quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Feliz 2017!



2016 passou e com ele a necessidade, novamente, de rever os pontos. De praxe, fazer aquela retrospectiva.

A gente percebe que a vida é um sopro quando um ente querido morre ou quando algo extremo acontece. Fazemos uma análise interior, planos de mudança, transformações. Aplicamos uma grande conversão, uma virada nos primeiros dias e depois, quando a dor ameniza e o choque passa, voltamos a nossa corrida vida diária.

Um dia eu conversava com meu bein sobre acidentes, mortes prematuras, que deveríamos aproveitar mais a vida. No outro eu estava em uma ambulância.

Um dia eu estava internada, aparentemente muito bem, e no outro, médicos queriam me levar para o centro cirúrgico.

É assim que acontece: pra morrer basta estar vivo! E o que alguns chamam de sorte eu chamo de milagre!

Por estar viva, posso dizer que 2016 foi um ano bom. Por todas as outras coisas que aconteceram, posso dizer que foi péssimo e que nunca vivi (ou vi) um ano tão turbulento como este.

Briguei com muita gente e me afastei de quem não fez questão de mim.Vi pessoas próximas morrendo, amigos chegados se distanciando, pessoas perdendo sonhos, amiga com doença grave. Me culpei em alguns casos, mas depois entendi que, na maioria das situações, a responsabilidade não era minha.

Vi acidentes aéreos com tanta frequência que quando outro acontecia nem dava para acreditar. Vi assaltos. Vi cidades sendo Destruídas pelas guerras (e egoísmo), vi nossa política e população sendo destroçadas, vi vários tipos de intolerância e vi muitas matérias insanas.

Tive medos (vários, por sinais), receios, ansiedades, sonhos adiados, dores...

Mas, como dito acima, o fato de estar viva não quer dizer que foi tudo ruim...

Amanheci 366 dias bem, abri os olhos, senti o ar correndo e o sangue pulsando. Muitos não tiveram a mesma sorte. Eu comi bem todos os dias do ano enquanto diversas pessoas passaram fome.

Percebi a importância de viver bem com os outros, assim como notei que não compensa ficar chateada por qualquer coisa. Descobri novas situações, mergulhei em novas áreas profissionais e tenho me esforçado para me apaixonar mais por cada dia e cada coisa que coloco a mão.

Esse ano aprendi a chorar. Agora eu choro por tudo! Pelas mortes na TV, por animais perdidos, crianças abusadas, por pessoas que me contam algo triste. Por mim, por ele, por você! Achei que sendo uma manteiga derretida me tornaria mais frágil, mas não! Isso me deixou mais humana e mais receptiva as pessoas.

Eu não digo "eu te amo" com frequência, mas esse ano eu realmente aprendi que mais do que dizer é preciso demonstrar. Seja em um gesto despercebido, numa ligação espontânea, em um prato de comida doado, num bom dia inesperado, em uma mensagem enviada ou numa oração realizada.

Demonstrar empatia ao próximo, conversar com atenção, olho no olho. Passei o ano todo reclamando sobre como esse ano foi ruim e o quanto demorou para passar, mas agora... fazendo um balanço geral... percebi que ele se foi e fui eu quem não soube transforma-lo em algo melhor e fazer render a colheita de estar de pé.

Além de estar vivo, você que me lê também passou por várias dificuldades, mas por sorte ou milagre também está aqui. Pontos pra nós! Que 2017 nos ensine a ser gratos por cada ar respirado. Feliz ano novo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

E ai, gostou do que leu? Então, conte pra nós!