Capa do livro O Diário de Anne Frank |
Entre 12 de junho de 1942 e 1º de agosto de 1944, a jovem Annelies
Marie Frank, ou melhor, Anne Frank, contava os dias para sair do seu esconderijo
e voltar a sua vida normal – ou o que se poderia aproveitar após a Segunda
Guerra Mundial.
Trancada com seu familiares no antigo escritório do seu pai,
em Amsterdã, e juntamente com outra família, os van Daan e um dentista Albert
Dussel, Anne deixava de ser uma menina – já muito esperta – para ser uma mulher que tentava lutar com a ânsia de entender o que acontecia ao seu redor.
Começou a escrever em seu diário com o intuito de que quando
a guerra chegasse ao fim, pudesse publicar como foram seus dias escondidos, se
alimentando de comida estragada, evitando fazer barulhos, com precários e calculados
banhos, idas ao banheiro e o constante medo de ser descoberta.
No início de agosto de 1944, o que ela mais temia aconteceu:
o esconderijo foi descoberto e Anne, separada de sua família, morreu no ano
seguinte em um campo de concentração. O único sobrevivente dessa árdua estadia, seu pai, Otto H. Frank,
recebeu posteriormente - em 1947 - o conteúdo no qual sua filha havia dedicado
os últimos anos.
De origem judaica, os relatos diários da jovem narram seus
sentimentos e descoberta, o amor e amizade, momentos de solidões e alegrias,
decepções e esperanças juntamente com a certeza de que ela amadureceu de forma
sofrida, sem condições de lutar por liberdade.
Apesar da grande notoriedade de Anne e do livro, confesso que esperava mais histórias, talvez um pouco mais de sofrimento, já que a guerra somente traz isso. Mas foi interessante ver o lado que precisava se esconder e conter a sua voz.
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