terça-feira, 27 de março de 2012

Jornalismo e Desinformação


O livro de Leão Serra é fruto da experiência profissional do jornalista, que ficou conhecido no país devido à sua atuação como correspondente de guerra, na ex-Iugoslávia, pelo jornal Folha de São Paulo. A reflexão teórica resultou em uma tese acadêmica, que por sua vez, se transformou no livro endereçado a estudantes de jornalismo, profissionais de comunicação e aos cidadãos, que anseiam por construir uma visão critica das informações que são despejadas todos os dias e a cada minuto nos jornais, revistas, rádio, TV e Internet.

O autor faz um ensaio da dualidade entre a facilidade que o século XXI, com o advento da tecnologia e dos recursos profissionais, permite à população se manter informada e o quanto nos dias atuais os cidadãos se encontram tão mal-informados e carentes de qualidade na informação.

A principal questão levantada e intensamente arguida é: as notícias são objetivamente compreendidas pelos leitores? A crítica é embasada na busca por novidades (matérias quentes) que, na maioria das vezes, se fossem colocadas em contexto histórico se tornariam ‘suítes’ e apresentariam toda a sua capacidade de informar. No entanto, o que vemos é que o incessante foco no ‘novo’, além da ‘criação de novidades’ faz com que os desdobramentos sejam colocados em segundo plano.

As noticias não podem ser compreendidas isoladamente com o risco de reforçar o “paroxismo da desinformação-informada e da desinformação”.

O papel do jornalismo é informar, entretanto, ao absorver os conhecimentos do autor e sob uma análise, nem tão minuciosa, de como os veículos de comunicação praticam a técnica jornalística, faz-se necessário não fugir da reflexão de que tal missão não é cumprida efetivamente.

domingo, 11 de março de 2012

Querido John...

Independente... 'rebelde'... diferente... sensível. Um jovem que cresceu com um pai calado, que não se lembra da mãe, mas que a sua maneira o ensinou a ter uma vida correta. Um jovem que ao acabar os estudos se viu livre para mudar de emprego quantas vezes achasse necessário e não por optar em fazer o que todos fariam: entrar para a faculdade. Tudo era festa e curtição... sem responsabilidades, mas que depois de um tempo nessa vida desregrada decidiu que era hora de trocar a vida fácil por um pouco mais de maturidade.

"Querido John" nos apresenta uma história emocionante, triste, mas efusiva. Que prova que existe em algum lugar um amor real... verdadeiro e incondicional. Que se doa... e não se importa apenas consigo. Nicholas Sparks resgata a ideia - pelo menos a minha - de que ainda existe alguém destinado pra gente... que se importa, não somente com datas especiais, mas com os detalhes do tipo, o toque da mão... a chegada da lua cheia... o jeito de falar... a forma de olhar e de se expressar de um amor fidedigno...

John Tyree era um jovem que se alistou no exército para ‘fazer uma vida’. Dedicou-se e logo se tornou peça importante nas forças armadas. Na sua primeira licença voltou para visitar o pai e, sem saber, encontrar a pessoa que mudaria seu destino: Savannah Lynn Curtis. Uma jovem que não era a sua alma gêmea, mas que o completava em todos os sentidos.

Entre juras de amor eterno, idas e vindas de pequenas autorizações para visitas e tempos distantes um do outro, John se redescobriu. Aprendeu a amar e entender seu pai, fato que ele nunca soube trabalhar e percebeu com a distância, o quanto o ser humano pode amar e se dedicar as pessoas. Passou por diversos treinamentos, o fatídico 11 de setembro e muitas outras situações, mas sempre motivado pela ideia de que tudo ficaria bem quando reencontra-se Savannah. E realmente tudo ficaria se algo não mudasse no decorrer do tempo.

O livro vem recheado por frases cativantes, inspiradoras e reflexivas que nos fazem sentir o desejo de amar e ser amada assim como os personagens. Vale a pena ler!

Algumas frases
"Aprendi que amar não significa estar junto, mas sim querer ver a pessoa feliz, mesmo que isso custe a sua felicidade". (Confesso que essa foi a que mais doeu...)

"Qual o real significado do verdadeiro amor? Penso de novo sobre isso sentado na encosta observando Savannah entre os cavalos. Por um momento, retorno a noite em que apareci no rancho para encontra-la... mas a visita, um ano atrás, parece mais e mais como um sonho..."

"Ela para e depois cruza os braços, olhando para trás, para se certificar de que ninguém a seguiu. Finalmente, parece relaxar. Então, sinto como se estivesse presenciando um milagre, como, bem devagar, ela ergue o rosto para a lua. Eu a vejo sorver a imagem da lua cheia, inundada pelas memórias libertas, não desejando nada além de fazê-la saber que estou aqui. No entanto, fico onde estou e também olho para a lua. Por um breve instante, é como se estivéssemos juntos de novo."