quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cadê a criança que existe dentro de você?

Lembra quando todos sorriam por qualquer motivo e o importante mesmo era ter saúde, paz, família, amigos...? Quando dávamos o devido valor na doçura de uma criança, na beleza de um pôr-do-sol, em viver um grande amor e a paz de um domingo?

O que será que fizemos com aquele sorriso fácil e inocente? Onde estará o colorido dos dias de brincadeira no parque? O que fizemos para esquecermos a alegria que um simples bolinho de chuva na casa da avó basta para alegrar nosso dia? Matamos o melhor de nós... a criança que sempre existiu em cada coração adoeceu?

Deixamos tudo isso acontecer e nem percebemos. Gastamos nosso tempo correndo atrás de tantas coisas do dia a dia, em busca de mais e mais dinheiro para preenchermos os vazios com bens materiais. E assim vamos deixando para trás o essencial: a mais pura e terna alegria, que só pode ser encontrada nas coisas simples da vida.

Uma roupa nova, um relógio e aquela bolsa de marca, o sapato exclusivo, mais uma entre tantas lingeries, um computador mais moderno, o celular de última geração, o carro zero a cada ano. Tudo isso nos anima, mas é algo momentâneo, logo é descartado e substituído por outro mais novo e melhor.

Vivemos como se fossemos eternos, jamais lembramos que a vida é efêmera e que no final das contas o que realmente vale à pena é o que sentimos e os sentimentos que provocamos nos outros... os momentos junto dos amigos, aquela conversa íntima e gostosa entre irmãos, a força que somente os pais são capazes de oferecer, as brincadeiras de nossa rotina, um jantar romântico, uma caminhada na praia, sentar no chão para brincar com o bichinho de estimação, adormecer uma criança nos braços, o abraço apertado de quem você ama...

Enfim, são esses momentos simples vividos que montam a nossa historia, aos quais podemos olhar para trás com um sorriso no rosto e um aperto de saudade!
Cadê a criança que existe dentro de você? Não deixe que ela perca o vigor! Cultive a felicidade dos inocentes e faça as pazes com o adulto estressado e carrancudo que a abriga, para que ela possa sempre mostrar seu brilho!

domingo, 19 de junho de 2011

Help me!

Ando um pouco angustiada ultimamente. Perdi minhas vontades. Por pouco não perdi minhas manias. Não sei mais se quero ter alguém do meu lado ou se quero continuar sozinha. Não sei o que me aflige... o que me indigna... o que me incomoda. Quero mudar. Sim, sair desse espaço, desse mundinho parado. Mas... sair pra onde? Às vezes, não sei mais o que quero ter na vida, nem com que tipo de pessoas quero conviver.

Por que tantas pessoas já sabem o que querem? Por que outras vivem tanto tempo se martirizando em saber o que deseja ser? Ser irmã, ser mãe, ser amiga, ser mulher, ser filha, ser namorada, ser tal profissional, ser esposa... ser humano é tão difícil. Talvez se a vida fosse como um texto tudo seria mais fácil. Você escreve alguns parágrafos... mais três ou quatro linhas daqui... joga uma pra cima... uma outra pra baixo... corta aqui... muda ali... altera palavras e se ainda não gostar e preferir o texto do início é só dar um Ctrl + Z e começar de novo. Simples assim!

Mas começar de novo nem sempre é fácil! Ou é?! Será que compensa? Criar um dia diferente é sempre possível e mais fácil. Porém mudar o passado é simplesmente complicado... e muito, muito difícil! E se as coisas passadas são tão mais complexas por qual razão não olhamos pra frente e encaramos o futuro? Sofrer por angustias transcorridas é tão frustrantes que nos abate muito mais do que irmos a luta buscar novos sonhos.

Decidi que quero um novo começo... eu acho que compensa... mas... começar por onde!? Será que alguém pode me ajudar?!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A espera... o telefone que não toca!


Esperar um telefonema é uma das maiores torturas psicológicas da existência. Não qualquer telefonema. É a ligação dele, que angustia, provoca tremores e borboletas no estomago!

Ele pede o número. Por querer evitar a espera, você finge que não ouviu, puxa um assunto e outro. Na despedida ele insiste e nem é preciso insistir tanto, porque afinal era isso que se esperava! No fundo é o que mais queremos... que haja um novo encontro! Pra não depender apenas das leis do destino, a ligação depois do primeiro beijo é a ponte para o segundo.

No dia seguinte nada, No outro também não! No terceiro dia quando as reservas de esperanças estão se esvaindo e você está pronta para cair na balada com os amigos, o telefone finalmente toca, após horas de um silêncio ensurdecedor.

O número é desconhecido e imediatamente surge a certeza: É ele! Não, a voz é de homem, mas é o seu melhor amigo, com aquela mania ridícula de ligar privado, que quer saber se está tudo bem... “A gente vai ou não vai à festa, vou comprar meu convite hoje. Compro o seu?”... “Não sei, se eu decidir compro na hora”... “Porque você está enrolando heim, vou comprar depois você me paga!”... “Não eu já disse que não sei se vou...”. “O que foi? Aconteceu alguma coisa?”

Acontecer não aconteceu nada, mas ainda pode acontecer. Olha ela aí, a famosa ‘última que morre’, a esperança... mas com esse papo furado, mesmo que o telefone tocar em segunda chamada eu não vou ouvir! - “Tá bom, eu te ligo!”... “Claro... se resolver eu te dou um toque mais tarde!”

Finalmente, ele liga. Você atende ao primeiro toque porque não morreu de ansiedade! Mas o início da conversa, se não desmaiar de felicidade, terá que enfrentar os eternos minutos de hesitações e reservas:
- “Oi, tudo bem?”
- “Tudo bom e com você?”
- “Bem também”
- “E aí o que você conta?”...

Esperou tanto por essa conversa e agora não sabe o que dizer e é melhor mesmo não dizer nada, porque o máximo que conseguirá é não falar é coisa com coisa. Um concorda com o outro, repetem-se os diálogos num misto de confusão, excitação e felicidade: “É ele!”:
- “Nada demais, e você, alguma novidade?”
- “Tudo na mesma também...”

Ai você toma coragem e declara:
- “Que bom que você ligou”
E ele embala:
- “Estou com saudade!”
Você se belisca por não ter certeza que ouviu direito... Silencio, depois de pensar: “que fofo!”, emenda:
- “Eu também!”
Longos segundos de silêncio... e ele retoma:
- “Nossa, estou tão cansado esta semana!”
- “Ah eu também!”, mas logo pensa: não vamos nos ver?

Após a conversa vazia, um intercâmbio de palpitações e vontades de falar o que realmente se sente e falta coragem.
Com um sorriso leve você responde a tão aguardada pergunta:
- “Vamos!”... “Que horas?”... “Ah, está ótimo!”

domingo, 12 de junho de 2011

Solteiros por opção!

Bom... hoje dia 12 de junho, Dia dos Namorados, o que mais rolou nesse mundo foram músicas apaixonadas. Aerosmith, Bryan Adams, Hoobastank, Jason Mraz e por aí vai...

Não digo que essas canções não são legais, mas poxa vida... quando o espírito da gente não está pra este tipo, não adianta insistir... Então, para quem deseja fugir das faixas românticas separei algumas do estilo Cláudia Leitte, Chiclete Com Banana e Jammil e Uma Noites só para os solteiros por opção refrescarem a cabeça.

Na sequência, uma lista com algumas músicas para os “Solteiros por opção!” (Ctrl + clique)

1. Man! I Feel Like A Woman - Shania Twain
2. Já Sei Namorar - Os Tribalistas
3. Beijar Na Boca - Cláudia Leitte
4. A Fila Andou - Chiclete Com Banana
5. Praieiro - Jammil e Uma Noites
6. Livin La Vida Loca - Ricky Martin
7. Single Ladies (Put A Ring On It) – Beyonce
8. Eu Gosto De Mulher - Ultraje a Rigor
9. I Don't Need A Man - The Pussycat Dolls
10. I Will Survive - Gloria Gaynor
11. Since You've Been Gone - Kelly Clarkson
12. Girls Just Want To Have Fun - Cyndi Lauper
13. Stronger - Britney Spears
14. Alguém No Seu Lugar - Jorge e Mateus
15. Agora Eu Sou Solteira - Gaiola Das Popozudas
16. It's Raining Man - The Weather Girls
17. Lady Marmalade - Christina Aguilera
18. Celebridade - Fernando e Sorocaba
19. Se Vira (part. Latino) - Maria Cecília e Rodolfo
20. E Daí - Guilherme e Santiago

PS: Para os apaixonados de plantão, também criei uma listinha com as mais românticas(Ctrl + clique)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dia do que mesmo?

Mais um dia 12 de junho! Dia do que mesmo? A data mais romântica do ano, o Dia dos Namorados! Operadoras de telefonia celular criam promoções! Restaurantes e motéis oferecem pacotes! Shoppings e o comércio popular festejam , os comerciantes ficam entusiasmados. Os comerciais de TV estão mais mentirosos do que nunca e ainda exageram na dose.

Um dia depois, Santo Antônio se pudesse tiraria férias! O coitado do santo não aguenta mais pedidos e promessas das solteiras-desesperadas-loucas-por-um-namorado! Deixar o santo de cabeça pra baixo ou no congelador não vai resolver seu problema, minha filha! Muito menos ‘roubar’ o menino Jesus dos seus braços! O que te faz pensar que o príncipe encantado vai bater na sua porta só porque você resolveu ‘torturar’ o santo?!

As simpatias infalíveis pipocam em toda parte! É um tal de mulher escrever o nome do amado e enterrar num pé de bananeira ou roubar uma peça íntima do dito cujo pra que a ‘amarração’ seja perfeita e irreversível. A corrida pra comprar velas de sete dias, santos e rosas vermelhas congestionam as lojas de artigos religiosos.

A maioria das solteiras anda desiludida, achando que tem algum defeito, foram rogadas por alguma praga ou estão sofrendo algum castigo por não conseguir ‘engrenar’ um namoro! Tudo o que elas querem e sonham é com um milagre na véspera do Dia dos Namorados para ‘desencalhar’ ou pular do dia 11 para o dia 13. Milagres até acontecem, mas por motivos sérios! Deus não vai perder a oportunidade de conceder uma graça pra realizar caprichos de mulheres carentes! E infelizmente, nem em dias de cólica e TPM é possível riscar do calendário!

Minha amiga, não adianta chorar, espernear, fazer simpatias e cumprir promessas! Homem nenhum vai resolver sua falta de amor próprio! Não é preciso colocar no Facebook: ‘relacionamento sério com’ ou ‘namorando’ no Orkut, pra amar e ser amada! Essa estória de que “preciso ter alguém que me complete” e “sem um namorado me sinto só e abandonada”, é coisa de gente vazia e insegura. Neste caso o problema não é a falta de um namorado e sim a falta de autoestima e de procurar algum objetivo na vida!

Mulheres desesperadas por um ‘machinho’ aceitam qualquer coisa pra não ficarem sozinhas e quando surge alguém disposto a alimentar esse sonho, pronto: o cara pode ser feio, mal educado, grosseiro, sem formação nenhuma, desempregado, galinha e mentiroso, que isso não importa! Francamente, é viável pagar qualquer preço, mesmo quando o resultado são as frustrações?

A solidão do Dia dos Namorados, pra quem não tem uma laranja pra chamar de minha metade é reforçada por uma cultura que dita que para ser feliz é preciso namorar ou estar casada. Claro que amor é essencial! A questão é investir em um relacionamento sem amar, pra não ficar sozinha ou pra dizer pra sociedade e pra si mesma: “eu tenho alguém!”. Mas quem ainda acredita em relações baseadas em posse? Isso é do tempo de nossas avós. Ninguém é dono de ninguém! Amor, romance, compromisso é outra coisa.

Pra ser uma pessoa interessante digna de encontrar a tampa da panela, o chinelo do pé cansado, o amor da sua vida... é preciso ser mais que um belo rostinho e um corpinho sarado! Homem que gosta de embalagem e não se importa com o conteúdo tem aos montes! Pessoas sem sucesso profissional, que não dão valor à saúde, família e aos amigos são broxantes... Acreditem em contos de fada, mas nada de atacar para todos os lados nas simpatias e promessas! Vai que seu cupido se revolta e acerta a fecha em um traste...

Se neste ano você, assim como eu, vai passar o Dia dos Namorados sozinha não encare isso como uma tragédia, porque tragédia é ter alguém ao lado que não se admira e não se tem amor de verdade! Como já diz minha mãe: “É melhor esperar do que comer cru”!

Agora, quem já encontrou o ‘príncipe encantado’, quem sente "é esse" e tem certeza que ele pensa: “é ela”. Levante as mãos pro céu e aproveite! Feliz Dia dos Namorados!

sábado, 4 de junho de 2011

O caçador de pipas

Duas infâncias diferentes vividas em um mesmo ambiente... dois seres distintos e cheios de vida. Cada um ao seu modo, ao seu estilo. Um país onde costumes e regras são seguidos a risca. 

Para quem deseja uma aventura apaixonante e farta de emoções Khaled Hosseini traz uma bandeja cheia de história de amor, honra, esperança, fé, dignidade e fidelidade, traduzidas nas linhas do livro “O caçador de pipas”.

Sonhos, planos e caminhos diferentes distorcidos pelo medo, erro e desespero. A história se passa em torno de Amir, um garotinho afegão, que passa a vida a descobrir coisas para agradar o seu pai, um grande e misterioso homem de Cabul.

Mesmo com todos os bens que o cerca, Amir sente-se uma criança muito sozinha e com um enorme sentimento de rejeição. Menino mimado, ele possui um fiel e inseparável amigo, Hassan, de origem hazara e empregado da família.

Ao contrario de Amir, Hassan é um menino guerreiro, forte e destemido. Mesmo com uma infância difícil, ele se destaca em tudo o que faz. Mas como ninguém pode alterar o seu destino, as circunstâncias da vida os separam, porém a verdadeira amizade permanece inalterável. 

Na 'época', a cidade estava em guerra. O Talibã prometia acabar com todos os que ousassem desafiá-lo. E assim realmente acontecia.

Com uma trama muito bem elaborada, o autor consegue transpor de forma clara e objetiva as lições de vidas de praticamente toda sociedade afegã. Descritas minuciosamente por cada trecho que o escritor percorre, o livro apresenta desde o seu início traços de uma imensa criatividade vividas num verdadeiro cenário.

Khaled Hosseini, demonstra em seu romance a realidade de um país que infelizmente ‘desconhecemos’ suas reais origens. A cada página mergulhamos em uma nova lição, em um novo conhecimento, uma nova cultura. Vale a pena conferir!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Meu amor!

Se existe amor à primeira vista, foi o nosso! Dois corações que se reconheceram em meio a uma multidão, e não é força de expressão, não... Nossos olhos desviaram de tantos outros para que nosso primeiro olhar se cruzasse, ah aquele olhar tímido, meio de canto... Lembro como se fosse hoje do frio na barriga, a sensação de já ter vivido aquilo antes... o mais simples gesto, o tom da voz, os braços que me enlaçaram... Fecho os olhos e posso sentir o gosto do beijo e o calor da sua mão segurando a minha. Eu ria a toa e falava bobagens...

Não havia vergonha, receio ou insegurança porque você sorria e correspondia. Éramos duas crianças brincado de ser gente grande... tudo fazia sentido e nada daquilo tinha explicação! Era maravilhoso te ouvir e poder falar coisas sem pensar no que você iria achar de mim... poucas vezes fui eu mesma com outra pessoa! Até hoje, você me permite mostrar quem eu verdadeiramente sou e ainda me vê como quem me desnuda... isso não me incomodava, ao contrário, me deixa feliz.

De todos que eu amei, só tu permanecestes! O teu amor está nas minhas mais doces recordações. Eu o gravei na pele e no coração. Não preciso esconder! Não tenho vergonha desse sentimento. Se eu pudesse te beijaria molhado e abraçaria apertado, agora! Eu quero falar em seu ouvido coisas que só pra você eu sinto vontade!

Não tenho medo de me expor! Meu medo é da solidão, do silêncio que me sufoca quando sua voz ausente me expõe às minhas dúvidas: será que você sente o mesmo por mim?! Pensa em mim como eu penso em você? Sente saudades? Eu não acho feias as demonstrações de afeto! Acho feia à distância! Esse longo caminho entre seu corpo e o meu! Você distante, mas tão presente em meus pensamentos. Sonho acordada e sinto sua falta. O tempo passou, foram-se os anos. Eu sempre te quis! Te desejo hoje e te amarei sempre!