segunda-feira, 4 de março de 2013

Repensando...


É incrível o que um pé na bunda, alguma desilusão com amigos ou uma situação desagradável no emprego, em casa, no dia a dia pode fazer com a gente quando permitimos. Quando nos permitimos sim, por que como humanos temos o dom de nos fazer de vítimas e de acusar os outros sobre os nossos sentimentos.

Uma vez me disseram a frase: "Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito". Atentando por esse lado nunca nos sentiríamos tristes ou abatidos. Sempre faríamos – antes de lamentar um bucado – o possível para passar por cima de tudo... Mas, creio que é lidando com esse tipo de circunstâncias que aprendermos a dar valor no que está por vir. Nos amores reais que teremos, e não digo apenas nos ‘amores amorosos’ entre um casal. Falo sobre o amor de uma amizade, do amor e dedicação ao trabalho, do amor voltado a um hobby. Do amor na mais pura essência.

Sempre tive medo de me expor e me envolver. Admito que ainda tenho. Mas hoje vejo que as coisas não são um bicho de sete cabeças, como sempre achei que fossem. Tantas vezes me boicotei em relação a um sentimento por temer não ser correspondida, mas em diversas ocasiões puni quem era sincero comigo.

Perdi oportunidades interessantes e lamentei depois. Passei noites chorando por algo que ficou no passado, (num passado distante mesmo). Hoje não mais! Reclamo sim, reclamo muito. Reclamo de barriga cheia, reclamo sem necessidade, só pela vontade de reclamar. Mas – pode parecer estranho – reclamo da boca pra fora, só pela precisão do orgulho. Descobri que reclamo, porém não sofro. E por mais estranho que talvez seja esse sentimento, aprendi que é uma lamentação que não se aloja mais no coração. Que assim como algumas adversidades chegam e passam, essas lamúrias se tornam periódicas, em intervalos maiores, quando aprendemos a lidar com nós mesmos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Um Dia


O final! Sinto informar que o final me surpreendeu ou devo dizer: me decepcionou. Ok, admito que sou previsível e às vezes acho que as histórias de LIVROS deveriam ser como contos de fadas: "e viveram  felizes para sempre". Me atrevo a afirmar que David Nicholls, no livro "Um Dia", me deixou um tanto quanto frustrada. Reli oito vezes, isso mesmo, oito vezes pra saber se as duas linhas que eu estava lendo estavam escritas corretamente.

Mas minha opinião a parte... se a vontade de ler pede um livro sobre amizade verdadeira e recíproca, reviravoltas que a vida dá, encontros e desencontros, cumplicidade, opostos e fidelidade. Desavenças, paixão e sinceridade, o livro é uma boa pedida.

Na vida sempre existe uma pessoa na qual a gente confia 100%, para todos os momentos e para qualquer situação. Normalmente a mulher conta seus segredos mais ocultos para outra mulher e o homem para outro homem. Mas, assim como existem diversos casos em que homens são os melhores amigos de uma mulher e vice-versa, "Um Dia" expressa com muita clareza esse ponto.

"Um dia. Duas pessoas" . Vinte anos de amizade! Dois jovens que se conhecem na faculdade, passam umas horas juntos cientes de que no dia seguinte seguirão caminhos diferentes. Porém Dexter passa a ser essencial na vida de Emma e Emma na vida Dexter (apresento os protagonistas!)

O cara vê na garota estranha e cheia dos ideais o quanto ela é especial e leal e a partir daí nota que não consegue viver sua vida desregrada sem contar para ela toda as suas peripécias. Um garoto imaturo, rico com tudo fácil na vida. Já Emma é uma 'nerd', batalhadora que almeja ser escritora. Sofre as duras penas do caminho para o sucesso encanto Dexter viaja, namora as mulheres mais lindas e fúteis. Quando se mete em confusa ou precisa de algum conselho é sempre Emma que esta a sua disposição para escutá-lo.

Os anos passam e a vida de Dexter que sempre foi o melhor parque de diversão começa a ser tornar monótona e os 'castigos' começam a aparecer. Apaixona-se perdidamente por uma moça diferente e especial que o trai com o seu melhor amigo, está sem emprego, sem dinheiro e sem notoriedade.

O duro golpe faz com que ele procure Emma novamente. A essa altura ela já passou por poucas e boas: um frustrações amorosas, empregos terríveis, cobranças e apartamentos horrorosos, mas se prepara para colher os bons frutos que a vida guardava para o futuro. A afeição se torna mais forte e, unidos, descobrem que o sentimento e amizade despertado em uma noite de curtição é real e mais forte do que imaginam.

Percalços, destinos diferentes e cruzados depois de anos. Amor real. Amizade sincera. Reflexos de escolhas. Felicidades momentâneas e eternas. Emoções, discussões e fidelidade, fazem brotar o amor que ficou por tanto tempo adormecido.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Amei enquanto existiu:


A experiência compartilhada. Os sorrisos trocados. Os abraços apertados. Os beijos molhados. Os sonhos à dois. Os olhares de cumplicidades. O "Bom Dia" de todos os dias. As novidades encontradas. Os planos divididos. Os momentos inesquecíveis. As vontades iguais.

Mas cansei: De correr atrás. De esperar ligações e respostas. De ser segundo plano. De me segurar para não te beijar. De não te abraçar. De fingir que nada aconteceu. De ter que remediar. Das mentiras. Do olhar vago. Da falta do sorriso perfeito. Dos dias com conversas frias. Das respostas vazias. Das lágrimas no travesseiro. Dos diálogos inexistentes. Da distância. Dos "Se...".

E então 'apaguei': As mensagens mentirosas. Os planos. O futuro. Os sonhos à dois. Os abraços. Os sorrisos. Os olhares. As 'novidades' e as lágrimas...