segunda-feira, 30 de maio de 2011

Querido Papai do céu...

Te agradeço por mais este dia que o Senhor me deu. Como todo ser humano lá vou eu dizer que ele não foi perfeito, mas como sobrevivi posso dizer que foi bom. Sinto muito em quebrar a minha palavra dizendo que não iria reclamar mais... tenho tentado mudar, mas sabe como é, né?!

Agradeço por esta noite de sono que virá. Peço que me faça adormecer logo para que eu não sofra pensando nas várias situações que poderiam ter sido diferentes... nas muitas falas que deveria ter dito ou repensado antes de soltá-las... Rogo por coragem e forças para acordar amanhã e não dizer logo ao abrir os olhos: “Ah não, mais um dia daqueles!”

Insisto que retire de mim toda essa angústia estranha que persiste em me deixar mal e que não me deixa concluir uma oração sequer. Sei que existem pessoas que estão em piores circunstâncias e não se angustiam por tão pouco. Também peço que modere minha ansiedade... não me deixes sofrer por coisas que eu aumento sem necessidade e que provavelmente nunca serão aquele 'bicho de sete cabeças...'

Por fim, peço que conceda os verdadeiros desejos do meu coração. Aqueles que estão mais escondidos e que eu acho que são irrelevantes para o momento... mas que Tu sabes que são mais importantes. Que seja feita a sua vontade e não a minha! Amém!

sábado, 28 de maio de 2011

A materialização da falta de inteligência!

Independente de gênero, posição social, cor e credo. Insensato, passional, inútil, egoísta e irracional são algumas das características de um dos sentimentos mais condenável nos homens e, mais enfático e presente, no comportamento feminino. Quem nunca viveu uma crise de ciúme? Ou quem nunca foi importunado com o ciúme do outro?

O ciumento duvida sempre, mesmo que não haja indícios. Vasculha bolsos, bolsas, notebook e celulares... e jamais assume que tem essas atitudes vergonhosas. As acusações têm início com leve indiretas e passa em questões de segundos para perguntas dignas de interrogatório policial. O criminoso (a vítima do ciumento) não tem defesa e tudo o que ele diz sempre é usado contra si. A pena é dura e sem direito a julgamento já que as testemunhas de defesa e as provas contidas nos autos são descartadas.

Como a erva daninha, o ciúme não tem nenhuma utilidade, a não ser minar os relacionamentos. O solo da imaginação do ciumento é extremamente fértil. Ele não vive apenas de fatos, mas revive o passado e alguns fantasmas, que deveriam ficar no seu lugar: morto e enterrado, mas que se mantêm bem vivos, tão vivos que fomentam as temidas e sem sentido crises de ciúme.

Alguns preferem abrir mão da sua liberdade para controlar a liberdade do outro. O ciumento quer possuir o ser amado (a). Ele precisa do outro 24 horas por dia, 7 dias por semana, 30 dias por mês, 365 dias no ano. A relação pautada por ciúme fica pior do que o cumprimento das horas obrigatórias da jornada de trabalho porque não há pausa para o almoço e muito menos domingos remunerados. A necessidade de estar ao lado o tempo todo sufoca e mesmo assim não impede que o ser amado faça algo que desagrade.

Certa vez, um amigo do meu ex-namorado, que por sinal eu não gostava, disse uma coisa muito sensata: “Cara, para de querer controlá-la. Mulher quando quer ninguém segura. Você tranca sua namorada em casa e quando ela vai descer o lixo, dá pro porteiro”. Esse ‘ensinamento’ serve para as mulheres também. Garotas, não queiram fazer ‘marcação cerrada’ como nos jogos de futebol, pois o homem quando quer arruma um jeito e piriguetes nesse mundo é o que não faltam!

O importante é querer ter a companhia do outro pelo amor recíproco, e não pela posse. O amor é um sentimento livre... Não há razão nenhuma para cobranças e exigências de provas de amor!

De que adianta brigar por coisas que acontecem apenas no campo da imaginação ou do ‘achismo’? As cobranças e as ceninhas de possessividade não irão mudar em nada o comportamento do amado. O ciúme nada mais é que a materialização da falta de inteligência!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pode não parecer...

Mas às vezes eu perco os ‘sentidos’... Posso ser meio moleca... imatura... 'ruinzinha'... travessa... insensível, mas só oculto os sentimentos. Às vezes fico triste sem motivo, dou risada quando deveria chorar. Choro sem motivo. Caio em gargalhadas nos momentos de fúria. Não demonstro quando estou chateada, com raiva ou amando... Normalmente não externo os sentimentos, só faço isso com as indignações. Minha opinião sobre determinados assuntos são expressadas nitidamente, não escondo quando gosto ou não de alguma coisa. É sempre do mesmo jeito: os olhos se arregalam, o nariz e a boca se contorcem e sempre escapa "Ahh, é isso?!"

Procuro sorrir em qualquer circunstância, acho que é por isso que sofro... Raramente me permito chorar na frente dos outros... Quem me conhece, de verdade, sabe quando há algo errado... algo novo... quando não caibo em mim de alegria ou quando só quero ficar sozinha... Criei em minha volta uma muralha. Ao redor dela milhares de exclamações e perguntas que me fazem repensar o que construí: “Que bom que você não tem problema!” “Por quê é assim?” “Como faz pra estar sempre bem?” “Como consegue rir de tudo?” Bem, já dizia Victor Hugo: "O riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano." Vejo-me então numa grave crise...

Sou ciumenta, mas é segredo! Sofro quando as pessoas que amo se vão... parecem até estações do ano em minha vida! Dói demais vê-las distante... nunca as deixo perceberem a lacuna que produziram/ produzem em mim... nunca deixo de pensar nelas. Sofro quieta no meu canto, com um único consolo: o travesseiro que abriga minhas lágrimas. Sozinha no quarto eu e Deus, o questionando constantemente do por quê? E ele lá do céu com uma paciência infinita a colocar na minha leviana cabeça o motivo... Entendo, mas no momento resisto para não compreendê-lo...

Também fico brava e me irrito com certa facilidade para as coisas simples. Seguro quando a barra é maior... mas às vezes tudo escapa... eu sou humana né!? Posso falar que não amo, mas morro um pouquinho a cada dia pela falta de alguma ‘coisa’. Sou sensível quando o assunto são as pessoas a minha volta. Brigo por elas... ‘sinto’ suas as dores... choro junto, mas não me permito saberem o que se passa no meu mundinho. Maltrato-me sem saber que assim o faço... e mais uma vez, novamente sozinha, no abrigo do meu quarto pergunto a Deus o por quê? E mais uma vez Ele se faz presente tentando me mostrar o que está dentro de mim: um orgulho ferido, receios e ressentimentos de não ser entendida... 'pode não parecer', mas preciso de mudanças, né?!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

“Comer Rezar Amar”

Pra quem gosta de viajar, conhecer pessoas, lugares e sabores diferentes, me perdoem o trocadilho: esse é um prato cheio de se comer rezando! Numa espécie de autobiografia, a autora Elizabeth Gilbert apresenta nas páginas de “Comer Rezar Amar” o prazer mundano, a devoção religiosa e os verdadeiros desejos de todas as mulheres – a maioria delas.

Beirando um dos marcos na vida feminina, Liz com quase 30 anos se encontra em meio a uma crise existencial. Ela tem tudo o que uma mulher da sua idade passa a vida idealizando: uma casa confortável que acabara de comprar, um marido que a amava, projetos para ter filhos e uma carreira de sucesso, enfim uma vida estável e confortável. Mas como toda boa história, tem um ‘porém’, ela não se sentia feliz.

Em meio a crise existencial, Liz se depara com um fantasma que a assombra: a depressão. Logo de cara, ela está ajoelhada, no chão do banheiro, no meio da madrugada e aos prantos pedindo uma luz para decidir que rumo enfileirar a sua vida. É nesse momento que ela começa a rezar, espontaneamente.

O livro narra a decisão da autora de deixar sua vida estável para trás e se aventurar por um ano em três países. Liz viajou em busca do auto-conhecimento e examinando aspectos de sua própria natureza.

Em Roma, estudou gastronomia, aprendeu a falar italiano e engordou. Na Índia mergulhou em experiências espirituais. E em Bali, exercitou o equilíbrio entre o prazer mundano e a transcendência divina. Tornou-se discípula de um velho xamã, e também se apaixonou inesperadamente.

O livro “Comer Rezar Amar” fez um grande sucesso, tanto que virou filme. Dessa vez fiz o contrário primeiro assisti ao filme e só depois li a obra. Mas a conclusão é a mesma: o livro é bem melhor que o longa! Os dois valem à pena...

Bate aquela vontade de largar tudo e conhecer o mundo... para atingir o objetivo da autora que assumiu a responsabilidade pela sua felicidade e parou de viver conforme os ideais da sociedade.

O livro é um incentivo para quem tem coragem, vontade e, é claro, dinheiro para uma aventura dessas. Como eu queria ter essa oportunidade... coragem e vontade eu tenho! Só falta um detalhe... rs

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Não quero muita conversa hoje...

Já briguei com você... disse coisas das quais me arrependi... bobeiras sem nexos que transformei em grandes monstros... simples acontecimentos que converti em guerras... Ahh, meu Deus, quanto mais tento esquecer o passado, mais ele teima em me cutucar...

Não, não estou louca... apenas... criei diálogos inexistentes como forma de fugir das frustrações. E você? Você se manteve calado. Até que tentou se expressar, mas não teve êxito. Afinal de contas, já que tinha a teu favor meu coração, alguma coisa eu deveria ganhar: a briga imaginária. Sim, tudo ocorreu em pensamentos... Frustrante, né?! Correções de atitudes que não aconteceram e pouco provável que aconteçam. Falas que jamais existiram e que nunca trocaremos...

Doeu... doeu tanto... senti aquela sensação estranha na boca do estômago, as vistas escureceram e tudo girou... o coração logo deu um jeito de sair do seu ritmo normal... no começo eu achei que havia parado... depois ele me mostrou que ainda existia... Acelerado, queria sair pela boca, eu até podia ouvi-lo bater... Na cabeça uma dor estranha e nos olhos a impressão de que as lágrimas logo rolariam...

Chorei... perdi a razão. O ciúme, a solidão e a ira tomaram conta de mim... Motivo? Real, nenhum! Deveria ter? Não, mais uma vez repito: não tenho problema. Sou apenas mais uma mulher, às vezes insana... com o juízo meio fora do normal. Sou apenas mais uma humana tentando consertar o que não aconteceu... sonhando com algo projetado somente em minha mente... algo que eu almejo, mas que de tão distante não vejo forma pra torná-lo real...

sábado, 21 de maio de 2011

A menina-mulher, a mulher-menina!

Aquela que bebe todas e no dia seguinte jura que nunca mais vai beber na vida! Aquela que conversa com estranhos, dá conselho pra desconhecidas no banheiro da balada, que dança até o chão e em cima do balcão. Ela conta piada sem graça e sabe rir de si mesma. Chora por nada e por todos os motivos, sempre que tem vontade e não escolhe o lugar.

A menina-mulher, a mulher-menina que tem medo de escuro e pânico da solidão, que fala sozinha, que samba de frente ao espelho, que canta alto, que ri alto, que fala alto. Que assume seus defeitos e sabe das suas qualidades!

Ela dorme arrependida, mas não acorda com vontade! Ela não sabe dosar a medida certa, ou é de menos ou é de mais. Não ama pela metade e não finge que gosta. Aquela que demonstra o que sente... Ela fala o que pensa e age sem pensar! Machuca as pessoas que mais ama sem querer e sofre mais do que quem foi atingido.

Ela já amou e foi amada. Rejeitou e foi descartada! Aquela que não tem medo de quebrar a cara e se entrega de corpo, alma e coração! Aquela que guarda as cartinhas de amor da adolescência e coleciona fotos na sua caixa de recordações.

Ela ama as crianças, mas não gosta de barulho, bagunça e manha! Ela ajuda na construção do castelo de areia com os pequenos e não se importa com a sujeira! Ela dá banho em bebês, mas não quer limpar o bumbum deles. Ela... sonha com um anjinho que vai olhar em seus olhos e gritar: “mãnhêêêêê!” e sabe que esse ‘berreiro’ será música aos seus ouvidos!

Aquela que admira e respeita os mais velhos, mas não tem paciência com eles. Passa horas a fio se deliciando com os ‘causos’ contados, mas não consegue explicar a mesma coisa até que eles consigam entender.

Aquela que veio de longe e quer ir pra mais longe ainda. Ela teme estacionar, não consegue conceber uma vida sem emoção, parada e monótona. A rotina a incomoda, ela quer o novo, o diferente, seja ele feio ou bonito, alegre ou triste, doce ou amargo, colorido ou preto no branco! Aquela que escreve a sua história...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Acho que estou carente

Mais uma noite... reflito sobre o dia, sobre as imagens e pessoas que vi. Corro os olhos pelo quarto, olho para o teto e penso: acho que estou carente. Detesto admitir ‘fraqueza’, mas cheguei à conclusão que preciso gostar de alguém. Gostar no sentido amar. Amar não como o amor de mãe, de amigos, de irmão... Amar de verdade, um homem de verdade. Aquele cara amigo, companheiro, parceiro mesmo, sabe!? Não pensando no sentido ‘safadinho’ da palavra, aquele amar de ‘quero colo’... de saber que tem alguém ali pra você ligar do nada... alguém pra sentir ciúme de vez em quando... pra te chamar de ‘fresca, mimada’... pra ser a tampa da sua panela... pra chamar de ‘Mor’.

Às vezes acho que é apenas uma fase. Também não sei se quero me ‘prender’ agora... Deve ser esse tempinho frio que me deixa assim... carente... sozinha... desejando um cobertor de orelha... dormir de conchinha... alguém pra esquentar o meu pé gelado... Mas é estranho, veja bem... olho os casais apaixonados nas ruas, em pontos de ônibus, no portão das escolas, jantando no shopping, estão ali... juntinhos... num mundo cor-de-rosa...  um sorrindo pro outro... sem problemas... trocando beijos... carícias... dividindo o mesmo canudo, o mesmo papel e penso: “Ahh, que bunitinhos, quero um assim!”, mas na sequência, meu outro lado diz: “eca que melação! Será que tudo isso é amor?”.

Acho que sou simplesmente complicada. Veja bem... quando eu escuto a frase: “Eu te amo!” vinda de um casal que está namorando há pouco tempo eu me pergunto: “Será que as pessoas amam demais ou eu que amo de menos?”. Porque é estranho, pensa comigo: Como amar alguém que você ‘acaba’ de conhecer? Não dá, né?! Amor não se constrói? Não é estruturado com o tempo? O tempo das pessoas é muito pouco ou o meu que é muito muito? O amor é complicado ou eu que complico tudo? Quando me perguntam: “Por que você não namora?” na maioria das vezes a resposta é: “Ahh sei lá... não quero me prender agora!”. Mas depois eu reflito na verdadeira resposta que eu gostaria de dar: “Porque quem eu amo não me ama!” Quer dizer então que eu amo alguém que não me ama? Então eu não tenho um amor, tenho uma paixão platônica!?

Humpf... na verdade não sei bem o que desejo... sei lá... é uma sensação estranha, sabe?! Não quero ficar sozinha... ou quero? Não, isso ninguém quer! Vem cá, estar sozinha querendo estar com alguém pode ser considerado carência mesmo? Humm... acho que não... só sei que até que se prove o contrário ninguém vive sem a tampa da sua panela! Mas... ‘pera-lá’... se ninguém vive sem a tampa da sua panela ou eu sou uma frigideira, leiteira, sei lá... ou eu apenas ‘sobrevivo’ nesse mundo!? Afff...droga de sono que não vem!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Feliz era Eva!

No princípio era apenas e, tão somente, Adão e Eva! Não existia ex-mulher, ex-namorada, amigas, paqueras, ‘nenhuminha’ piriguete em cima do seu amado! Eva amava Adão e Adão amava Eva! Oh mulher de sorte! Ela era única, exclusiva... não havia competição e ela não tinha que dividir sua atenção com ninguém!

Eva desconhecia o ciúme! Suas unhas eram intactas, nunca as roeu em uma crise de ansiedade por não saber o porquê de ele estar tão atrasado... jamais sentiu aquela dorzinha que anunciava gastrite aguda quando tentava adivinhar quem era aquela ‘fulaninha’ de conversa mole com ele... não existia os celulares, por isso Eva nunca se mordeu de curiosidade para saber de quem era a mensagem que acabara de chegar e o que ele estava respondendo... também não tinha que aguçar sua audição para tentar ouvir qual era o teor da conversa, mesmo quando quem estava do outro lado da linha era o amigo do futebol desmarcando a ‘pelada’.

Adão não tinha passado e construía seu futuro com ela! Ex-namorada - ou ex-mulher ou pior ainda, ‘as amigas’ - não ligavam para saber se ele estava bem... não tinham pretexto de buscar alguma coisa na casa dele... não faziam chantagem emocional com os filhos e, na falta deles, com seus pais que estavam ‘sentindo muito a falta dele’... principalmente não tinham estórias em conjunto, não haviam viagens divertidas, Natal em família, aquela festa surpresa preparada por ela, a inesquecível noite de amor no Reveillon de 2000 e alguma coisa... não tinham nada pra recordar. Essa era uma das grandes virtudes do Adão, ele não tinha passado... não havia lembranças com a outra...

A insegurança feminina, Eva nunca soube o que era. Não havia dúvidas se ele realmente havia esquecido da outra, se não restava nenhum ‘tiquinho’ de sentimento... nem amizade, porque pra nós mulheres, amizade com ex, é algo que incomoda, muito, mas muito mesmo! Redes sociais, a mais torturante invenção tecnológica responsável por minar diversos relacionamentos, não era pensada nem nos mais alucinantes devaneios...

Adão só tinha olhos, mãos, beijos e abraços para a Eva! Os elogios eram todos a ela. Eva nunca se preocupou se a outra era mais divertida e inteligente... se a TPM dela era mais forte do que a da outra... se a outra sabia segredos de como agradá-lo que ela ainda não havia descoberto... nem passava pela sua cabeça quem cozinhava melhor o prato preferido dele, quem tinha o corpo mais bonito e o sorriso mais amável.... não havia comparações! Eva era segura de si, a mulher mais segura que há existiu na face da Terra!

Feliz era Eva! Oh mulher de sorte!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Agônia Mensal

1h. Indo pra cama... dia longo, cansativo! Penso. Relembro. Durmo.  Logo acordo. Remexo. Viro. Deito de bruço. De lado... pra direita...agora esquerda...

3h 20min. noite longa... Vou ao banheiro. Droga! Naqueles dias! Pergunta de todos os meses: "Deus, por que não depois dos 30?" Lavo o rosto, como se quisesse me livrar da dor. Olho no espelho. Acabada. Pudera né!? Dia cheio, sono pouco! Volto pra cama. Remexo. Viro. Deito de bruço. De lado... pra direita... agora esquerda... talvez se eu pressionar um travesseiro contra a barriga melhore. Nada...

3h 40min. Noite muito longa! Tomo um Dorflex, não que ele resolva o problema de imediato, mas é o único que para no estomago. Um litro de água e 10 min. pra engolir um remédio, divido em várias partes. Volto pra cama. Puxo o edredom. Remexo. Viro. Deito de bruço. De lado... pra direita... agora esquerda... tiro o edredom... Se a dor de parto for pior que isso... vai ser difícil, hein! Tento ficar imóvel. Talvez a dor ache que eu dormi... Outra pontada. Sento rapidamente na cama. Preciso ir ao banheiro. Enjôo, ânsia ou dor de barriga? Não sei... Volto a deitar.  O remédio amarga a boca... Levanto novamente. A coluna trava... Eita dor que me reparte no meio!

4h. noite extremamente longa... No caminho ao banheiro, trombo com a minha mãe. Dialogo rápido: 
- "Tá tudo bem?"
- "Tá mãe..."
- "Por que tá andando torta?
- "O de sempre!"
- "Quer um chá?" (Humm... ansia na certa... sinto o fígado amargar! A bílis queima a garganta...)
- "Não mãe, tá tudo bem!" (Sou adepta aos chás, mas a essa altura não resolvem mais) Chego ao banheiro. Debruço na pia. Agora sai. Nada sai. Menos mal, seria pior. Agacho. A pressão abaixa. Sento no vaso... passo um tempo. Acho que já tenho força pra levantar. As mãos tremem, as vistas escurecem e as coisas giram... Outra pontada, seguida de outra e de outra... De novo a pergunta: "Por que???" Volto pra cama. Ali não é um bom lugar. Arrasto um travesseiro e o edredom. Ajeito-me no sofá. Toda torta, corpo encolhido. Vontade de chorar... e choro. Outra pontada. Mais choro...

5h .noite que não acaba... Puxo o edredom. Remexo. Viro. Deito de bruço. De lado... pra direita... agora esquerda... tiro o edredom... Acho que o remédio tá fazendo efeito... Alarme falso... outra pontada seguida de uma lágrima. Preciso de sal! Levanto... coloco um punhadinho na boca... O estômago revira... respiro. Deixo o sofá e volto pra cama...

6h. esgotada...noite longa... Acho que a dor passou ou seria imaginação? O corpo dói... o remédio fez efeito. Estou ficando mole... O sono vem chegando... as pálpebras ficam pesadas... acho que agora eu durmo... E durmo...

7h. fim da noite, começo de um dia... longo... O relógio desperta... só mais uns minutinhos. Cochilo... 30 minutos... tô atrasada, cansada, esgotada, com uma dor mais amena... Ufa, menos um dia de agonia... Sofrimento doido viu! =( 

domingo, 15 de maio de 2011

Minha paixão!

Vai soar meio piegas, mas o não há outra forma de expressar a nossa relação: é de amor e ódio! Não me lembro ao certo quando fomos apresentados... sei apenas que meu pai foi o responsável. Ele sempre espalhava suas folhas pela casa... na cozinha encontrávamos o caderno Cotidiano, no banheiro o de Esportes, na mesa da sala lá estava o caderno de Comportamento & Saúde. Política em cima do sofá. Até hoje é possível fazer aquele almoço ou bolo de ‘fubá especial’ seguindo os recortes de jornais que estão colados no caderno de receitas...

Ecoava pela casa a pergunta inevitável de todos os dias: “Cadê o jornal de hoje? Quem foi que pegou?”. Dito em terceira pessoa - mesmo quando estávamos somente ele e eu em casa – pois como de conhecimento público, eu sou o bode expiatório oficial de qualquer coisa ‘errada’ ou fora do lugar. Seguido do comentário corriqueiro: “- Vocês não sabem ler o jornal sem bagunçar, não? Todos podem ler, basta deixar arrumado”.

Além das ‘disputas’ para ver quem conseguia lê-lo primeiro, em ordem, sem faltar nenhum caderno, ainda tinha a sujeira. Sou apaixonada pelo impresso, porém não posso deixar de admitir que odeio a tinta que ele ‘solta’. A frescura inata não me permite andar descalça porque desde que me entendo por gente, não admito ‘pés sujos’, literal e figurativamente falando. E, minhas mãos não poderiam ser diferentes... a folha rude e as letras empreguinadas nas palmas da mão, que ressecam ao fim da leitura! Ah, um terror!

Como toda grande paixão tem suas contrariedades: o amor e a repulsa andam lado a lado. O jornalismo impresso é a minha paixão, porque tenho o infindo desejo de não ‘perdê-lo’ ou deixá-lo jamais. Fazer jornal, para mim, é um oficio e não uma distração. O segredo, porém, consiste em ficar. Em insistir. Em agarrar-se a ele, em lutar com ele e contra ele, para melhor domá-lo e se apossar dele, dos seus mistérios, das suas compensações inefáveis e da alegria que essa realização proporciona.

Foi amor a primeira vista! E como todo amor, às vezes nos causa dúvida. Até pouco tempo não conseguia me imaginar fazendo outra coisa na vida. Ainda não consigo, no entanto, minha mente começa a ser povoada por outras alternativas. Outras formas de conquistar a tão sonhada independência financeira, mas não sei... não sei, realmente não sei...talvez o caminho seja agregar... um segundo trabalho, quem sabe?!

O que sei e posso afirmar com completa convicção é que atuar como repórter me proporciona um imenso prazer. Essa profissão oferece oportunidades de crescer como pessoa, pois a capacidade de superar os preconceitos é algo inevitável. Uma vez que para desenvolver um bom trabalho é preciso capacidade para aceitar o outro como outro - não diferente, mas distinto - capacidade de entender a delicadeza da raça humana.

Jornalismo, minha eterna relação de amor, paixão e incerteza! Mas nem tudo está perdido, pois "a dúvida é um dos nomes da inteligência", segundo o escritor argentino Jorge Luis Borges.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fugir de mim

Sentia-me perdida. A nostalgia tinha espaço majoritário em mim. Saí. Tive medo de olhar pra trás... Esqueci de deixar a luz acesa caso precisasse voltar... Não gosto da escuridão. Procuro a luz. Sai sem nada... Só com um nó na garganta e um aperto no peito. Pensei em voltar, mas me contive. Já era tarde. Andei, andei, andei... me perdi. Não queria mais solidão.

Encontrei outras pessoas de diferentes classes e estilos. Escutei suas angústias, me afundei nas minhas e vi que não estava ‘sozinha’. As estações do ano passaram rápido. O verão chegou e me empolgou... a primavera floreou o caminho... mas como diria a canção do Titãs: “... a hora chegou e ninguém me avisou... o tempo passa tão depressa, logo acaba, mal começa eu tenho pressa... não vou olhar pra trás...”. Novamente o outono se aproximou me lembrando que a frieza do inverno estava pra chegar...

Me mudei novamente. Na verdade fugi mais uma vez... Fugi dos meus erros e acertos, das minhas responsabilidades... tentei arrancar receios e ressentimentos do coração como se pudesse esquecer certos momentos... corri... corri tanto! Achei que estava longe, mas percebi que não havia saído do lugar. Mais uma vez frustrada! Encontrei-me logo ali... no meio do nada... sozinha... no escuro... só eu, meu egoísmo e as lágrimas... Ansiava muito alguma coisa, mas não sabia o que era nem onde poderia encontrar. Descobri nessa 'fuga' que posso mudar/FUGIR/correr quantas vezes for preciso... posso mudar de bairro, cidade, estado e país... posso fugir da família, dos amigos, do emprego, dos estudos... isso é fácil. Só não posso fugir de uma coisa: eu mesma...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vai demorar? Muito ou pouco?

Ela castiga os ‘nervos’, corrói as paredes do estômago e tira o sono. Quem já ouviu a frase: “- Você deve ter nascido de seis meses. Não aguenta esperar nada”, sabe muito bem do que estou falando.

A famosa ansiedade é minha fiel companheira desde a mais tenra idade:

“- Mãe tá chegando?”... após 10 minutos... “- E agora, mãe, ‘tá’ chegando?”, mais 5 minutos... “- E vai demorar? Quanto tempo?”... “- Ah duas horas é muito ou pouco tempo?” ...“ Mais ou menos como? É muito ou pouco?”.

Sempre gostei de bolo quente. Aquele cheirinho invadindo a casa e a mãe dizia: “- Espera mais cinco minutinhos que já ‘tá’ assado”. Passados os muitos minutinhos, o bolo é retirado do forno, mas tem que esperar esfriar. “- Ah não, eu gosto mesmo é de bolo quente! Me dá um pedacinho vai”. De tanto insistir, ela cedia e eu queimava a pontinha da língua.

Me lembro que o horário da saída do jardim da infância era um pesadelo. Quando a ‘tia’ pedia para juntar os brinquedos e arrumar a mochila, começava a tensão: meu peito apertava e surgia aquele frio na barriga. Formar a ‘filinha’ em direção ao portão era o prenúncio: lágrimas iriam rolar... Minha avó atrasava, todos os coleguinhas iam embora e eu ficava lá com a tia esperando, esperando, esperando, alguns minutos, mas esperando...

“- É só aguardar”, diz a secretária do oftalmologista, do ginecologista, do dermatologista, do dentista, enfim de todos os ‘istas’. Aquele sentar e esperar do consultório são um dos piores incômodos. Fica aquela sensação de tempo perdido e não há outro remédio, a não ser esperar, esperar, esperar.

O fato é que eu não sei esperar, não gosto de esperar. Eu quero na hora! Eu quero tudo, ‘tudinho’ pra ontem! Tenho dificuldade em deixar o que eu posso fazer, resolver, falar para depois...tem que ser agora! Mas o mundo não gira no meu ritmo e a ansiedade me enlouquece.

A espera do príncipe encantado, que deve estar vindo de jegue já que até agora o ‘destino’ só me mandou os cavalos...a espera de um emprego melhor, que pague todas as minhas contas e me dê a tão sonhada independência financeira...que trará os meios necessários para a compra do novo carro, de um apartamento, de uma casa na praia, do desejado ranchinho, da tão sonhada viagem para ‘além mar’...a espera para matar a curiosidade de como será o rosto dos meus filhotinhos...ah o príncipe que não vem...

O que veem são as pessoas dizendo: “Tudo têm o seu tempo!” ou “As coisas acontecem no tempo certo!”. Eu só quero saber quando é esse tempo: Vai demorar? Muito ou pouco?

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Cidade do Sol

Atualmente venho tentando manter um ritmo de leitura mais intenso. Confesso que a preguicinha ‘bate’ forte de vez em quando e junto com a correria do dia a dia, dou uma relaxada. Mas se o livro tem uma história interessante e que me faz ‘viver’ o personagem, com certeza fico até triste quando a história acaba. E foi o que aconteceu com a obra da vez!

Duas vidas que se cruzam ao “acaso”. O livro "A Cidade do Sol", de Khaled Hosseini, aborda uma história que acolhe traços de compreensão, amor incondicional, ódio, cumplicidade, tristeza, carinho e dor. Sentimentos fáceis de serem encontrados em todo e qualquer ser humano.

Até onde podem ir à compaixão do homem? Até onde um amor suporta toda a amargura e angústia de uma pessoa frustrada? Até onde o ser humano consegue ser ‘humano’?

Khaled fala de duas vidas que se encontram em um duro período no Afeganistão. Mais uma vez, a guerra predomina nesta terra e o que paira no ar é a discórdia e o sofrimento. Apenas um dita as regras. Apenas um ganha o jogo. E com isso, todo o restante de uma população fiel e “abastada” sofre as consequências. 

Mariam e Laila, duas mulheres muito diferentes, mas que possuem seus destinos entrelaçados pela força desumana do marido. Um país onde a poligamia tem o seu espaço. 

A história é uma exposição rica e intrigante da violência e a união de duas personagens inesquecíveis que buscam a esperança de uma vida melhor. A submissão das mulheres, outro ponto relevante do livro, nos mostra a crueldade vivida pelas afegãs. (Para nós repugnante, para elas tradição).

Arriscar a vida pelo outro, defender e morrer pelo seu amigo. O livro cultiva os valores da lealdade, da generosidade e da integridade de cada personagem. Retrata o amor de infância que atravessa longas estradas, supera os anos e vence o despeito da oposição.

sábado, 7 de maio de 2011

Mãe

O mais puro e sublime amor! É imensurável, incondicional e pra sempre! A gratidão que sinto por você não pode ser apagada. Meu primeiro olhar viu o brilho dos seus olhos e o encanto do seu sorriso. Eu chorava, gritava, berrava e era você quem me atendia. O primeiro alimento não foi comprado, vinha de dentro de você. Aprendi a falar e foi o seu nome que foi dito: Mamãe!

Obrigada por ter velado meu sono enquanto eu ardia em febre e por ter me ensinado a andar. Obrigada por ter segurado a minha mão quando eu tinha medo de sentar na cadeira do dentista, por ter me levado em minha primeira consulta ao ginecologista...sem você eu ficaria ainda mais sem graça...

Lembro e sinto uma nostalgia de quando você me pegava no colo e me levava para o mundo da fantasia, embalada pelos contos de fada e estórias de mocinho e bandido. Você me levava no circo, no cinema e no teatro sozinha porque meu pai não tinha paciência de nos acompanhar. No primeiro dia no jardim de infância, você chorou porque eu ‘esperneava’ que não queria ficar. Você comprava presentes para meus coleguinhas aniversariantes e me dava um também. Você me beliscava quando eu fazia birra!

As minhas feridas, físicas e emocionais, foram curadas com o seu amor e cuidado. O joelho ralado só cicatrizava porque era você quem passava aquele remédio que ardia até o pensamento. Meu primeiro beijo foi pra você que eu contei. A experiência do primeiro amor dividi com você. Foi você quem me ajudou a superar aquela frustração amorosa, que eu jurava que nunca iria esquecer...como sempre tinha razão e hoje vejo que era bobagem...

Seu amor, às vezes me sufocava...me proibia de ir às festas, implicava com algumas ‘amizades’. Controlava minha alimentação, minhas notas e meus horários. Queria saber aonde eu ia, com quem ia e a que horas voltaria. Você acordava, se é que dormia, para me ver chegar ‘sã e salva’. Insistia pra eu praticar esportes, me trancava no quarto para estudar, tomava a tabuada, tinha paciência de me ouvir ler gaguejando em voz alta e me incentivava a aprender uma língua...Me colocava de castigo e me ensinava limites.

Obrigada por me fazer chorar e ter trancado a porta. Eu cresci, e se amadureci foi por seus puxões de orelha. Estudei e tenho uma profissão porque você me apoiou moral e financeiramente. Tenho bons amigos, pois você me fez enxergar e separar aqueles que não eram boas companhias. Se nunca estive envolvida com drogas e jamais pratiquei um crime foi porque fui educada por você.

Mãe, você que esteve ao meu lado nos piores e melhores momentos da minha vida. O mais gratificante na minha formatura não foi apenas ter concluído os longos e cansativos anos na universidade, mas sim ver o seu rosto cheio de orgulho e o suas lágrimas de emoção ao me dizer: “Parabéns! Você venceu!”.

Em tempos em que a palavra família vem perdendo o seu real significado, em que o respeito, o amor e a compreensão têm dado lugar a negligência, falta de carinho e a violência... em tempos que a maioria dos filhos sentem vergonha dos pais, não lhes conferem o devido reconhecimento...é importante lembrar o obvio: só estamos aqui porque um ser iluminado nos deu a sua luz e muito mais do que isso: nos ama mais do que qualquer outra pessoa neste mundo é capaz de amar!

Feliz Dia das Mães!

Mamis, você á a melhor mãe que Deus poderia me dar!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A gente percebe que cresceu...

Quando as gracinhas, que antes eram divertidas, se tornam sem graças...Quando ficar com a boca lambuzada deixa de ser ‘engraçadinho’ e passa a ser nojento...Quando choramos na porta da escola e ninguém vem nos salvar... Quando sai do primeiro ano de escola e a nova professora não deixa você chamá-la de 'tia'... Quando a tabuada e as tarefas tomam o lugar dos brinquedos... Quando você tem que ir ao banheiro sozinha à noite, por que  já está ‘grandinha’ ...  Quando aprende a tomar banho sozinho... a comer sozinho... Quando leva a primeira 'chinelada' por ser desobediente...Quando as pessoas te perguntam: “o que vai ser quando crescer?”

A gente percebe que cresceu...
Quando descobre certas 'maldades' no mundo real...Quando aprende que existem pessoas falsas...Quando descobre o que é saudade...Quando começa achar defeito em tudo...Quando deixa de ver o seu melhor amigo, só como um 'amiguinho'...Quando descobre a matemática e todas as suas fórmulas...Quando percebe que o seu primeiro amor, foi o mais sincero e inocente de todos...Quando a responsabilidade começa a pesar...Quando as brincadeiras deixam de ser prioridades...Quando podemos assistir TV até mais tarde...Quando as espinhas marcam o início da puberdade...Quando se completa 15 anos...Quando se torna uma 'mocinha'...Quando descobre que os príncipes encantados só existem nos contos de fadas...

A gente percebe que cresceu...
Quando chegamos ao colegial e o mundo pergunta: "E ai, o que pretende fazer?"...Quando as cobranças se tornam maiores...Quando arrumamos o primeiro emprego...Quando descobre o que é o 'amor de verdade'...Quando descobre quais são os amigos de verdade...Quando leva a primeira decepção sentimental...Quando acha que descobriu o que quer ser da vida...Quando vê seu nome na lista dos aprovados do vestibular...Quando a sua mãe te deixa sair sozinho e confia na sua palavra...Quando entra na faculdade e vê quantas pessoas de diferentes estilos e idades fazem parte do seu novo ciclo...Quando faz sua primeira viagem com os amigos...Quando chega em casa tarde e a sua mãe está com o sermão na ponta da língua...Quando toma o primeiro porre...Quando descobre que tem apenas quatro anos para 'ter' uma ‘profissão’...

A gente percebe que cresceu...
Quando esses quatros anos já se passaram...Quando acha que fez o curso errado...Quando você pega o diploma e pergunta: "E agora?"...Quando descobre que fez a escolha certa e que não saberia fazer outra coisa...Quando seu emprego te cobra mais. Tua família te cobra mais. Teus amigos te cobram mais. Teu namorado te cobra mais. A sociedade te cobra mais. Você se cobra mais!

A gente percebe que cresceu...
Quando não temos tempo para os velhos hábitos, velhos amigos, velhas brincadeiras, velhos momentos...Quando nos abatemos por pouco...Quando fazemos de uma simples chuva, uma tempestade infinita...Quando a angústia bate no peito e as lágrimas pedem pra sair...Quando o coração vive ferido, magoado...Quando a responsabilidade não nos permite ver que crescemos sim, mas que nesse crescimento, evoluímos! Quando perdemos a essência da tranquilidade e lamentamos o passado constantemente...

Eu percebi que cresci, mas sei que não perdi os traços da ‘infantilidade’.  Ainda levo comigo aquele jeito de menina travessa, que não gosta de admitir que cresceu, mas que se orgulha da mulher que é hoje! Ainda existe uma criança interior que não permite morrer todos os meus sonhos e que me faz crescer a cada dia. A gente percebe que cresceu, quando vemos que o nosso coração continua o mesmo: singelo e leviano, mas experiente e maduro!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Estar solteira não é um problema!

O problema são os parentes! A primeira coisa que aquela tia que você não vê faz tempo diz quando te encontra é: “E o namorado?... Você está solteira, minha filha?...Mas por que? Namorar é tão bom!”. “Ah jura tia?” Mas as tias mais próximas não são menos inconvenientes: “Você não vai arrumar um namorado logo, não? Quem muito escolhe, acaba escolhido, viu!?”.

“Ah jura tia?” Tenho vontade de dizer: “Não vou arrumar logo não! Não sou o tipo de pessoa que se contenta com pouco. Eu jamais me casaria com um sujeito feito o seu marido! Namorar não é bom, não! Namorar é ótimo! Ainda mais se o cidadão te pega de jeito, te ama sem pudores. Sabe tia... aquele bom de cama, que é educado, carinhoso, atencioso, trabalhador, que estudou e tem uma profissão... é esse que eu quero! A senhora não entende o motivo pelo qual eu não tenho namorado e é justamente por isso: pra mim não serve qualquer um só pra apresentar para a sociedade”.

As mulheres não precisam de um sujeito para desfilar no shopping, ir ao cinema ou à missa aos domingos, nem para levar no almoço de família.

Estar sozinha é muito bom também. Podemos viajar pra onde e quando quisermos, vamos com as amigas a bares, festas, boates e micaretas... nos divertirmos, sem a preocupação de procurar homens disponíveis, para ser o namorado dos sonhos das ‘tias’, aquele para nos ‘salvar’ da solteirice, que vai nos levar para o altar, ser o pai dos nossos lindos filhos e nos fazer felizes para sempre!

Homem não é sinônimo de felicidade e nem garantia de futuro! No entanto, algumas pessoas não conhecem o prazer de estar só. Na busca pela ‘outra metade’, grande parte das pessoas, principalmente as mulheres, carentes por natureza, acabam aceitando qualquer ‘traste’ para assim evitar a solidão. Será mesmo fundamental estar compromissada, ter um marido, um namorado?

Não, não é preciso viver um romance para a vida ter graça. A ideia do outro que nos completa é um mito. Somos seres completos que desejam mais que um namorado... queremos encontrar um homem que saiba ser companheiro, amigo e amante!

‘Tias’ os tempos mudaram e hoje em dia, quem não se contenta com pouco, vive muito bem sozinha! Esperando o príncipe, mas sem desespero!

P.S. Tias são equivalentes aos tios, avós (ôs), colegas de trabalho, amigas, amigas da mãe, cunhadas (os), irmãos (ãs), etc.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Rugas? Deixa vir!

Um dia uma amiga me falou que estava ficando velha!
Eu: "Você tem apenas 25 anos, desde quando descobriu que tá ficando velha?" 
Amiga: "Béin, o tempo passa, tem que cuidar agora depois não tem mais jeito, vai passar o resto da vida guardando dinheiro para as cirurgias, botox? Tem que investir, gastar um tempo. Até quando viajo não esqueço os cremes; levo uma mala para eles e outra para roupas".

No primeiro momento achei isso um absurdo, comentamos sobre o assunto e rimos muito com as conclusões.

Depois de um tempo, repensei a questão  e percebi que ela 'tinha razão'. Realmente crescemos. Não somos mais garotinhas que comem de tudo e não engordam. Que enchem a barriga com refrigerante e não brotam celulite, estrias e nem 'criam pança'. Rir agora só com muita classe pra não 'crescer' pé de galinha. Os doces que antes viravam 'purpurina' hoje ficam alojados em todas as partes. E o sol, que deixava um 'bronze' legal, produz manchas na pele...Humm! Tenho que me cuidar também. E lá se foi metade do salário em cremes que nem sei se darão resultados. Mas mulher é assim, né:
"Vendedora: Olha, tenho esse que é ótimo!
Mulher: Excelente, vou levar!"...Nem sabe pra que serve, mas a vendedora disse que é bom, então está valendo...

Cinema, saidinhas, happy hour's, almoços, comprinhas, tudo isso já era! O dinheiro do mês foi para algumas contas e cremes, muitos cremes! Mas foi um bom investimento. Nada de rugas e nem aquelas 'coisinhas' que toda a mulher odeia. E tem mais: fim da vida de ‘boemia!’ Chegar tarde, acordar cedo...isso acaba com a pessoa! Fora o dinheiro que a gente gasta. Dois problemas resolvidos! 

Durante uma semana você levanta mais cedo toda empolgada, demora mais 20 minutos no banho que já dura 40. Entope-se de creme, leva cinco minutos para lembrar a ordem que tem usá-los! Perde horas do seu dia, lendo sobre estética corporal, até cogita a hipótese de entrar na faca se preciso for. Seu assunto preferido, que antes era fútil, é falar sobre esses tipos de cuidados. À noite, antes de dormir as etapas se repetem. Santa paciência! O seu psicológico dá indícios do milagre que está ocorrendo. O rosto está mais claro, já não tem tantas espinhas e manchas, a pele está mais macia e blá blá blá...só lorota!

Mais uma semana passa e todo esse processo começa a ficar cansativo. O psicológico tenta te enganar mais um pouco. Consegue. Você não desiste. Um mês passa, os cremes acabam e você vai novamente as compras. Mais 2/3 do salário, fora as parcelas do cartão. Mais um mês mofando em casa, mas com a pele em ordem... (Pra que?)

A irritação começa a chegar, a leitura diminui e passar minutos e minutos nos cremes se torna uma eternidade. Já não liga pra ordem deles, aliás, nem passa todos! O psicológico, que joga para os dois lados, resolve dar as caras e te mostrar o que antes não queria ver: "Você tá do mesmo jeito, querida!" Mas é claro que está. O que acha? Que vai ter rugas, pé de galinha, sinais de expressão com menos de um quarto de século?!

Daí você chora, esperneia e descobre que perdeu um tempo danado, investindo em coisas que mais cedo ou mais tarde estarão presentes de qualquer forma. É a lei da vida! Rugas é sinal de experiência. Celulite, gostosa em braile! Claro que é bom ter esse tipo de preocupação, mas tudo na medida certa. Prevenção básica, caminhadas e hábitos saudáveis, são primordiais, mas obsessão por uma estética perfeita é perda de tempo. NINGUÉM, nenhum ser humano é perfeito, e se fossemos não teria graça!

Eu desisti (rsrsr). Rugas? Deixa vir! Me preocupar com isso agora? Nã-na-ni-na-não! Deixamos de fazer tantas coisas mais interessantes e importantes por nos envolvermos nesses investimentos de tempo e dinheiro, relacionado a algo que está perfeito no momento, que esquecemos que os dias passam voando e as oportunidades de sermos felizes não voltarão mais!