que eu quero não precisa ser o mais popular, nem o mais rico ou o mais bonito. Mas é essencial que seja sincero, íntegro e inteligente. Que a partir do dia que descobrirmos o desejo que ele seja recíproco e jamais pense em me trocar por um cabelo ou uma cor de pele diferente ou ainda por um corpo mais belo.

Que ele não provoque as minhas lágrimas e que seja capaz de amenizar minha dor apenas com seu olhar de compreensão e seu abraço de proteção. Que seja forte o suficiente para que me faça sentir que ao seu lado tudo vai dar certo! Que minhas tristezas e angústias se dissipem a medida que sua presença se intensifique.

O amor que eu quero precisa ter a sensibilidade para saber reconhecer a felicidade nas coisas mais simples da vida! Que brinde as conquistas alcançadas e encare as derrotas de frente lutando para recomeçar.

O amor que eu quero... irá dividir as alegrias e superar as tristezas sempre ao meu lado!

domingo, 3 de julho de 2011

O silêncio da destruição: "Hiroshima"

 “Uma única bomba, num único instante causará tamanho desastre”. Corpos mutilados, gritos de socorro, uma cidade destruída em questão de segundos, cenas impossíveis de se descrever.  Dor... desespero... tristeza. Motivo: uma bomba atômica lançada sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki em 6 de agosto de 1945.

John Hersey foi um escritor americano e jornalista que cobriu a guerra da Europa (Sicily) e da Asia (Batalha de Guadalcanal) escrevendo artigos para Time, Life, e The New Yorker. Ficou mundialmente conhecido por relatar a dor de seis sobreviventes de um atentado que ficou registrado não só para as vítimas da cidade, como para muitos que tiveram compaixão de um povo que permaneceu exposto à radiação de um experimento americano. 

Um ano após o lançamento que devastou a cidade japonesa, John se empenhou em mostrar ao mundo a realidade da dor de uma guerra. Depois de 40 anos, detalhes que ficaram para trás ganharam espaço e se transformaram no livro “Hiroshima”.

Com uma narração rica em detalhes, o autor aponta a angústia de personagens que sobreviveram a uma catástrofe que parecia não ter fim. Um jornalismo diferente, que não se baseia num lead comum, mas sim, que mergulha no sofrimento de cada habitante daquela cidade.

Uma história carregada de expressões que nos fazem sentir na pele a tristeza de um povo sem lugar para se alojar. Um local contaminado não só pela radiação que deformaria pessoas por mais de décadas, mas também que acabaria com o sonho de muitos patriotas.

Em meio a tanta destruição, os sobreviventes tiraram forças e ergueram das cinzas uma cidade mais forte, mais destemida e com uma ânsia de provar aos seus destruidores a força de vontade de indivíduos que lutaram pela sua sobrevivência, que sofreram as consequências com os efeitos trágicos da guerra, mas que nem por isso desistiram da vida.

Ao narrar cada frase, Hersey exprime sensações que nos levam a viver durante a leitura o sufoco daqueles dias. Permite que tenhamos uma visão da amplitude daquele momento, de pessoas se desfazendo aos poucos, de crianças chorando, de adultos implorando por ajuda, de pessoas queimando vivas sem terem para onde correr.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cadê a criança que existe dentro de você?

Lembra quando todos sorriam por qualquer motivo e o importante mesmo era ter saúde, paz, família, amigos...? Quando dávamos o devido valor na doçura de uma criança, na beleza de um pôr-do-sol, em viver um grande amor e a paz de um domingo?

O que será que fizemos com aquele sorriso fácil e inocente? Onde estará o colorido dos dias de brincadeira no parque? O que fizemos para esquecermos a alegria que um simples bolinho de chuva na casa da avó basta para alegrar nosso dia? Matamos o melhor de nós... a criança que sempre existiu em cada coração adoeceu?

Deixamos tudo isso acontecer e nem percebemos. Gastamos nosso tempo correndo atrás de tantas coisas do dia a dia, em busca de mais e mais dinheiro para preenchermos os vazios com bens materiais. E assim vamos deixando para trás o essencial: a mais pura e terna alegria, que só pode ser encontrada nas coisas simples da vida.

Uma roupa nova, um relógio e aquela bolsa de marca, o sapato exclusivo, mais uma entre tantas lingeries, um computador mais moderno, o celular de última geração, o carro zero a cada ano. Tudo isso nos anima, mas é algo momentâneo, logo é descartado e substituído por outro mais novo e melhor.

Vivemos como se fossemos eternos, jamais lembramos que a vida é efêmera e que no final das contas o que realmente vale à pena é o que sentimos e os sentimentos que provocamos nos outros... os momentos junto dos amigos, aquela conversa íntima e gostosa entre irmãos, a força que somente os pais são capazes de oferecer, as brincadeiras de nossa rotina, um jantar romântico, uma caminhada na praia, sentar no chão para brincar com o bichinho de estimação, adormecer uma criança nos braços, o abraço apertado de quem você ama...

Enfim, são esses momentos simples vividos que montam a nossa historia, aos quais podemos olhar para trás com um sorriso no rosto e um aperto de saudade!
Cadê a criança que existe dentro de você? Não deixe que ela perca o vigor! Cultive a felicidade dos inocentes e faça as pazes com o adulto estressado e carrancudo que a abriga, para que ela possa sempre mostrar seu brilho!

domingo, 19 de junho de 2011

Help me!

Ando um pouco angustiada ultimamente. Perdi minhas vontades. Por pouco não perdi minhas manias. Não sei mais se quero ter alguém do meu lado ou se quero continuar sozinha. Não sei o que me aflige... o que me indigna... o que me incomoda. Quero mudar. Sim, sair desse espaço, desse mundinho parado. Mas... sair pra onde? Às vezes, não sei mais o que quero ter na vida, nem com que tipo de pessoas quero conviver.

Por que tantas pessoas já sabem o que querem? Por que outras vivem tanto tempo se martirizando em saber o que deseja ser? Ser irmã, ser mãe, ser amiga, ser mulher, ser filha, ser namorada, ser tal profissional, ser esposa... ser humano é tão difícil. Talvez se a vida fosse como um texto tudo seria mais fácil. Você escreve alguns parágrafos... mais três ou quatro linhas daqui... joga uma pra cima... uma outra pra baixo... corta aqui... muda ali... altera palavras e se ainda não gostar e preferir o texto do início é só dar um Ctrl + Z e começar de novo. Simples assim!

Mas começar de novo nem sempre é fácil! Ou é?! Será que compensa? Criar um dia diferente é sempre possível e mais fácil. Porém mudar o passado é simplesmente complicado... e muito, muito difícil! E se as coisas passadas são tão mais complexas por qual razão não olhamos pra frente e encaramos o futuro? Sofrer por angustias transcorridas é tão frustrantes que nos abate muito mais do que irmos a luta buscar novos sonhos.

Decidi que quero um novo começo... eu acho que compensa... mas... começar por onde!? Será que alguém pode me ajudar?!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A espera... o telefone que não toca!


Esperar um telefonema é uma das maiores torturas psicológicas da existência. Não qualquer telefonema. É a ligação dele, que angustia, provoca tremores e borboletas no estomago!

Ele pede o número. Por querer evitar a espera, você finge que não ouviu, puxa um assunto e outro. Na despedida ele insiste e nem é preciso insistir tanto, porque afinal era isso que se esperava! No fundo é o que mais queremos... que haja um novo encontro! Pra não depender apenas das leis do destino, a ligação depois do primeiro beijo é a ponte para o segundo.

No dia seguinte nada, No outro também não! No terceiro dia quando as reservas de esperanças estão se esvaindo e você está pronta para cair na balada com os amigos, o telefone finalmente toca, após horas de um silêncio ensurdecedor.

O número é desconhecido e imediatamente surge a certeza: É ele! Não, a voz é de homem, mas é o seu melhor amigo, com aquela mania ridícula de ligar privado, que quer saber se está tudo bem... “A gente vai ou não vai à festa, vou comprar meu convite hoje. Compro o seu?”... “Não sei, se eu decidir compro na hora”... “Porque você está enrolando heim, vou comprar depois você me paga!”... “Não eu já disse que não sei se vou...”. “O que foi? Aconteceu alguma coisa?”

Acontecer não aconteceu nada, mas ainda pode acontecer. Olha ela aí, a famosa ‘última que morre’, a esperança... mas com esse papo furado, mesmo que o telefone tocar em segunda chamada eu não vou ouvir! - “Tá bom, eu te ligo!”... “Claro... se resolver eu te dou um toque mais tarde!”

Finalmente, ele liga. Você atende ao primeiro toque porque não morreu de ansiedade! Mas o início da conversa, se não desmaiar de felicidade, terá que enfrentar os eternos minutos de hesitações e reservas:
- “Oi, tudo bem?”
- “Tudo bom e com você?”
- “Bem também”
- “E aí o que você conta?”...

Esperou tanto por essa conversa e agora não sabe o que dizer e é melhor mesmo não dizer nada, porque o máximo que conseguirá é não falar é coisa com coisa. Um concorda com o outro, repetem-se os diálogos num misto de confusão, excitação e felicidade: “É ele!”:
- “Nada demais, e você, alguma novidade?”
- “Tudo na mesma também...”

Ai você toma coragem e declara:
- “Que bom que você ligou”
E ele embala:
- “Estou com saudade!”
Você se belisca por não ter certeza que ouviu direito... Silencio, depois de pensar: “que fofo!”, emenda:
- “Eu também!”
Longos segundos de silêncio... e ele retoma:
- “Nossa, estou tão cansado esta semana!”
- “Ah eu também!”, mas logo pensa: não vamos nos ver?

Após a conversa vazia, um intercâmbio de palpitações e vontades de falar o que realmente se sente e falta coragem.
Com um sorriso leve você responde a tão aguardada pergunta:
- “Vamos!”... “Que horas?”... “Ah, está ótimo!”

domingo, 12 de junho de 2011

Solteiros por opção!

Bom... hoje dia 12 de junho, Dia dos Namorados, o que mais rolou nesse mundo foram músicas apaixonadas. Aerosmith, Bryan Adams, Hoobastank, Jason Mraz e por aí vai...

Não digo que essas canções não são legais, mas poxa vida... quando o espírito da gente não está pra este tipo, não adianta insistir... Então, para quem deseja fugir das faixas românticas separei algumas do estilo Cláudia Leitte, Chiclete Com Banana e Jammil e Uma Noites só para os solteiros por opção refrescarem a cabeça.

Na sequência, uma lista com algumas músicas para os “Solteiros por opção!” (Ctrl + clique)

1. Man! I Feel Like A Woman - Shania Twain
2. Já Sei Namorar - Os Tribalistas
3. Beijar Na Boca - Cláudia Leitte
4. A Fila Andou - Chiclete Com Banana
5. Praieiro - Jammil e Uma Noites
6. Livin La Vida Loca - Ricky Martin
7. Single Ladies (Put A Ring On It) – Beyonce
8. Eu Gosto De Mulher - Ultraje a Rigor
9. I Don't Need A Man - The Pussycat Dolls
10. I Will Survive - Gloria Gaynor
11. Since You've Been Gone - Kelly Clarkson
12. Girls Just Want To Have Fun - Cyndi Lauper
13. Stronger - Britney Spears
14. Alguém No Seu Lugar - Jorge e Mateus
15. Agora Eu Sou Solteira - Gaiola Das Popozudas
16. It's Raining Man - The Weather Girls
17. Lady Marmalade - Christina Aguilera
18. Celebridade - Fernando e Sorocaba
19. Se Vira (part. Latino) - Maria Cecília e Rodolfo
20. E Daí - Guilherme e Santiago

PS: Para os apaixonados de plantão, também criei uma listinha com as mais românticas(Ctrl + clique)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dia do que mesmo?

Mais um dia 12 de junho! Dia do que mesmo? A data mais romântica do ano, o Dia dos Namorados! Operadoras de telefonia celular criam promoções! Restaurantes e motéis oferecem pacotes! Shoppings e o comércio popular festejam , os comerciantes ficam entusiasmados. Os comerciais de TV estão mais mentirosos do que nunca e ainda exageram na dose.

Um dia depois, Santo Antônio se pudesse tiraria férias! O coitado do santo não aguenta mais pedidos e promessas das solteiras-desesperadas-loucas-por-um-namorado! Deixar o santo de cabeça pra baixo ou no congelador não vai resolver seu problema, minha filha! Muito menos ‘roubar’ o menino Jesus dos seus braços! O que te faz pensar que o príncipe encantado vai bater na sua porta só porque você resolveu ‘torturar’ o santo?!

As simpatias infalíveis pipocam em toda parte! É um tal de mulher escrever o nome do amado e enterrar num pé de bananeira ou roubar uma peça íntima do dito cujo pra que a ‘amarração’ seja perfeita e irreversível. A corrida pra comprar velas de sete dias, santos e rosas vermelhas congestionam as lojas de artigos religiosos.

A maioria das solteiras anda desiludida, achando que tem algum defeito, foram rogadas por alguma praga ou estão sofrendo algum castigo por não conseguir ‘engrenar’ um namoro! Tudo o que elas querem e sonham é com um milagre na véspera do Dia dos Namorados para ‘desencalhar’ ou pular do dia 11 para o dia 13. Milagres até acontecem, mas por motivos sérios! Deus não vai perder a oportunidade de conceder uma graça pra realizar caprichos de mulheres carentes! E infelizmente, nem em dias de cólica e TPM é possível riscar do calendário!

Minha amiga, não adianta chorar, espernear, fazer simpatias e cumprir promessas! Homem nenhum vai resolver sua falta de amor próprio! Não é preciso colocar no Facebook: ‘relacionamento sério com’ ou ‘namorando’ no Orkut, pra amar e ser amada! Essa estória de que “preciso ter alguém que me complete” e “sem um namorado me sinto só e abandonada”, é coisa de gente vazia e insegura. Neste caso o problema não é a falta de um namorado e sim a falta de autoestima e de procurar algum objetivo na vida!

Mulheres desesperadas por um ‘machinho’ aceitam qualquer coisa pra não ficarem sozinhas e quando surge alguém disposto a alimentar esse sonho, pronto: o cara pode ser feio, mal educado, grosseiro, sem formação nenhuma, desempregado, galinha e mentiroso, que isso não importa! Francamente, é viável pagar qualquer preço, mesmo quando o resultado são as frustrações?

A solidão do Dia dos Namorados, pra quem não tem uma laranja pra chamar de minha metade é reforçada por uma cultura que dita que para ser feliz é preciso namorar ou estar casada. Claro que amor é essencial! A questão é investir em um relacionamento sem amar, pra não ficar sozinha ou pra dizer pra sociedade e pra si mesma: “eu tenho alguém!”. Mas quem ainda acredita em relações baseadas em posse? Isso é do tempo de nossas avós. Ninguém é dono de ninguém! Amor, romance, compromisso é outra coisa.

Pra ser uma pessoa interessante digna de encontrar a tampa da panela, o chinelo do pé cansado, o amor da sua vida... é preciso ser mais que um belo rostinho e um corpinho sarado! Homem que gosta de embalagem e não se importa com o conteúdo tem aos montes! Pessoas sem sucesso profissional, que não dão valor à saúde, família e aos amigos são broxantes... Acreditem em contos de fada, mas nada de atacar para todos os lados nas simpatias e promessas! Vai que seu cupido se revolta e acerta a fecha em um traste...

Se neste ano você, assim como eu, vai passar o Dia dos Namorados sozinha não encare isso como uma tragédia, porque tragédia é ter alguém ao lado que não se admira e não se tem amor de verdade! Como já diz minha mãe: “É melhor esperar do que comer cru”!

Agora, quem já encontrou o ‘príncipe encantado’, quem sente "é esse" e tem certeza que ele pensa: “é ela”. Levante as mãos pro céu e aproveite! Feliz Dia dos Namorados!

sábado, 4 de junho de 2011

O caçador de pipas

Duas infâncias diferentes vividas em um mesmo ambiente... dois seres distintos e cheios de vida. Cada um ao seu modo, ao seu estilo. Um país onde costumes e regras são seguidos a risca. 

Para quem deseja uma aventura apaixonante e farta de emoções Khaled Hosseini traz uma bandeja cheia de história de amor, honra, esperança, fé, dignidade e fidelidade, traduzidas nas linhas do livro “O caçador de pipas”.

Sonhos, planos e caminhos diferentes distorcidos pelo medo, erro e desespero. A história se passa em torno de Amir, um garotinho afegão, que passa a vida a descobrir coisas para agradar o seu pai, um grande e misterioso homem de Cabul.

Mesmo com todos os bens que o cerca, Amir sente-se uma criança muito sozinha e com um enorme sentimento de rejeição. Menino mimado, ele possui um fiel e inseparável amigo, Hassan, de origem hazara e empregado da família.

Ao contrario de Amir, Hassan é um menino guerreiro, forte e destemido. Mesmo com uma infância difícil, ele se destaca em tudo o que faz. Mas como ninguém pode alterar o seu destino, as circunstâncias da vida os separam, porém a verdadeira amizade permanece inalterável. 

Na 'época', a cidade estava em guerra. O Talibã prometia acabar com todos os que ousassem desafiá-lo. E assim realmente acontecia.

Com uma trama muito bem elaborada, o autor consegue transpor de forma clara e objetiva as lições de vidas de praticamente toda sociedade afegã. Descritas minuciosamente por cada trecho que o escritor percorre, o livro apresenta desde o seu início traços de uma imensa criatividade vividas num verdadeiro cenário.

Khaled Hosseini, demonstra em seu romance a realidade de um país que infelizmente ‘desconhecemos’ suas reais origens. A cada página mergulhamos em uma nova lição, em um novo conhecimento, uma nova cultura. Vale a pena conferir!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Meu amor!

Se existe amor à primeira vista, foi o nosso! Dois corações que se reconheceram em meio a uma multidão, e não é força de expressão, não... Nossos olhos desviaram de tantos outros para que nosso primeiro olhar se cruzasse, ah aquele olhar tímido, meio de canto... Lembro como se fosse hoje do frio na barriga, a sensação de já ter vivido aquilo antes... o mais simples gesto, o tom da voz, os braços que me enlaçaram... Fecho os olhos e posso sentir o gosto do beijo e o calor da sua mão segurando a minha. Eu ria a toa e falava bobagens...

Não havia vergonha, receio ou insegurança porque você sorria e correspondia. Éramos duas crianças brincado de ser gente grande... tudo fazia sentido e nada daquilo tinha explicação! Era maravilhoso te ouvir e poder falar coisas sem pensar no que você iria achar de mim... poucas vezes fui eu mesma com outra pessoa! Até hoje, você me permite mostrar quem eu verdadeiramente sou e ainda me vê como quem me desnuda... isso não me incomodava, ao contrário, me deixa feliz.

De todos que eu amei, só tu permanecestes! O teu amor está nas minhas mais doces recordações. Eu o gravei na pele e no coração. Não preciso esconder! Não tenho vergonha desse sentimento. Se eu pudesse te beijaria molhado e abraçaria apertado, agora! Eu quero falar em seu ouvido coisas que só pra você eu sinto vontade!

Não tenho medo de me expor! Meu medo é da solidão, do silêncio que me sufoca quando sua voz ausente me expõe às minhas dúvidas: será que você sente o mesmo por mim?! Pensa em mim como eu penso em você? Sente saudades? Eu não acho feias as demonstrações de afeto! Acho feia à distância! Esse longo caminho entre seu corpo e o meu! Você distante, mas tão presente em meus pensamentos. Sonho acordada e sinto sua falta. O tempo passou, foram-se os anos. Eu sempre te quis! Te desejo hoje e te amarei sempre!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Querido Papai do céu...

Te agradeço por mais este dia que o Senhor me deu. Como todo ser humano lá vou eu dizer que ele não foi perfeito, mas como sobrevivi posso dizer que foi bom. Sinto muito em quebrar a minha palavra dizendo que não iria reclamar mais... tenho tentado mudar, mas sabe como é, né?!

Agradeço por esta noite de sono que virá. Peço que me faça adormecer logo para que eu não sofra pensando nas várias situações que poderiam ter sido diferentes... nas muitas falas que deveria ter dito ou repensado antes de soltá-las... Rogo por coragem e forças para acordar amanhã e não dizer logo ao abrir os olhos: “Ah não, mais um dia daqueles!”

Insisto que retire de mim toda essa angústia estranha que persiste em me deixar mal e que não me deixa concluir uma oração sequer. Sei que existem pessoas que estão em piores circunstâncias e não se angustiam por tão pouco. Também peço que modere minha ansiedade... não me deixes sofrer por coisas que eu aumento sem necessidade e que provavelmente nunca serão aquele 'bicho de sete cabeças...'

Por fim, peço que conceda os verdadeiros desejos do meu coração. Aqueles que estão mais escondidos e que eu acho que são irrelevantes para o momento... mas que Tu sabes que são mais importantes. Que seja feita a sua vontade e não a minha! Amém!

sábado, 28 de maio de 2011

A materialização da falta de inteligência!

Independente de gênero, posição social, cor e credo. Insensato, passional, inútil, egoísta e irracional são algumas das características de um dos sentimentos mais condenável nos homens e, mais enfático e presente, no comportamento feminino. Quem nunca viveu uma crise de ciúme? Ou quem nunca foi importunado com o ciúme do outro?

O ciumento duvida sempre, mesmo que não haja indícios. Vasculha bolsos, bolsas, notebook e celulares... e jamais assume que tem essas atitudes vergonhosas. As acusações têm início com leve indiretas e passa em questões de segundos para perguntas dignas de interrogatório policial. O criminoso (a vítima do ciumento) não tem defesa e tudo o que ele diz sempre é usado contra si. A pena é dura e sem direito a julgamento já que as testemunhas de defesa e as provas contidas nos autos são descartadas.

Como a erva daninha, o ciúme não tem nenhuma utilidade, a não ser minar os relacionamentos. O solo da imaginação do ciumento é extremamente fértil. Ele não vive apenas de fatos, mas revive o passado e alguns fantasmas, que deveriam ficar no seu lugar: morto e enterrado, mas que se mantêm bem vivos, tão vivos que fomentam as temidas e sem sentido crises de ciúme.

Alguns preferem abrir mão da sua liberdade para controlar a liberdade do outro. O ciumento quer possuir o ser amado (a). Ele precisa do outro 24 horas por dia, 7 dias por semana, 30 dias por mês, 365 dias no ano. A relação pautada por ciúme fica pior do que o cumprimento das horas obrigatórias da jornada de trabalho porque não há pausa para o almoço e muito menos domingos remunerados. A necessidade de estar ao lado o tempo todo sufoca e mesmo assim não impede que o ser amado faça algo que desagrade.

Certa vez, um amigo do meu ex-namorado, que por sinal eu não gostava, disse uma coisa muito sensata: “Cara, para de querer controlá-la. Mulher quando quer ninguém segura. Você tranca sua namorada em casa e quando ela vai descer o lixo, dá pro porteiro”. Esse ‘ensinamento’ serve para as mulheres também. Garotas, não queiram fazer ‘marcação cerrada’ como nos jogos de futebol, pois o homem quando quer arruma um jeito e piriguetes nesse mundo é o que não faltam!

O importante é querer ter a companhia do outro pelo amor recíproco, e não pela posse. O amor é um sentimento livre... Não há razão nenhuma para cobranças e exigências de provas de amor!

De que adianta brigar por coisas que acontecem apenas no campo da imaginação ou do ‘achismo’? As cobranças e as ceninhas de possessividade não irão mudar em nada o comportamento do amado. O ciúme nada mais é que a materialização da falta de inteligência!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pode não parecer...

Mas às vezes eu perco os ‘sentidos’... Posso ser meio moleca... imatura... 'ruinzinha'... travessa... insensível, mas só oculto os sentimentos. Às vezes fico triste sem motivo, dou risada quando deveria chorar. Choro sem motivo. Caio em gargalhadas nos momentos de fúria. Não demonstro quando estou chateada, com raiva ou amando... Normalmente não externo os sentimentos, só faço isso com as indignações. Minha opinião sobre determinados assuntos são expressadas nitidamente, não escondo quando gosto ou não de alguma coisa. É sempre do mesmo jeito: os olhos se arregalam, o nariz e a boca se contorcem e sempre escapa "Ahh, é isso?!"

Procuro sorrir em qualquer circunstância, acho que é por isso que sofro... Raramente me permito chorar na frente dos outros... Quem me conhece, de verdade, sabe quando há algo errado... algo novo... quando não caibo em mim de alegria ou quando só quero ficar sozinha... Criei em minha volta uma muralha. Ao redor dela milhares de exclamações e perguntas que me fazem repensar o que construí: “Que bom que você não tem problema!” “Por quê é assim?” “Como faz pra estar sempre bem?” “Como consegue rir de tudo?” Bem, já dizia Victor Hugo: "O riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano." Vejo-me então numa grave crise...

Sou ciumenta, mas é segredo! Sofro quando as pessoas que amo se vão... parecem até estações do ano em minha vida! Dói demais vê-las distante... nunca as deixo perceberem a lacuna que produziram/ produzem em mim... nunca deixo de pensar nelas. Sofro quieta no meu canto, com um único consolo: o travesseiro que abriga minhas lágrimas. Sozinha no quarto eu e Deus, o questionando constantemente do por quê? E ele lá do céu com uma paciência infinita a colocar na minha leviana cabeça o motivo... Entendo, mas no momento resisto para não compreendê-lo...

Também fico brava e me irrito com certa facilidade para as coisas simples. Seguro quando a barra é maior... mas às vezes tudo escapa... eu sou humana né!? Posso falar que não amo, mas morro um pouquinho a cada dia pela falta de alguma ‘coisa’. Sou sensível quando o assunto são as pessoas a minha volta. Brigo por elas... ‘sinto’ suas as dores... choro junto, mas não me permito saberem o que se passa no meu mundinho. Maltrato-me sem saber que assim o faço... e mais uma vez, novamente sozinha, no abrigo do meu quarto pergunto a Deus o por quê? E mais uma vez Ele se faz presente tentando me mostrar o que está dentro de mim: um orgulho ferido, receios e ressentimentos de não ser entendida... 'pode não parecer', mas preciso de mudanças, né?!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

“Comer Rezar Amar”

Pra quem gosta de viajar, conhecer pessoas, lugares e sabores diferentes, me perdoem o trocadilho: esse é um prato cheio de se comer rezando! Numa espécie de autobiografia, a autora Elizabeth Gilbert apresenta nas páginas de “Comer Rezar Amar” o prazer mundano, a devoção religiosa e os verdadeiros desejos de todas as mulheres – a maioria delas.

Beirando um dos marcos na vida feminina, Liz com quase 30 anos se encontra em meio a uma crise existencial. Ela tem tudo o que uma mulher da sua idade passa a vida idealizando: uma casa confortável que acabara de comprar, um marido que a amava, projetos para ter filhos e uma carreira de sucesso, enfim uma vida estável e confortável. Mas como toda boa história, tem um ‘porém’, ela não se sentia feliz.

Em meio a crise existencial, Liz se depara com um fantasma que a assombra: a depressão. Logo de cara, ela está ajoelhada, no chão do banheiro, no meio da madrugada e aos prantos pedindo uma luz para decidir que rumo enfileirar a sua vida. É nesse momento que ela começa a rezar, espontaneamente.

O livro narra a decisão da autora de deixar sua vida estável para trás e se aventurar por um ano em três países. Liz viajou em busca do auto-conhecimento e examinando aspectos de sua própria natureza.

Em Roma, estudou gastronomia, aprendeu a falar italiano e engordou. Na Índia mergulhou em experiências espirituais. E em Bali, exercitou o equilíbrio entre o prazer mundano e a transcendência divina. Tornou-se discípula de um velho xamã, e também se apaixonou inesperadamente.

O livro “Comer Rezar Amar” fez um grande sucesso, tanto que virou filme. Dessa vez fiz o contrário primeiro assisti ao filme e só depois li a obra. Mas a conclusão é a mesma: o livro é bem melhor que o longa! Os dois valem à pena...

Bate aquela vontade de largar tudo e conhecer o mundo... para atingir o objetivo da autora que assumiu a responsabilidade pela sua felicidade e parou de viver conforme os ideais da sociedade.

O livro é um incentivo para quem tem coragem, vontade e, é claro, dinheiro para uma aventura dessas. Como eu queria ter essa oportunidade... coragem e vontade eu tenho! Só falta um detalhe... rs

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Não quero muita conversa hoje...

Já briguei com você... disse coisas das quais me arrependi... bobeiras sem nexos que transformei em grandes monstros... simples acontecimentos que converti em guerras... Ahh, meu Deus, quanto mais tento esquecer o passado, mais ele teima em me cutucar...

Não, não estou louca... apenas... criei diálogos inexistentes como forma de fugir das frustrações. E você? Você se manteve calado. Até que tentou se expressar, mas não teve êxito. Afinal de contas, já que tinha a teu favor meu coração, alguma coisa eu deveria ganhar: a briga imaginária. Sim, tudo ocorreu em pensamentos... Frustrante, né?! Correções de atitudes que não aconteceram e pouco provável que aconteçam. Falas que jamais existiram e que nunca trocaremos...

Doeu... doeu tanto... senti aquela sensação estranha na boca do estômago, as vistas escureceram e tudo girou... o coração logo deu um jeito de sair do seu ritmo normal... no começo eu achei que havia parado... depois ele me mostrou que ainda existia... Acelerado, queria sair pela boca, eu até podia ouvi-lo bater... Na cabeça uma dor estranha e nos olhos a impressão de que as lágrimas logo rolariam...

Chorei... perdi a razão. O ciúme, a solidão e a ira tomaram conta de mim... Motivo? Real, nenhum! Deveria ter? Não, mais uma vez repito: não tenho problema. Sou apenas mais uma mulher, às vezes insana... com o juízo meio fora do normal. Sou apenas mais uma humana tentando consertar o que não aconteceu... sonhando com algo projetado somente em minha mente... algo que eu almejo, mas que de tão distante não vejo forma pra torná-lo real...

sábado, 21 de maio de 2011

A menina-mulher, a mulher-menina!

Aquela que bebe todas e no dia seguinte jura que nunca mais vai beber na vida! Aquela que conversa com estranhos, dá conselho pra desconhecidas no banheiro da balada, que dança até o chão e em cima do balcão. Ela conta piada sem graça e sabe rir de si mesma. Chora por nada e por todos os motivos, sempre que tem vontade e não escolhe o lugar.

A menina-mulher, a mulher-menina que tem medo de escuro e pânico da solidão, que fala sozinha, que samba de frente ao espelho, que canta alto, que ri alto, que fala alto. Que assume seus defeitos e sabe das suas qualidades!

Ela dorme arrependida, mas não acorda com vontade! Ela não sabe dosar a medida certa, ou é de menos ou é de mais. Não ama pela metade e não finge que gosta. Aquela que demonstra o que sente... Ela fala o que pensa e age sem pensar! Machuca as pessoas que mais ama sem querer e sofre mais do que quem foi atingido.

Ela já amou e foi amada. Rejeitou e foi descartada! Aquela que não tem medo de quebrar a cara e se entrega de corpo, alma e coração! Aquela que guarda as cartinhas de amor da adolescência e coleciona fotos na sua caixa de recordações.

Ela ama as crianças, mas não gosta de barulho, bagunça e manha! Ela ajuda na construção do castelo de areia com os pequenos e não se importa com a sujeira! Ela dá banho em bebês, mas não quer limpar o bumbum deles. Ela... sonha com um anjinho que vai olhar em seus olhos e gritar: “mãnhêêêêê!” e sabe que esse ‘berreiro’ será música aos seus ouvidos!

Aquela que admira e respeita os mais velhos, mas não tem paciência com eles. Passa horas a fio se deliciando com os ‘causos’ contados, mas não consegue explicar a mesma coisa até que eles consigam entender.

Aquela que veio de longe e quer ir pra mais longe ainda. Ela teme estacionar, não consegue conceber uma vida sem emoção, parada e monótona. A rotina a incomoda, ela quer o novo, o diferente, seja ele feio ou bonito, alegre ou triste, doce ou amargo, colorido ou preto no branco! Aquela que escreve a sua história...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Acho que estou carente

Mais uma noite... reflito sobre o dia, sobre as imagens e pessoas que vi. Corro os olhos pelo quarto, olho para o teto e penso: acho que estou carente. Detesto admitir ‘fraqueza’, mas cheguei à conclusão que preciso gostar de alguém. Gostar no sentido amar. Amar não como o amor de mãe, de amigos, de irmão... Amar de verdade, um homem de verdade. Aquele cara amigo, companheiro, parceiro mesmo, sabe!? Não pensando no sentido ‘safadinho’ da palavra, aquele amar de ‘quero colo’... de saber que tem alguém ali pra você ligar do nada... alguém pra sentir ciúme de vez em quando... pra te chamar de ‘fresca, mimada’... pra ser a tampa da sua panela... pra chamar de ‘Mor’.

Às vezes acho que é apenas uma fase. Também não sei se quero me ‘prender’ agora... Deve ser esse tempinho frio que me deixa assim... carente... sozinha... desejando um cobertor de orelha... dormir de conchinha... alguém pra esquentar o meu pé gelado... Mas é estranho, veja bem... olho os casais apaixonados nas ruas, em pontos de ônibus, no portão das escolas, jantando no shopping, estão ali... juntinhos... num mundo cor-de-rosa...  um sorrindo pro outro... sem problemas... trocando beijos... carícias... dividindo o mesmo canudo, o mesmo papel e penso: “Ahh, que bunitinhos, quero um assim!”, mas na sequência, meu outro lado diz: “eca que melação! Será que tudo isso é amor?”.

Acho que sou simplesmente complicada. Veja bem... quando eu escuto a frase: “Eu te amo!” vinda de um casal que está namorando há pouco tempo eu me pergunto: “Será que as pessoas amam demais ou eu que amo de menos?”. Porque é estranho, pensa comigo: Como amar alguém que você ‘acaba’ de conhecer? Não dá, né?! Amor não se constrói? Não é estruturado com o tempo? O tempo das pessoas é muito pouco ou o meu que é muito muito? O amor é complicado ou eu que complico tudo? Quando me perguntam: “Por que você não namora?” na maioria das vezes a resposta é: “Ahh sei lá... não quero me prender agora!”. Mas depois eu reflito na verdadeira resposta que eu gostaria de dar: “Porque quem eu amo não me ama!” Quer dizer então que eu amo alguém que não me ama? Então eu não tenho um amor, tenho uma paixão platônica!?

Humpf... na verdade não sei bem o que desejo... sei lá... é uma sensação estranha, sabe?! Não quero ficar sozinha... ou quero? Não, isso ninguém quer! Vem cá, estar sozinha querendo estar com alguém pode ser considerado carência mesmo? Humm... acho que não... só sei que até que se prove o contrário ninguém vive sem a tampa da sua panela! Mas... ‘pera-lá’... se ninguém vive sem a tampa da sua panela ou eu sou uma frigideira, leiteira, sei lá... ou eu apenas ‘sobrevivo’ nesse mundo!? Afff...droga de sono que não vem!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Feliz era Eva!

No princípio era apenas e, tão somente, Adão e Eva! Não existia ex-mulher, ex-namorada, amigas, paqueras, ‘nenhuminha’ piriguete em cima do seu amado! Eva amava Adão e Adão amava Eva! Oh mulher de sorte! Ela era única, exclusiva... não havia competição e ela não tinha que dividir sua atenção com ninguém!

Eva desconhecia o ciúme! Suas unhas eram intactas, nunca as roeu em uma crise de ansiedade por não saber o porquê de ele estar tão atrasado... jamais sentiu aquela dorzinha que anunciava gastrite aguda quando tentava adivinhar quem era aquela ‘fulaninha’ de conversa mole com ele... não existia os celulares, por isso Eva nunca se mordeu de curiosidade para saber de quem era a mensagem que acabara de chegar e o que ele estava respondendo... também não tinha que aguçar sua audição para tentar ouvir qual era o teor da conversa, mesmo quando quem estava do outro lado da linha era o amigo do futebol desmarcando a ‘pelada’.

Adão não tinha passado e construía seu futuro com ela! Ex-namorada - ou ex-mulher ou pior ainda, ‘as amigas’ - não ligavam para saber se ele estava bem... não tinham pretexto de buscar alguma coisa na casa dele... não faziam chantagem emocional com os filhos e, na falta deles, com seus pais que estavam ‘sentindo muito a falta dele’... principalmente não tinham estórias em conjunto, não haviam viagens divertidas, Natal em família, aquela festa surpresa preparada por ela, a inesquecível noite de amor no Reveillon de 2000 e alguma coisa... não tinham nada pra recordar. Essa era uma das grandes virtudes do Adão, ele não tinha passado... não havia lembranças com a outra...

A insegurança feminina, Eva nunca soube o que era. Não havia dúvidas se ele realmente havia esquecido da outra, se não restava nenhum ‘tiquinho’ de sentimento... nem amizade, porque pra nós mulheres, amizade com ex, é algo que incomoda, muito, mas muito mesmo! Redes sociais, a mais torturante invenção tecnológica responsável por minar diversos relacionamentos, não era pensada nem nos mais alucinantes devaneios...

Adão só tinha olhos, mãos, beijos e abraços para a Eva! Os elogios eram todos a ela. Eva nunca se preocupou se a outra era mais divertida e inteligente... se a TPM dela era mais forte do que a da outra... se a outra sabia segredos de como agradá-lo que ela ainda não havia descoberto... nem passava pela sua cabeça quem cozinhava melhor o prato preferido dele, quem tinha o corpo mais bonito e o sorriso mais amável.... não havia comparações! Eva era segura de si, a mulher mais segura que há existiu na face da Terra!

Feliz era Eva! Oh mulher de sorte!