segunda-feira, 25 de julho de 2011

De amor ninguém morre!

Que cada pessoa tem seu jeito peculiar de encarar as experiências da vida todo mundo sabe. O que para um é o fim do mundo, para outro pode ser até cômico. O que me deixa imensamente feliz, pode ser uma coisa corriqueira para muitos. O que é uma tragédia aos meus olhos, para outros não passa de uma grande bobagem.

Recentemente duas pessoas muito queridas estão enfrentando o fim de uma relação e cada uma delas vivendo à sua maneira a ruptura. O fato preponderante, imagino eu, é a idade: 18 e 30 anos. Usarei nomes fictícios: Clarinha e Malu.

Choro fácil, falta de apetite, insônia, o dia não tem mais o colorido de antes. Está tudo preto e branco, meio acinzentado para dar ainda mais dramaticidade ao caso. Não que Clarinha esteja sofrendo mais, simplesmente ainda não sabe lidar com a situação. Malu já não perde mais o sono, nem a vontade de comer, além do que, me confessou com um ar de vitória: “Eu nem chorei”. O que ela nunca mais quer, é perder seu tempo com um babaca.

Quando um namoro (romance, amor, rolinho) acaba nem sempre os laços com a pessoa são cortados definitivamente - o que na minha opinião é um erro, já que quando optam por serem amigos, é obvio que um dos dois não deseja apenas isso. Terminam, mas as mensagens e ligações não. Malu conta que ele ligou, mas ela preferiu não atender e não respondeu nenhuma de suas mensagens. Já Clarinha diz que fala com o falecido todos os dias.

Clarinha quer conversar, tentar se entender, quer mostrar pra ele que vale a pena tentarem mais uma vez. Ela precisa mostrar todo o seu amor, para quem sabe, ele se arrepender e voltar pra ela. Ele precisa entender que a vida dela não tem mais graça. Será que ele não enxerga que ela não conseguirá sobreviver? A coitada já está desidratada de tanto chorar e se perder mais um quilo entrará para o clube das anoréxicas. Seus dias são todos iguais, deita, não dorme, sai do quarto para cumprir com as obrigações que não consegue adiar, mas não vive. Só chora! Está irreconhecível, nem de longe parece aquela menina alegre e linda!

Malu não quer ver o Dito Cujo nem pintado de ouro e cravejado com brilhantes. Assim que decidiram pelo fim, ela ligou para as amigas e combinaram um chopinho à tarde. Alguns amigos que ela não via há algum tempo – devido ao ciúme desmedido do ex – já decidiram a programação: churrasco durante o dia, muitas risadas, aquela geladinha e uma balada a noite pra fechar com chave de ouro! Ela sai de casa cedo e não tem hora pra voltar. Quem a vê nota que está mais bonita e animada!

Só há uma certeza: nenhum fim é legal, mas nem por isso é o fim do mundo. Você fica calejada e a dor já não é tão intensa. Acredito que toda mulher precisa – trata-se de uma necessidade mesmo – passar por uma grande desilusão amorosa, porque essa dor dilacerante que acompanha a primeira desilusão serve para ensinar. Ensinar a não colocar a sua felicidade nas mãos do outro, ensinar que o sofrimento que parece matar, com o tempo, é exatamente aquele que fortalece e traz a certeza que: de amor ninguém morre!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amigo...

Definição: 1.Que ou quem sente amizade por ou está ligado por uma afeição recíproca 2. Que ou quem está em boas relações com outrem.
3. Que ou quem se interessa por algo ou é defensor de algo
4. Pessoa à qual se está ligado por relação amorosa. = NAMORADO
5. Pessoa que vive maritalmente com outra. = AMANTE
6. Forma de tratamento cordial (ex.: venha cá, amigo, que eu ajudo-o). adj.
7. Que inspira simpatia, amizade ou confiança. = AMIGÁVEL, AMISTOSO, RECONFORTANTE, SIMPÁTICO.

No dicionário, podemos encontrar uma enorme lista de definições, mas ela é tão limitada, né! Pra você, o que é amigo de verdade?

Amigo é aquele te entende com um olhar... aquele que sabe quando você está bem e também pressente quando está pra baixo... Há aqueles amigos mais chegados que um irmão... amigos que a gente nem precisa dizer que ama porque eles já sabem o quanto são importantes...

Há amigos loucos... inconsequentes... parceiros de todas as baladas... de todas as ressacas! Aquele que topa qualquer parada, aquele que não topa nada! Tem aquele que vive com você... e há aqueles que a gente passa dias, meses, anos sem ver, mas quando surge o reencontro parece que nunca ficaram separados...
Tem aquele amigo que você confia pra contar os seus segredos amorosos... os profissionais... os pessoais... e há também aquele amigo que você briga e diz que nunca mais falará com ele, mas que no outro dia já está tudo bem, parecendo que nada aconteceu...

Aquele que você coloca a mão no fogo por ele... que faz parte da família... aquele folgado que você não troca por nada...

Existe aquele amigo que você conhece há 15 anos... o que conhece há 10... o que se tornou seu parceiro desde a época da faculdade... aquele amigo que você conhece há um ano atrás... e aquele que você ainda está conhecendo...

Tem aquele amigo colorido... aquele que você tem uma quedinha... aquele que quer namorar contigo, mas que no fundo sabem que a amizade que existem entre vocês é tão grande que não rola...

Há aqueles amigos que te dão conselhos... que brigam COM você por estar fazendo algo errado e brigam POR você pra te defender... aqueles que estão do seu lado em qualquer circunstância...

Há aqueles amigos que não são tão afetivos, mas quando menos esperam demonstram que estão sempre ali... Há aqueles que são carentes... briguentos... cheios de frescuras e manias e aquele que te tira do sério todo o dia... há aquele amigo que sempre faz a turma pagar um mico... aquele palhaço que sempre dá um fora... aquele que bebe e arruma encrenca com todo mundo... aquele que te faz rir quando sua vontade é chorar... aquele que você sabe que sempre poderá contar...

Amigo-amigo, amigo-irmão, amigo-homem, amiga-mulher, amigo-palhaço, amigo-lindo, amigo-namorado, amigo-esposo, amiga-chorona, AMIGO... a família que Deus nos concedeu a benção da escolha!

Existem amigos que não vejo com tanta frequência, mas que ocupam um espaço imenso em meu coração... Aos que influenciam direta ou indiretamente na minha vida um grande abraço! Obrigada por fazerem parte da minha história!

sábado, 16 de julho de 2011

"A Cabana"

"A Cabana" é um mergulho na fantasia e na espiritualidade. O livro de ficção do escritor canadense William P. Young apresenta a divindade com uma faceta antagônica de todas as estórias que já foram contadas anteriormente.

A visão espiritual apresentada é universal, pois é direcionado a pessoas de qualquer religião e até pessoas que não possuem nenhuma. Não trata-se de uma obra de autoajuda, embora o principal tema levantado se desenrola sobre o comportamento de Deus e é lançada a pergunta: “se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?”.

A história gira em torno da profunda tristeza pela qual passa o protagonista, Mackenzie Allen Phillips, conhecido como Mack. O narrador é o melhor amigo deste personagem, e transpõe para o papel a experiência vivenciada por ele.

A narrativa discorre sobre o drama vivido pela família de Mack quando a sua filha mais nova, Missy desaparece misteriosamente durante um acampamento. Após investigações ficou constatado que ela teria sido assassinada numa velha cabana. Mack se entrega 'A Grande Tristeza' e passados quatro anos, ele recebe um bilhete assinado por Deus, pedindo que ele vá até a cabana.

Ao chegar lá, Mack tem um encontro com Deus na pessoa de uma alegre negra; Jesus como um carpinteiro e o Espírito Santo representado por uma mulher asiática. A 'Trindade' fala a Mack sobre os problemas da vida, a morte, dor, perdão, fé, amor e redenção, fazendo-o ter uma visão diferente de alguns dos episódios mais tristes. Mack passa a refletir sobre o poder de Deus, a grandeza de seu amor por todos os seres humanos e o sentido de todo sofrimento que precisamos enfrentar ao longo da vida.

A obra convida o leitor a se aproximar de um Deus de misericórdia e amor no qual encontramos esperança e conforto. A imagem que se passa de Deus em "A Cabana" é bem humana quebrando o misticismo que o envolve.

domingo, 10 de julho de 2011

Deus sabe o que é melhor

Quando entramos em um relacionamento, mergulhamos num espaço em busca de mais felicidade. Frases feitas como: “Ele(a) me completa!”... “Não me vejo mais sem ele (a)”... “Depois que o (a) encontrei, minha vida mudou!”... são os ‘jargões’ mais populares na boca dos apaixonados. Nunca, jamais generalizo os relacionamentos. Existem namoros “perfeitos”... onde cada um contribui para satisfazer as necessidades do outro. Há uma sintonia de respeito, amor e admiração... lógico que existem desavenças, mas como a consideração é maior um pelo o outro, pelo menos aos olhos do que estão de fora, certas briguinhas passam desapercebidas.

Porém, existem aqueles amores que vivem unicamente de aparência. Na maior parte, um sempre ama de verdade (é o que sofrerá no final) enquanto o outro é individualista e egocêntrico. Pééééssimos e ingratos... repletos e transbordantes de apatia... não existe motivação, entusiasmo, atração, amor e, muito menos, respeito em um relacionamento assim e você, constantemente, se pergunta onde está errando.

Penso eu que o nosso maior problema é projetar no outro a pessoa ideal para nós... sem direito a erros, implicâncias, teimosia e por aí vai. Normalmente nos adequamos a certas situações para conviver em harmonia. Se é para melhor, ótimo! Se é para pior, caia fora!

Tanto homens quanto as mulheres estão suscetíveis a relacionamentos ‘dolorosos’. Todo mundo um dia passa por uma decepção com seu parceiro. Passar por tal circunstância é uma coisa, agora sair magoada e humilhada não é normal. Uma professora um dia me disse: “Mulher nenhuma deve se rebaixar para um homem. A mulher tem que saber o seu lugar e a partir do momento em que ela aceita ser 'humilhada' ela dá chance ao ‘canalha’ de fazer isso de novo, de novo, de novo...”

Tudo acontece por uma razão... passamos por dificuldades, tristezas e decepções para nos tornarmos mais fortes, aprendermos com os erros e fazer diferente em outras ocasiões. Só temos certeza de que Deus sabe o que é melhor para nós... e se for pra viver magoada, chorando pelos cantos, a melhor coisa é ‘botar’ um ponto final. Um fim de verdade entende... sem saber notícias... sem atender ligações... sem trocas de recadinhos interceptados por amigos.

Não defendendo somente a classe feminina, porque são as que mais sofrem, mas uma coisa é fato: mulher nasce para ser tratada como “princesa”... cuidada... mimada... e é a parte frágil do relacionamento ao mesmo tempo que é a ‘mais forte’...

Então meu bem, se você tem uma namorada/esposa/etc idônea, valorize-a. Agora se você minha querida precisa se rebaixar para ter um pouquinho do amor... acorde, se reanime, se valorize e deixe de ser importar com quem não está nem aí pra você... Às vezes ficamos perdendo tempo com um cara ‘meia boca’ enquanto quem realmente deseja nos fazer feliz só está esperando a gente acordar!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O amor que eu quero...

Inspirada pelo princípio da ‘Lei da Atração’, pelo qual atraímos para nós mesmos aquilo que procuramos e após amores estranhos, pequenos e errados, hoje eu quero um amor que realmente me conheça.

Que reconhecendo minhas qualidades, forças e ciente de todas minhas imperfeições, ilusões e tristezas, me ame ainda assim. Que expresse seus sentimentos e que queira me dar amor, mais e mais, dia após dia. Que ele saiba exatamente o que quer da vida e defina quais são suas prioridades. Que suas palavras sejam coerentes com os seus atos. Que ele seja capaz de se expressar abertamente, sem joguinhos de sedução que criam inseguranças e gera distâncias.

O amor que eu quero não precisa ser o mais popular, nem o mais rico ou o mais bonito. Mas é essencial que seja sincero, íntegro e inteligente. Que a partir do dia que descobrirmos o desejo que ele seja recíproco e jamais pense em me trocar por um cabelo ou uma cor de pele diferente ou ainda por um corpo mais belo.

Que ele não provoque as minhas lágrimas e que seja capaz de amenizar minha dor apenas com seu olhar de compreensão e seu abraço de proteção. Que seja forte o suficiente para que me faça sentir que ao seu lado tudo vai dar certo! Que minhas tristezas e angústias se dissipem a medida que sua presença se intensifique.

O amor que eu quero precisa ter a sensibilidade para saber reconhecer a felicidade nas coisas mais simples da vida! Que brinde as conquistas alcançadas e encare as derrotas de frente lutando para recomeçar.

O amor que eu quero... irá dividir as alegrias e superar as tristezas sempre ao meu lado!

domingo, 3 de julho de 2011

O silêncio da destruição: "Hiroshima"

 “Uma única bomba, num único instante causará tamanho desastre”. Corpos mutilados, gritos de socorro, uma cidade destruída em questão de segundos, cenas impossíveis de se descrever.  Dor... desespero... tristeza. Motivo: uma bomba atômica lançada sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki em 6 de agosto de 1945.

John Hersey foi um escritor americano e jornalista que cobriu a guerra da Europa (Sicily) e da Asia (Batalha de Guadalcanal) escrevendo artigos para Time, Life, e The New Yorker. Ficou mundialmente conhecido por relatar a dor de seis sobreviventes de um atentado que ficou registrado não só para as vítimas da cidade, como para muitos que tiveram compaixão de um povo que permaneceu exposto à radiação de um experimento americano. 

Um ano após o lançamento que devastou a cidade japonesa, John se empenhou em mostrar ao mundo a realidade da dor de uma guerra. Depois de 40 anos, detalhes que ficaram para trás ganharam espaço e se transformaram no livro “Hiroshima”.

Com uma narração rica em detalhes, o autor aponta a angústia de personagens que sobreviveram a uma catástrofe que parecia não ter fim. Um jornalismo diferente, que não se baseia num lead comum, mas sim, que mergulha no sofrimento de cada habitante daquela cidade.

Uma história carregada de expressões que nos fazem sentir na pele a tristeza de um povo sem lugar para se alojar. Um local contaminado não só pela radiação que deformaria pessoas por mais de décadas, mas também que acabaria com o sonho de muitos patriotas.

Em meio a tanta destruição, os sobreviventes tiraram forças e ergueram das cinzas uma cidade mais forte, mais destemida e com uma ânsia de provar aos seus destruidores a força de vontade de indivíduos que lutaram pela sua sobrevivência, que sofreram as consequências com os efeitos trágicos da guerra, mas que nem por isso desistiram da vida.

Ao narrar cada frase, Hersey exprime sensações que nos levam a viver durante a leitura o sufoco daqueles dias. Permite que tenhamos uma visão da amplitude daquele momento, de pessoas se desfazendo aos poucos, de crianças chorando, de adultos implorando por ajuda, de pessoas queimando vivas sem terem para onde correr.