Simples Mente Complicada
"Tenho em mim todos os sonhos do mundo" (FP)
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
Feliz 2017!
2016 passou e com ele a necessidade, novamente, de rever os pontos. De praxe, fazer aquela retrospectiva.
A gente percebe que a vida é um sopro quando um ente querido morre ou quando algo extremo acontece. Fazemos uma análise interior, planos de mudança, transformações. Aplicamos uma grande conversão, uma virada nos primeiros dias e depois, quando a dor ameniza e o choque passa, voltamos a nossa corrida vida diária.
Um dia eu conversava com meu bein sobre acidentes, mortes prematuras, que deveríamos aproveitar mais a vida. No outro eu estava em uma ambulância.
Um dia eu estava internada, aparentemente muito bem, e no outro, médicos queriam me levar para o centro cirúrgico.
É assim que acontece: pra morrer basta estar vivo! E o que alguns chamam de sorte eu chamo de milagre!
Por estar viva, posso dizer que 2016 foi um ano bom. Por todas as outras coisas que aconteceram, posso dizer que foi péssimo e que nunca vivi (ou vi) um ano tão turbulento como este.
Briguei com muita gente e me afastei de quem não fez questão de mim.Vi pessoas próximas morrendo, amigos chegados se distanciando, pessoas perdendo sonhos, amiga com doença grave. Me culpei em alguns casos, mas depois entendi que, na maioria das situações, a responsabilidade não era minha.
Vi acidentes aéreos com tanta frequência que quando outro acontecia nem dava para acreditar. Vi assaltos. Vi cidades sendo Destruídas pelas guerras (e egoísmo), vi nossa política e população sendo destroçadas, vi vários tipos de intolerância e vi muitas matérias insanas.
Tive medos (vários, por sinais), receios, ansiedades, sonhos adiados, dores...
Mas, como dito acima, o fato de estar viva não quer dizer que foi tudo ruim...
Amanheci 366 dias bem, abri os olhos, senti o ar correndo e o sangue pulsando. Muitos não tiveram a mesma sorte. Eu comi bem todos os dias do ano enquanto diversas pessoas passaram fome.
Percebi a importância de viver bem com os outros, assim como notei que não compensa ficar chateada por qualquer coisa. Descobri novas situações, mergulhei em novas áreas profissionais e tenho me esforçado para me apaixonar mais por cada dia e cada coisa que coloco a mão.
Esse ano aprendi a chorar. Agora eu choro por tudo! Pelas mortes na TV, por animais perdidos, crianças abusadas, por pessoas que me contam algo triste. Por mim, por ele, por você! Achei que sendo uma manteiga derretida me tornaria mais frágil, mas não! Isso me deixou mais humana e mais receptiva as pessoas.
Eu não digo "eu te amo" com frequência, mas esse ano eu realmente aprendi que mais do que dizer é preciso demonstrar. Seja em um gesto despercebido, numa ligação espontânea, em um prato de comida doado, num bom dia inesperado, em uma mensagem enviada ou numa oração realizada.
Demonstrar empatia ao próximo, conversar com atenção, olho no olho. Passei o ano todo reclamando sobre como esse ano foi ruim e o quanto demorou para passar, mas agora... fazendo um balanço geral... percebi que ele se foi e fui eu quem não soube transforma-lo em algo melhor e fazer render a colheita de estar de pé.
Além de estar vivo, você que me lê também passou por várias dificuldades, mas por sorte ou milagre também está aqui. Pontos pra nós! Que 2017 nos ensine a ser gratos por cada ar respirado. Feliz ano novo!
quarta-feira, 16 de março de 2016
"O Garoto No Convés": uma reviravolta na vida de um garoto problemático
O livro "O Garoto no Convés" é a segunda obra que leio de John Boyne (a primeira foi "O Menino do Pijama Listrado"), e confesso que gostei ainda mais!! A história traz um menino, John Jacob Turnstile, de apenas 14 anos, vindo de Porstmouth, no sul da Inglaterra.
Sem pai, nem mãe, John Jacob , é criado por um senhor que só visa dinheiro, não se importando em como consegui-lo. John mora com outros garotos – todos menores de idade - que também trabalham como ele: roubando, durante o dia, e sendo objetos sexuais de senhores conhecidíssimos do local, à noite.
Em um desses dias de "trabalho", o garoto se vê em uma grande enroscada. Sendo apanhado enquanto efetuava um furto, Turnstile estava prestes a voltar para o xadrez e agonizar em uma situação precária, quando viu sua vida dar uma reviravolta através do mesmo senhor que ele havia furtado.
As condições para que ele não permanecesse em uma cela seria embarcar na mesma hora em um navio inglês, para ser criado do capitão. Sem pestanejar, ele aceita a aventura, afinal, tinha certeza de que conseguirá fugir a qualquer momento tanto do trabalho pesado em alto mar, quanto da sua vida escrava vivida nas mãos daquele homem sem escrúpulos.
Sua partida é marcada em 1787, há exatos dois dias antes do Natal. Cercado de altas aventuras, brigas, confusões, infidelidades e tantas outras situações, o pobre Turnstile não consegue seguir suas vontades e acaba por ficar preso na vida marítima, se indagando sempre sobre seu passado traumático e se estará preso à vida toda na mesmice e na pobreza.
Uma das frases que mais me chamou a atenção foi:
"'Pronto sir', disse então, voltando-me para segui-lo morro acima, perguntando-me o tempo todo se ele tinha razão, se um garoto da minha situação estava condenado a sempre ser o que era, ou se havia um jeito de fugir do trabalho pesado e da obediência".
De início, achei a leitura um pouco pesada e não conseguia ler por muito tempo, mas depois a narrativa começou a prender e a vontade de saber o que aconteceria com Tutu, – apelido que ganhou durante sua viagem no navio Bounty – se tornou mais forte.
A ida até uma ilha paradisíaca, chamada de ilha de Otaheite, visava buscar mudas de fruta-pão para as colônias inglesas e tinha tudo para dar certo. Até que alguns tripulantes decidem se revoltar contra o capitão Bligh. A ideia dos que provocaram o motim era não voltar para a terra natal e viver por lá, aproveitando a boa vida: sem trabalho e sexo fácil com as nativas local.
Munidos apenas de um bote sem estrutura, Tutu, seu capitão e os poucos tripulantes, passam por momentos difíceis em alto mar até conseguirem chegar a um destino seguro. Fome, tempestades, sede, doenças, sol e chuva, são apenas algumas das duras situações que eles enfrentaram.
Vale lembrar que essa é uma história baseada em fatos reais, contada como se fosse o diário de Jacob. Apesar de todo o sofrimento descrito pelo personagem, o abandono que sofreu quando criança e todas as terríveis circunstâncias, o livro é uma prova de que com dedicação, lealdade e vontade, qualquer pessoa está apta a se tornar alguém importante e de alto valor. John Jacob Turnstile se tornou um exemplo e vale a pena você saber o que aconteceu com ele no final!
Sem pai, nem mãe, John Jacob , é criado por um senhor que só visa dinheiro, não se importando em como consegui-lo. John mora com outros garotos – todos menores de idade - que também trabalham como ele: roubando, durante o dia, e sendo objetos sexuais de senhores conhecidíssimos do local, à noite.
Em um desses dias de "trabalho", o garoto se vê em uma grande enroscada. Sendo apanhado enquanto efetuava um furto, Turnstile estava prestes a voltar para o xadrez e agonizar em uma situação precária, quando viu sua vida dar uma reviravolta através do mesmo senhor que ele havia furtado.
As condições para que ele não permanecesse em uma cela seria embarcar na mesma hora em um navio inglês, para ser criado do capitão. Sem pestanejar, ele aceita a aventura, afinal, tinha certeza de que conseguirá fugir a qualquer momento tanto do trabalho pesado em alto mar, quanto da sua vida escrava vivida nas mãos daquele homem sem escrúpulos.
Sua partida é marcada em 1787, há exatos dois dias antes do Natal. Cercado de altas aventuras, brigas, confusões, infidelidades e tantas outras situações, o pobre Turnstile não consegue seguir suas vontades e acaba por ficar preso na vida marítima, se indagando sempre sobre seu passado traumático e se estará preso à vida toda na mesmice e na pobreza.
Uma das frases que mais me chamou a atenção foi:
"'Pronto sir', disse então, voltando-me para segui-lo morro acima, perguntando-me o tempo todo se ele tinha razão, se um garoto da minha situação estava condenado a sempre ser o que era, ou se havia um jeito de fugir do trabalho pesado e da obediência".
De início, achei a leitura um pouco pesada e não conseguia ler por muito tempo, mas depois a narrativa começou a prender e a vontade de saber o que aconteceria com Tutu, – apelido que ganhou durante sua viagem no navio Bounty – se tornou mais forte.
A ida até uma ilha paradisíaca, chamada de ilha de Otaheite, visava buscar mudas de fruta-pão para as colônias inglesas e tinha tudo para dar certo. Até que alguns tripulantes decidem se revoltar contra o capitão Bligh. A ideia dos que provocaram o motim era não voltar para a terra natal e viver por lá, aproveitando a boa vida: sem trabalho e sexo fácil com as nativas local.
Munidos apenas de um bote sem estrutura, Tutu, seu capitão e os poucos tripulantes, passam por momentos difíceis em alto mar até conseguirem chegar a um destino seguro. Fome, tempestades, sede, doenças, sol e chuva, são apenas algumas das duras situações que eles enfrentaram.
Vale lembrar que essa é uma história baseada em fatos reais, contada como se fosse o diário de Jacob. Apesar de todo o sofrimento descrito pelo personagem, o abandono que sofreu quando criança e todas as terríveis circunstâncias, o livro é uma prova de que com dedicação, lealdade e vontade, qualquer pessoa está apta a se tornar alguém importante e de alto valor. John Jacob Turnstile se tornou um exemplo e vale a pena você saber o que aconteceu com ele no final!
sábado, 12 de março de 2016
O Diário de Anne Frank: a história que sobreviveu a guerra
Capa do livro O Diário de Anne Frank |
Entre 12 de junho de 1942 e 1º de agosto de 1944, a jovem Annelies
Marie Frank, ou melhor, Anne Frank, contava os dias para sair do seu esconderijo
e voltar a sua vida normal – ou o que se poderia aproveitar após a Segunda
Guerra Mundial.
Trancada com seu familiares no antigo escritório do seu pai,
em Amsterdã, e juntamente com outra família, os van Daan e um dentista Albert
Dussel, Anne deixava de ser uma menina – já muito esperta – para ser uma mulher que tentava lutar com a ânsia de entender o que acontecia ao seu redor.
Começou a escrever em seu diário com o intuito de que quando
a guerra chegasse ao fim, pudesse publicar como foram seus dias escondidos, se
alimentando de comida estragada, evitando fazer barulhos, com precários e calculados
banhos, idas ao banheiro e o constante medo de ser descoberta.
No início de agosto de 1944, o que ela mais temia aconteceu:
o esconderijo foi descoberto e Anne, separada de sua família, morreu no ano
seguinte em um campo de concentração. O único sobrevivente dessa árdua estadia, seu pai, Otto H. Frank,
recebeu posteriormente - em 1947 - o conteúdo no qual sua filha havia dedicado
os últimos anos.
De origem judaica, os relatos diários da jovem narram seus
sentimentos e descoberta, o amor e amizade, momentos de solidões e alegrias,
decepções e esperanças juntamente com a certeza de que ela amadureceu de forma
sofrida, sem condições de lutar por liberdade.
Apesar da grande notoriedade de Anne e do livro, confesso que esperava mais histórias, talvez um pouco mais de sofrimento, já que a guerra somente traz isso. Mas foi interessante ver o lado que precisava se esconder e conter a sua voz.
quinta-feira, 10 de março de 2016
"Holocausto Brasileiro": os normais é que são loucos
Capa de Holocausto, livro que conta a história de um manicômio brasileiro que matou 60 mil pessoas |
Lançado em 2013 pela editora Geração e escrito pela
jornalista Daniela Arbex, recentemente acabei de ler o Holocausto Brasileiro. A
obra retrata as condições mais do que precárias de uns dos piores manicômios já
existentes. Localizado em Barbacena, Minas Gerais, o Colônia matou mais de 60
mil pessoas, entre 1903 e 1980.
Em sua maioria, pessoas normais, sem problemas clinicamente
comprovados. Indivíduos tímidos, mulheres abusadas sexualmente pelos patrões (incluindo
crianças), que precisavam desaparecer, esposas trocadas pelos maridos que ficariam com as amantes, alcoólatras,
homossexuais, filhos com alguma deficiência tratável, mas "vergonhosa"
para as famílias e até mesmo pessoas que tinham rixas com outras de poderes
aquisitivos superiores.
Eles queriam números, massa, mais gente, mais corpos, mais dinheiro!
Fundos arrecadados com a chegada de novos seres humanos, fundos extraídos com a
morte desses mesmos. Tudo era lucro para os maiorais.
Faculdades do estado
de Minas faziam ótimos negócios. Compras grandes a preços "bacanas", a
custo do sofrimento alheio. Todas as pessoas que eram levadas pra lá – a força –
tinham suas vidas destruídas, não somente pela sua falta de escolha, mas pelas condições
em que se encontravam.
Tratadas de forma agressiva e mais sofridas do que um animal,
os internos eram obrigados a ficarem nus (em praticamente todas as estações),
ao relento (sol escaldante, chuvas em excesso), comendo como porcos uma "refeição"
batida, jogadas em coxo, - quando não comiam os ratos do local - dormindo em
capins no chão, já que camas ocupariam espaço de pessoas e tomando água do
esgoto, com os urubus a sua volta.
Em seu livro Daniela recolhe alguns depoimentos dos poucos
sobreviventes, que se recordam das miseráveis condições de "vida". A
autora também relembra a conivência das autoridades, da falta de voz dos que
queriam mostrar a situação ao mundo, ao Brasil, ou somente para os poucos que
estavam interessados em saber da existência daquele campo de concentração.
O volume ainda traz, além das imagens cedidas pelo fotógrafo
Luiz Alfredo, da extinta revista "O Cruzeiro", que na época já
tentava expor a situação do hospital, passagens das experiências feitas pelos
médicos do lugar que tentavam "curar" os doentes de forma bruta e
insana.
Para quem gosta de um bom livro-reportagem, esse é uma boa
pedida!
sábado, 20 de fevereiro de 2016
#PartiuFérias: Parte III
Claro que toda a viagem pede um dia de sossego, sem passeios
pré-definidos e horários corridos. Começamos nosso terceiro dia caminhando pela
praia de Porto de Galinhas...
Às 9 da manhã o sol estava tão alto que a sensação é que já
estávamos ao meio dia. Entretanto, a brisa do mar não deixava sentir que
queimávamos. Era o terceiro dia de viagem e por causa do protetor solar não
tinha uma marquinha. Decidi então que sairia sem!! Passei só no rosto para prevenir
manchas e pé na areia. Andamos, andamos, andamos, relaxamos, tomei uma hora de
sol e você já pode imaginar o resultado, não é?! Quase precisei dormir sentada
já que não podia encostar em nada!! Mas não me arrependo! Rsrsr.
Tiramos o dia para ficar sentadas olhando para o horizonte e, claro, comendo...
Pensa em um peixe bom!! Filé de Pescado com macaxeira e fritas!! |
Nesse mesmo dia fiz mergulho, não me recordo o nome da
empresa, só lembro que o instrutor era do Uruguai – ou da Argentina. Senti
vontade de desistir, pois senti dificuldade em respirar com o tubo, mas no
final, mesmo não ficando muito tempo embaixo d'agua compensou. Imagina um lugar
silencioso – um pouco gelado – porém calmo, com peixinhos nadando ao seu redor
... ai aiii...
Após um dia de descanso, o penúltimo dia de viagem
deixamos para andar de buggy e conhecer as praias ao redor. A primeira que
conhecemos foi Muro Alto, de longe, a minha favorita. Pertence a uma reserva de
Mata Atlântica, é rodeada por coqueiros, suas águas são quentes e calmas. Uma
pena que em sua volta estão enchendo de luxuosos hotéis e resorts. Logo,
infelizmente, já não haverá tantas belezas naturais. Não fomos até as piscinas
naturais, mas compensou o descanso pós caminhada.
Muro Alto, vista da parte mais alta |
Águas claríssimas! |
Na sequência, o destino foi a Praia de Cupe. Tem alguns
lugares onde se formam as piscinas naturais, mas o mar segue mais revolto, com
boas ondas para os surfistas. Perto dos quiosques há um movimento maior, mas ao
longo da praia ela é bem deserta.
Praia do Cupe |
Pé na estrada de novo, a parada foi em Porto de Galinhas e
decidimos ir de jangada até as piscinas naturais. Minha mãe ficou encantada por
estar no meio do mar com água cobrindo apenas os pés!
Vila de Porto de Galinhas no fundo |
"Mapa do Brasil" localizado no meio das piscinas naturais em Porto |
Ouriço! Dizem que o problema maior em pisar nele são os espinhos que as pessoas não retiram direito e por isso eles inflamam |
Em piscinas maiores, os turistas podem entrar e nadar com os peixes |
A próxima visita foi em Maracaípe! As águas claras são super
agitadas, ótimas para os surfistas e não muito indicadas para os banhistas, tem
ao seu redor, muita beleza natural e coqueiros.
Chegando em Maracaípe |
A última parada é no Pontal de Maracaípe. Conhecido também como uma espécie de mangue, onde você pega uma embarcação e vai conhecer os cavalos
marinhos. Não fiz esse passeio, mas o valor sai R$ 10 por pessoa.
O passeio de buggy começou às 8:30 e terminou por volta das 16:30, passamos o dia com o Edii Turismo, um bugueiro super gente boa que nos falou muito a respeito das praias que passamos, os trajetos que fazíamos etc etc etc.
Infelizmente tudo o que é bom dura pouco, nossas férias acabaram, mas no último dia aproveitei para conhecer uma feira, em Ipojuca, (minha mãe encasquetou que queria comprar um queijo coalho - verdadeiro - e só vendia nessas feirinhas de ruas). Mas a feira é bem simples, com peixes frescos, expostos sem refrigeração e ainda sem retirar as cabeças (coisas que não vemos com tanta frequência por aqui), frutas e legumes com aparências bem melhores que da nossa região. Tudo bem simples mesmo, mas lotada de pessoas fazendo compras.
Média de valores...
Os valores dos táxis são tabelados e na época custavam R$15 do centro até as pousadas da redondezas. As vans e as kombis (os coletivos) saíram por R$ 2,50 e rodavam até os vilarejos mais distantes como Nossa Senhora do Ó e Ipojuca.
Em uma das noites comemos isca de filé de pescado amarelo com macaxeira frita. Delícia! Gastamos cerca de R$ 80.
Outra vez jantamos num lugar bem cheio, com comida para duas pessoas por R$ 35, entretanto eu gostaria de lembrar o nome para não indicar! Funcionários desatentos e uma moça que parecia a dona gritando com eles no meio dos clientes. Deselegante!
A quantidade de comida é grande, entretanto o sabor não é muito bom |
Normalmente, em todas as viagens, acho que a gente acaba gastamos mais é com a parte da alimentação. Mas já que você se programa para fazer algo diferente, é justo comer bem. Algo que não comi muito foram comidas mais diferentes, as típicas. A maioria dos pratos eram grandes e o certo seria dividir, mas a minha mãe queria ficar nos básicos mesmo.
No último dia almoçamos no restaurante próximo a pousada, Pôr do Sol. Ele fica próximo a Cantinho do Porto e os donos são de Goiânia. Escolhemos um arroz com brócolis acompanhado de peixe grelhado e batata fritas! Simplesmente delicioso e muito bem temperado.
Almoço no restaurante Pôr do Sol (prato infantil, no valor de R$ 29,90) |
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Sol
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
#PartiuFérias: Parte II
Demorei, mas voltei!
No post anterior falei a respeito do primeiro dia das minhas
férias, em Recife! Mas é claro que a gente viaja para o nordeste não é para
ficar andando pelas cidades, vendo somente o movimento do local. Queremos mais
é torrar no sol e conhecer as mais diferentes praias e suas peculiaridades!
O segundo dia tiramos para conhecer Maragogi – que na
verdade fica em Alagoas, Maceio. De carro, saindo de Porto de Galinhas, você
vai gastar cerca de uma hora e meia, fazendo algumas pequenas paradas para
conhecer as regiões, como uma senzala ainda com suas paredes
"intactas"...
Voltando ao destino... fiz uns cálculos de dias errados e
não conseguiríamos visitar Maragogi e a Praia de Carneiros em dias separados,
por isso decidimos fazer os dois juntos. Foi super corrido e a gente não
conheceu mais praias ao redor de Maragogi. Entretanto... algo que os táxis
podem fazer e os ônibus não, é dar vista privilegiadas aos turistas. Nosso
taxista foi o Marcelo, um cara super legal, que nos contava sobre toda a região
por onde íamos passando. A nossa primeira espiada em Maragogi foi simplesmente
MA-RA-VI-LHO-SA...
Maragogi, Alagoas - Maceio |
De verdade, eu nunca tinha visto algo tão lindo. Sei que
existem lugares maravilhosos, mas a sensação que eu tive (e ainda tenho) é de uma
sensação que enche o coração de sentimentos dos mais variados (alegria, choro,
felicidades, amor). É maravilhoso ver como Deus criou todo o mundo. É
sensacional ver a forma como as nuvens se projetam na águas, os tons das águas
se misturam em toda a extensão do mar, enfim... ♥ sem palavras.
O ponto forte de Maragogi é pegar um catamarã e parar nas
piscinas naturais de Galés – uma viagem de 30 a 40 minutos. Isso se a maré
colaborar com o seu passeio. Logo que chegamos em Recife, o guia do traslado
nos informou as condições do tempo e os horários que as marés estariam mais
altas. Chegamos em dias de maré boa, literalmente!
Voltando... em Galés, como não sei nadar, lógico que não fui
muito longe do barquinho! Dizem que as melhores épocas para fazer mergulho e
ver as mais variadas vidas aquáticas são nos meses de dezembro/ janeiro/
fevereiro, no auge do verão. Quem foi, contou que não conseguiu ver muita coisa.
Os mergulhos com cilindros custam cerca de R$100 (com as fotos) e só o aluguel da máscara para
enfiar a cabeça dentro d'agua R$ 10. (Optei por fazer mergulho em Porto de
Galinhas mesmo).
Indo para o catamarã |
Piscinas Naturais, Galés |
Vista do catamarã ao redor |
A volta para terra firme é um pouco mais trash. A maré já
está bem mais alta, o mar mais agitado, porém os responsáveis pela embarcação
te ajudam a chegar até parte mais rasa.
Como escolhemos visitar a Praia de Carneiro, almoçamos e já
saímos. Ao meu paladar a comida não é muito agradável – exceto os peixes!!!!
Falta um pouco de tempero e sal em quase tudo. O arroz, por exemplo, é feito
apenas com sal e o chamam de escorrido. A receita é cerca de DOIS copos de
arroz para TRÊS litros de água (muita água, né). Você coloca a água para
esquentar em fogo alto. Depois que levantar fervura é só juntar o sal, o arroz
e esperar cozinhar, mexendo de vez em quando para não grudar. Quando ele
cozinhar é só escorrer rapidamente toda a água numa peneira. Pronto!
Um prato de salada de tomate, alface e pimentão com frango grelhado, uma porção de arroz e purê de batata, saiu por R$ 65,90 |
Enfim.... depois falo um pouco mais sobre comida... seguindo
para Praia de Carneiros, a vista é praticamente a mesma coisa. Algumas rochas
desgastadas pelo tempo, coqueiros, cana-de-açúcar...
Chegamos em Carneiros!! O local está dentro de uma reserva
particular (imagine ser "dono" de um lugar desses!! Consegue
imaginar??) em Tamandaré, no estado de Pernambuco. É realmente uma das
mais belas praias do Brasil com pousadas super bem feitas fazendo jus ao local.
Tem um pôr-do-sol maravilhoso, dando ideias lindas para um casamento na praia.
Só o aluguel de uma chupá, uma tenda de madeira com cobertura de tecidos e
folhagens, sai por mais ou menos R$ 7 mil reais. Mas pode crer que vale
qualquer valor.
Como passamos por lá quase às 16h, a maré já estava subindo
e não tinha o sol de frente para iluminar a frente da Igreja de São Benedito,
que também é super fofinha.
Fecho os olhos e ainda consigo sentir a brisa do final da
tarde e o barulho do mar agitado. Quero voltar!!! No próximo post conto mais!!!
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
Férias... #partiuRecife
Embarcamos numa gostosa manhã de segunda. Aqui em Rio Preto,
interior de São Paulo, vivíamos a época do inverno, beirando a primavera com um
clima agradável. Pousamos em Campinas onde aguardamos nosso voo para Recife.
Duas horas e cinquenta minutos depois descíamos no nordeste, prontas para
embarcar em uma van rumo a Porto de Galinhas.
Com um pouco mais de uma hora chegamos na pousada em que passaríamos
nossos melhores dias. Para o meu desencanto ventava muito, eu sentia frio e,
para fechar com chave de ouro, chovia!!! Não era uma chuva forte, mas era
daquelas que você não deseja ter em um lugar que vai para pegar um super
bronzeado.
Cansadas, pedimos um lanche na pousada mesmo e nos
preparamos para dormir, já que o dia seguinte seria cheio de atividades. A cada
ventania, meu coração doía, e eu pensava: "Poxa
vida, viajei tão longe para tomar chuva aqui!!". Mole que sou, passei a
noite chorando, é claro. Às 4:40 levantei para ir ao banheiro e me deparei com
uma grande claridade. Estava amanhecendo!! Escancarei a janela, deixei o sol
entrar e nunca fiquei tão feliz por ter acordado tão cedo!!! (Ninguém havia me alertado que o sol nascia a essa hora. A desvantagem é que o sol se põe por volta das 18h, mesmo no horário de verão :( ).
Ficamos na Pousada Cantinho do Porto, um local simples, com
um quarto suficientemente bom, café da manhã com comidas típicas (sucos de
graviola, siriguela, acerola, cajamanga e, lógico, tapiocas) e funcionários bem agradáveis. Bom, desde que tenha um
chuveiro com água quente, eu não me importo com o lugar, mas a localidade dessa...
ai aiii... apenas quarteirão da praia (um pouco distante da Vila, mas dava pra
ir caminhando pela praia tranquilamente).
Nosso primeiro dia de atividades foi conhecer os pontos históricos
de Recife e Olinda. Fechamos esse serviço com a Lucky, mesma empresa na qual
contratamos o serviço de traslado. Vale ressaltar que eles foram pontuais em
todos serviços traslado hotel, passeios, traslado aero.
Minha mãe tinha "O" sonho de conhecer Olinda desde sempre,
então cada passo era um encantamento só. A caminho conhecemos pontos como a
praia de Boa Viagem.
Praia da Boa Viagem, segundo a guia, há certos lugares que não é aconselhável para banho por causa dos tubarões |
Deixamos o ônibus na praça e após subir uma bela ladeira em Olinda, passamos por várias feirinhas e tudo, claro com uma visão super linda, com vista para o mar!
Subida da ladeira de Olinda |
Mamis! |
Uma dica, não saia
comprando tudo o que vê!!! Toalhas e caminhos de mesas, bolsas, chapéus, camisetas,
artesanatos variados etc... etc...
etc...
Vista de Olinda |
Feirinhas |
Casa de artesanatos |
As mais variadas coisinhas para lembrancinhas |
No caminho é possível parar e conhecer, por fora, o Mosteiro De
São Bento...
E as muitas e muitas casas coloridas!
Conhecemos a casa onde guardam os famosos bonecos de Olinda,
tão famosos do Carnaval pernambucano. Para entrar na Embaixada dos Bonecos Gigantes, é
preciso pagar R$ 10,00, por pessoa, e um monitor explica rapidamente como eles são
armazenados, feito e claro, depois você está liberado para tirar fotos.
O centro de Recife também entra no passeio. É possível conhecer
a arquitetura da cidade, as casas coloridas e a Praça Rio Branco, onde fica o
Marco Zero, ponto inicial de "todas as distâncias para as terras de
Pernambuco"... (Minha foto do Marco não ficou boa.)
Nesse local também é possível ver a Escultura Francisco
Brennand, um escultor pernambucano. Por muito tempo o obelisco de Brennand, ou
como é popularmente conhecido a Torre de Brennand, foi severamente criticada,
pois lembrava o órgão genital masculino.
Obelisco - construído no ano 2000 |
A Casa Cultura é um local bem legal com uma arquitetura bem
diferente. O lugar nada mais é do que a antiga cadeia da cidade que foi
readaptada para vender artesanato. Cada cela vende um tipo de trabalho, roupas
em algodão cru, peças para casa, bolsas, artesanatos diretos do sertão (tudo
feito a mão, nada de maquinários), roupas infantis, xícaras, miniaturas de
cangaceiros, enfim... uma infinidade de coisinhas legais que ficam pulando aos
seus olhos dizendo: "me compre, me compre, me compre!".
Foto: Internet |
Foto: Internet (a minha ficou ruim) |
Acesso para as celas superiores |
A cadeia tinha três andares, hoje a maioria é ocupada pelas lojinhas de artesanato |
Cela Original |
Bom... para quem adquire a visita a Recife é basicamente
esses pontos que irá passar. Além de conhecer a cachaçaria Cavalheira, a
visita é praticamente para compras e não é um local tão interessante. Alguns
dias depois, conversando com um taxista, ele nos contou que quem faz esses
passeios particulares conhece outros pontos turísticos e não somente lugares de
compras. Na próxima postagem tem mais um
pouco de história sobre Porto de Galinhas.
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